sexta-feira, março 27, 2009

VITÓRIA DOS NACIONALISMOS IBÉRICOS NO PARLAMENTO EUROPEU - PAIS NÃO PODEM ESCOLHER LÍNGUA DE ENSINO DOS FILHOS EM NAÇÃO ESTRANGEIRA

O Parlamento Europeu aprovou hoje, por 335 votos a favor, 279 contra e 69 abstenções, uma resolução alternativa ao relatório de Vasco Graça Moura sobre o multilinguismo. O documento, apresentado por eurodeputados Socialistas, Liberais e Verdes, já não refere que deve ser salvaguardada a possibilidade de os pais escolherem a língua oficial em que deve processar-se a educação dos seus filhos nos países onde coexistem uma ou mais línguas oficiais e uma ou mais línguas regionais, como em Espanha.
A resolução continua, no entanto, a abordar questões relacionadas com a aprendizagem e o ensino de línguas, bem como com a projecção das línguas europeias no mundo.
O Parlamento Europeu reafirma o seu "empenho de longa data na promoção da aprendizagem de línguas, do multilinguismo e da diversidade linguística na União Europeia, incluindo as línguas regionais e minoritárias, dado tratar-se de mais-valias culturais, que cumpre salvaguardar e estimular".

Ao aprovarem em plenário a resolução alternativa ao relatório da Comissão da Cultura e Educação do PE, do qual o eurodeputado português Vasco GRAÇA MOURA (PPE/DE) foi relator, os eurodeputados suprimiram a referência à possibilidade de escolha, pelos pais, da língua oficial em que deve processar-se a educação dos seus filhos nos países onde coexistem uma ou mais línguas oficiais e uma ou mais línguas regionais. O documento também já não refere "o erro de promover uma língua à custa dos direitos dos falantes de outra ou utilizando qualquer forma de coerção ou discriminação que ignore ou infrinja estes direitos" nem ao facto de que "nenhuma criança em idade escolar deve ser privada do ensino na língua oficial do Estado".

O PE salienta, contudo, a "importância decisiva de conceder especial atenção e apoio escolar aos alunos que não podem ser ensinados na sua língua materna" e congratula-se com a proposta da Comissão de promover a "língua materna mais duas línguas" no ensino. Os eurodeputados sustentam que "é essencial salvaguardar o multilinguismo nos países ou regiões em que coexistem duas ou mais línguas oficiais".

Intervenção de Vasco GRAÇA MOURA em plenário:
"A Comunicação da Comissão intitulada “Multilinguismo: um activo para a Europa e um empenhamento partilhado” reconduz-se a uma já longa série de documentos produzidos pelo Parlamento, pela Comissão, pelo Conselho, pelo Comité das Regiões e pelo Comité Económico e Social em que a questão do multilinguismo é abordada sob vários ângulos.
(...)
Faço notar que, em ponto algum do meu relatório, se contesta a importância das línguas regionais ou minoritárias – que evidentemente reconheço e respeito – e também que em nenhum ponto se visa prejudicá-las. Não há um só aspecto do meu relatório que seja incompatível com elas. Mas surgiu entretanto uma proposta de alternativa subscrita por colegas Socialistas, Liberais e Verdes que suprime, pura e simplesmente, os três pontos que acabo de referir.
Deste modo, o que são princípios que têm a ver com os direitos fundamentais e a liberdade das pessoas e há muito consagrados, aceites e praticados na União Europeia, está em vias de eliminação por pressão de nacionalistas galegos, catalães e bascos a que, se assim votar, o Parlamento Europeu terá cedido.
Estas intenções são perfeitamente visíveis. No diário espanhol “El Pais” de hoje, lê-se na página 37 que há apenas três meses o Supremo Tribunal determinou que deve pôr-se uma casa na folha de pré-inscrição perguntando aos pais em que língua querem que os seus filhos tenham o primeiro ensino, o que a Generalitat Catalã não fez.
Não penso que a alternativa devesse ter sido recebida. No confronto com as matérias no meu relatório redunda num proteccionismo inaceitável dos nacionalismos exacerbados
(...)
E vivam por tanto tempo quanto possível este tipo de «nacionalismos exacerbados»...
Duvido que Graça Moura gostasse de ver o Castelhano a ser ensinado em Portugal por cima ou a par do Português. Como diz o Povo, pimenta é boa no olho dos outros...

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ESSA NOTÍCIA É UMA FACA DE 2 GUMES

APRENDENDO OUTRA LINGUA AO MENOS ELES NÃO SERIAM ASSIMILADOS

ENSINANDO O ESPANHOL ELE VAI SER MAIS FACILMENTE ASSIMILADO, OU SEJA, O SANGUE ESPANHOL VAI FICAR PIOR DO QUE JÁ ERA!!

MAS JÁ DEVEM ESTAR ACOSTUMBRADOS EN CONVERTER MOURISCOS DESDE AL ANDALUZ!!

ESSE NEGÓCIO DE VALORIZAR A LINGUA COMO SE ELA FOSSE O TODO DA ETNIA É A TATICA MAIS VELHA DO MUNDO

JÁ ERA USADA PELOS IRANIANOS QUE USARAM O ARAMAICO COMO LÍNGUA FRANCA DO PRIMEIRO GRANDE IMPÉRIO ARIANO PARA DOMINAR OS POVOS SEMITAS QUE HAVIAM ASSIMILADO OS SUMÉRIOS!!

27 de março de 2009 às 05:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

ENSINANDO O ESPANHOL ELE VAI SER MAIS FACILMENTE ASSIMILADO, OU SEJA, O SANGUE ESPANHOL VAI FICAR PIOR DO QUE JÁ ERA!!


O que de momento está em causa nem é isso, mas sim a salvaguarda das línguas nacionais hispânicas politicamente subordinadas ao Castelhano: o Galego, o Catalão e o Basco.

27 de março de 2009 às 10:11:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

é igual. essas linguas vão desaparecer.
aliás, o galego está em vias de extinção.
mais 10 anos e deixou de ser falado.

27 de março de 2009 às 10:15:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não está em vias de extinção não, que avança cada vez mais no campo político-institucional.

27 de março de 2009 às 10:31:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

cada vez avança é menos, como ainda nas ultimas eleições se viu.

o Galego caminha para a extinção, mas não a nação galega, que essa é imortal.

27 de março de 2009 às 10:33:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não, nas últimas eleições houve foi um revés político de um partido em particular. Mas, como aqui se vê, a causa nacionalista colectiva hispânica vai avante. E, segundo me tem sido dito, a maioria da população galega fala Galego no seu dia a dia.

27 de março de 2009 às 10:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

não, o tipo que ganhou vai acabar com as galescolas.
se antes já havia supremacia do castelhano, imagina agora que o tipo da "xunta" é um espanholista convicto.

muita gente ainda fala galego, mas só uma minoria é que fala galego em exclusivo, talvez 25% ou nem isso.
a maioria é bilingue e os que falam castelhano em exclusivo são muito mais do que os falantes de galego em exclusivo.

o galego está condenadíssimo a deixar de existir. fala-se muito menos galego agora, do que na época franquista.

acho estranho que continues a enterrar a cabeça debaixo da terra para não veres as coisas e continuares numa espécie de realidade alternativa, mas tu lá sabes...

27 de março de 2009 às 10:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Mas, como aqui se vê, a causa nacionalista colectiva hispânica vai avante."


não Caturo, o que vai avante - ou melhor, o que tu pensas que vai avante, mas não vai - é a tua causa utópica de anexares Galiza a Portugal.
algo que nunca irá acontecer e só mesmo tu é que acreditas em tal coisa...

27 de março de 2009 às 11:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

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não Caturo, o que vai avante - ou melhor, o que tu pensas que vai avante, mas não vai - é a tua causa utópica de anexares Galiza a Portugal.
algo que nunca irá acontecer e só mesmo tu é que acreditas em tal coisa...
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Isso até pode ser verdade (acho que pensar em "anexar" a Galiza é simplista e não leva em consideração os últimos 900 anos, para além de nem ser vontade dos Galegos), mas não é de todo menos verdade que a tua ideia do "Norte de Portugal e da Galiza" - que é infinitamente mais impossível de acontecer.

27 de março de 2009 às 11:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

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não, o tipo que ganhou vai acabar com as galescolas.
se antes já havia supremacia do castelhano, imagina agora que o tipo da "xunta" é um espanholista convicto.

muita gente ainda fala galego, mas só uma minoria é que fala galego em exclusivo, talvez 25% ou nem isso.
a maioria é bilingue e os que falam castelhano em exclusivo são muito mais do que os falantes de galego em exclusivo.

o galego está condenadíssimo a deixar de existir. fala-se muito menos galego agora, do que na época franquista.
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O Galego está seriamente ameaçado, o ariano tem razão na exposição que fez, quem ganho na Galiza é bem conhecido pela seu castelhanismo militante e as medidas não tardam. Se sobrevive o Galego é mesmo APESAR da Junta da Galiza, os apoios "oficiais" vão praticamente desaparecer e nível escolar. É um retrocesso histórico que pouco falta para colocar o Galego ao nível da língua da Cornualha em termos de sobreviência e reconhecimento (com a diferença que na Cornualha está a aumentar).

COndenadíssimo é demasiado forte devido a existi hoje apesar de tudo alguma consciência adicional MAS é verdade que se está pior que no tempo do Franco, pois a população era mais rural e ainda havia muitas zonas que falavam apenas Galego.

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acho estranho que continues a enterrar a cabeça debaixo da terra para não veres as coisas e continuares numa espécie de realidade alternativa, mas tu lá sabes...
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Eheheh, bem, nem vou comentar, não vale a pena estragar um bom comentário :)

27 de março de 2009 às 11:42:00 WET  
Blogger Caturo said...

acho estranho que continues a enterrar a cabeça debaixo da terra para não veres as coisas e continuares numa espécie de realidade alternativa, mas tu lá sabes...
--

Eheheh, bem, nem vou comentar, não vale a pena estragar um bom comentário :)



Pois... o parlamento europeu espeta brutal punhalada no castelhanismo, a castelhanada protesta, mas os meninos acham que eu estou a inventar, ehheehehh...

27 de março de 2009 às 11:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"mas não é de todo menos verdade que a tua ideia do "Norte de Portugal e da Galiza" - que é infinitamente mais impossível de acontecer."


infinitamente mais impossivel? porquê???

atenção que não estou a dizer que é provável ou que vai acontecer...

mas mais impossivel que a "portugaliza" ??

27 de março de 2009 às 12:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"COndenadíssimo é demasiado forte devido a existi hoje apesar de tudo alguma consciência adicional"

não é nada demasiado forte. o galego vai desaparecer. isso é um dado adquirido.
é só uma questão de tempo...




"MAS é verdade que se está pior que no tempo do Franco, pois a população era mais rural e ainda havia muitas zonas que falavam apenas Galego"

claro que se está muito pior. no tempo do Franco, só era proibido falar em Galego na rua, no trabalho, etc. mas em casa e nas zonas rurais, muita gente falava Galego. muitos, mas muitos mais que agora.


Galego = lingua morta

27 de março de 2009 às 12:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que de momento está em causa nem é isso, mas sim a salvaguarda das línguas nacionais hispânicas politicamente subordinadas ao Castelhano: o Galego, o Catalão e o Basco.

Sexta-feira, Março 27, 2009 10:11:00 AM

ENTENDO; ELES QUEREM ENSINAR SOMENTE O IDIOMA DE CASTELA E NÃO OS IDIOMAS REGIONAIS!!

MAS ESSE CENTRALISMO IBERICO SEMPRE FOI CRIMINOSO MESMO!!

E PARECE QUE O BRASIL HERDOU DE VC´S ESSA TENDENCIA

VEJO OS EUA, HOLANDA E AFINS

AQUILO SIM É FEDERALISMO DE VERDADE

E AINDA ASSIM SEQUER É O FEDERALISMO IDEAL!!

27 de março de 2009 às 21:01:00 WET  

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