A DISCRIMINAÇÃO E O RECEIO NATURAL

É bom sinal constatar que nem todo o aparelho educacional do Ocidente está nas mãos da Nova Inquisição Antirra. Exemplo de que há quem mantenha a lucidez e tenha a coragem de a demonstrar publicamente é este valioso artigo da autoria de Paul Marx, professor norte-americano de Inglês na Universidade de New Haven. Começa assim:

«Os intelectuais negros pura e simplesmente não entendem. Recusam-se a perceber porque é que há racial profiling («vigilância racial»: prática que consiste na inclusão das características raciais e étnicas para avaliar a possibilidade de cometer crimes do indivíduo) e porque é que eles e a sua gente são frequentemente as suas vítimas. Os intelectuais negros simplesmente recusam compreender que há uma conexão muito óbvia entre eles mesmos e a classe negra fora da lei.
(...)
O professor de Harvard - Henry Louis Gates Jr. [o que recentemente se encontrou no centro de uma polémica policial sobre a qual Obama se pronunciou] - (...) pensa que o tratamento injusto administrado aos negros pela polícia é cem por cento culpa dos brancos. (...) Mas, para que o «racial profiling» desapareça, os negros, especialmente os intelectuais, têm de tirar as vendas dos olhos. Têm de ver o que os brancos vêem. Têm de ver e perceber que o estilo de vida criminoso que é notório na classe mais baixa dos negros.»

Se os EUA continuarem a ser um país verdadeiramente livre, mal algum acontecerá a este Marx...

Porque de facto o docente só fala do que toda a gente sabe mas ninguém pode dizer: que a arrogância impune e descarada dos criminosos negros, que não raras vezes ostentam armas e assumem um comportamento de desafio à lei, assusta naturalmente as populações brancas:

«Em muitas cidades - New Haven, Hartford, Brooklyn, Baltimore, por exemplo - os maiores hospitais estão localizados junto a bairros habitados por negros da classe mais baixa. Quando os brancos que trabalham nestes hospitais conduzem na região, precisam de se certificar de que as suas portas e janelas estão bem fechadas. Andar do parque de estacionamento até ao local de trabalho é arriscado. Em e-mails, os estudantes e o pessoal do hospital é informado de roubos e espancamentos cometidos por jovens negros. E são avisados de que não devem andar sozinhos.»

Quanto ao argumento de que é injusto julgar todos os negros por causa do comportamento de uma minoria, a resposta deste Marx é óbvia: trata-se de uma reacção humana natural, é uma questão de adaptação à frequência dos casos.

E é melhor fazer um julgamento errado e olhar de lado, ou afastar-se de alguém do que correr o risco de ficar ferido...