A ISLAMIZAÇÃO RADICAL DA TCHETCHÉNIA - POR OBRA DO PRÓPRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Na Tchetchénia, o presidente, Ramzan Kadyrov, está a impor uma versão particularmente severa do Islão, chegando até a aprovar o assassínio de sete mulheres, abatidas por motivos de «honra». Declarou que estas mulheres eram de «moral libertina» e foram devidamente abatidas pelos seus familiares masculinos: «se uma mulher anda por aí e se um homem anda por aí com ela, ambos são mortos», disse Kadyrov aos jornalistas.

Anterior líder de milícia, Ramzan Kadyrov está a mobilizar uma campanha para impor os valores islâmicos e fortalecer os costumes tradicionais na Tchetchénia. Está por conseguinte, segundo alguns observadores, a preparar o terreno para o estabelecimento de uma ditura na qual as leis russas não se apliquem. Isto porque, de facto, a aplicação da charia constitui, obviamente, uma violação da Constituição Russa, a qual garante igualdade de direitos para as mulheres e separação entre Estado e Igreja. O mais sintomático é que o Kremlin está todavia a apoiá-lo, considerando-o como uma barreira ao separatismo islamista.

Significa isto que, em nome de uma mentalidade imperial, os Russos permitem o crescimento do vírus verde no seu seio; significa também que, apesar de «a maioria dos muçulmanos ser tolerante», como a politicagem correcta gosta de dizer aos quatro ventos, apesar disso, não se encontra na Tchetchénia um líder poderoso que seja moderado, torna-se pois necessário, para os Russos, optar pelo menos mau... realmente esclarecedor.

Kadyrov diz que as mulheres são propriedade dos maridos e têm como principal função a de parir. Encoraja os homens a tornarem-se polígamos, mesmo tratando-se de uma prática ilegal na Rússia. As mulheres, raparigas incluídas, são obrigadas a usar o véu islâmico nas escolas e nos gabinetes governamentais. E até no dia a dia, nas compras e não só, mesmo as que não o costumam envergar têm, muitas delas, um de «reserva» na mala de tiracolo, caso se faça necessário...