TONITRUANTE SOM POR ENTRE O SOMBRIO ARVOREDO DE BENAVENTE

Aconselho vivamente ao pessoal do Norte que aprecia o som do Metal épico a comparecer hoje no concerto dos anglo-saxões Bal-Sagoth, que ontem souberam trazer à noite lusitana o fulgor hiperbóreo que define o espírito da banda. Byron, espécie de escaldo ou rapsodo do metal, esteve à altura do que faz nos álbuns, com uma voz surpreendentemente poderosa (os vídeos do YouTube e do MySpace não lhe fazem justiça), capuz negro e Mjollnir ao peito. O resto do visual do grupo condizia com a música, cuja definição não esteve muito longe das gravações em estúdio, e que fez exultar o relativa e injustamente escasso mas justamente coeso público com algumas das suas mais rutilantes faixas: «Starfire Burning Upon the Ice Veiled of Ultima Thule», «The Splendour of a Thousand Swords Under the Blazon of the Hyperborean Empire», «A Tale from the Deep Woods», entre outros grandiloquentes títulos.

As bandas portuguesas de suporte estiveram à altura do evento, começando com os Hordes of Yore, de sugestivo nome, visual mal cuidado mas som prometedor e bem lançado, e voz bem projectada, e prosseguindo com os Humanart, aparentando já um pouco mais de experiência e rigor e produzindo um metal vigoroso e trabalhado.

Um louvor também ao local do concerto, Side B, a luz vermelha no palco condizia bem com a temática marcial do evento, mas fazia falta um ar condicionado e um multibanco.

Metaleiros da Invicta, ao ataque...