segunda-feira, abril 20, 2009

«INKHEART», OU «CORAÇÃO DE TINTA»


Um filme bastante valioso, este, baseado no best-seller de Cornelia Funke. Sensivelmente menos infantil do que a escolha do actor principal deixa antever, baseia-se numa história de fantasia que fertiliza a imaginação do criançame e revive a memória folclórica europeia de modo assaz dinâmico e ligeiro. Especialmente bom para incitar petizes à leitura, aposta no tema do contacto entre mundos, ou dimensões, um pouco a fazer lembrar o ambiente tipicamente céltico de narrativas irlandesas e galesas, tais como as viagens de Maeldun e de Bran; «As Viagens de Gulliver» e «Alice no País das Maravilhas» constituem versões contemporâneas deste mesmo espírito, a meu ver.

A película ganha com o facto, eventualmente bem calculado, de a maior parte do elenco ser de origem britânica: já a indústria dos filmes percebeu que, para contar histórias fantásticas com vigor e credibilidade, o sotaque e atitude dos bifes vale bem mais do que o dos ianques.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

REALMENTE LONDRES EM ALGUNS ASPECTOS SUPERA FACILMENTE O SEU RIVAL GIGANTE E CONTINENTAL COM MAIS DE 3 CENTENAS DE MILHÕES!!

É A QUALIDADE X A QUANTIDADE DE GRANA INVESTIDA!!

21 de abril de 2009 às 03:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

RIVAL DENTRO DA ANGLOSFERA, CLARO, POR QUE CONTINUA A SER PUTA DELES!!

21 de abril de 2009 às 03:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os líderes britânicos-leia-se,Blair e Cons,têm sido sempre uma espécie de "yes man" do governo americano.São sempre os primeiros a chegarem-se à frente,quando toca a intervencionismo ianque.Mas,ainda bem que inimigos não são,valha-nos isso.

Não vi o filme,mas,Caturo,a qualidade britânica é mais que um facto:mesmo a nível de épicos,como "A Ponte do Rio Kwai",de David Lean,por exemplo,os cineastas britânicos já demonstraram que não precisam de lições dos americanos.O mesmo se passa em relação a séries televisivas.Agora,assiste-se a um ressurgir das séries americanas,com-diga-se de passagem-excelentes produtos como um "Dr. House",um "Sobrenatural",ou um "Erva",mas antes eram os britânicos os reis da coisa.Lembro-me de óptimas séries da BBC ou da Granada,ou da Tiger Aspect,como "A Jóia da Coroa",ou "Reviver o Passado em Brideshead",para já não falar dos programas humorísticos, que eram mesmo,como os anglo-saxões gostam de dizer,"state of the art".
Mesmo no "Senhor dos Anéis" a produção teve o cuidado de pôr os actores a falar um inglês o mais próximo possível do europeu,isto,claro está,para os actores não britânicos,como Viggo Mortensen(dinamarquês-americano),para só citar um caso.
O resultado acabou por ser muito bom.Afinal,era uma obra literária inglesa e o contrário é que seria de estranhar.

21 de abril de 2009 às 10:29:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sem dúvida. Na ficção científica, por exemplo, dificilmente os ianques chegam ao nível do Espaço 1999, do injustamente ignorado Blake's Seven, do Dr. Who, do Torchwood.

Quanto ao humor, nem há comparação. Mesmo quando os americanos fazem a sua versão de um produto inglês, mesmo aí a superioridade do original é notória, como se observa no caso da brilhante «The Office», ou «O Escritório».

De resto, não há como os «bifes» para tornar interessante uma história. Até me lembro de uma série (do nome não me recordo) sobre um simples funcionário público durante a segunda guerra mundial, uma série que não tinha propriamente história ou enredo algum, mas que ainda assim era extraordinariamente interessante, e ainda hoje não sei bem porquê.

21 de abril de 2009 às 10:43:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Isto sem negar alguns méritos dos EUA em produções como «Galáctica» e umas quantas mais, bem entendido.

21 de abril de 2009 às 10:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E o "Hallo,Hallo" era de antologia,assim como qualquer filme dos Monty Python.
Bons tempos!...
A Britcom tem muita coisa de qualidade.Aquela série,passada num hotel,"Fawlty Towers",com o John Cleese,era impecável.
Mas,é evidente que os americanos também têm muito que ver.
Ambos criaram bons produtos de ficção,mas continuo a preferir os produtos "bifes".

21 de abril de 2009 às 11:29:00 WEST  
Anonymous ariano said...

por acaso adorava o "Allô Allô"...bem o que eu me ria com aquilo.
mas ainda era um puto, já lá vão praticamente 20 anos.

21 de abril de 2009 às 12:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo disse...
Sem dúvida. Na ficção científica, por exemplo, dificilmente os ianques chegam ao nível do Espaço 1999, do injustamente ignorado Blake's Seven, do Dr. Who, do Torchwood.

PENA QUE NA METADE DOS ANOS 70 O DOGMA JA HAVIA SE INSTALADO E AS COTAS IDEM; BASTA VER JORNADA NAS ESTRELAS E A SUA COTISTA; E TEM UM CUTISTA NESTA TAMBEM!!

22 de abril de 2009 às 05:55:00 WEST  

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