AUTORIDADE MÁXIMA DA IGREJA INGLESA LANÇA AVISO CONTRA A ASCENSÃO DO NACIONALISMO

Como se pode ler nesta notícia que a camarada Sílvia Santos aqui deu a conhecer, o líder da Igreja de Inglaterra, arcebispo Dr. Rowan Williams, que há um ano declarou publicamente ser necessário começar a implementar partes da lei islâmica no país porque tal implementação era inevitável, disse agora, de modo igualmente público, que é preciso ter cuidado com o crescimento do BNP (Partido Nacional Britânico), porque o crescente desemprego e o aumento do custo de vida pode levar à xenofobia e ao preconceito...

Garante o vigário do Judeu Morto que a recente eleição de um vereador do BNP em Kent é um sinal de alarme que não pode ser ignorado.

De facto, a polícia britânica diz temer um «Verão de fúria» à medida que as vítimas da recessão pertencentes à classe média começam a juntar-se aos activistas nacionalistas para levar a cabo maciças manifestações junto às sedes dos bancos. Isto acrescenta-se às vastas acções de protesto dos trabalhadores nas refinarias de petróleo contra a prioridade dada a estrangeiros nos postos de trabalho britânicos.

Jacqui Smith, secretária de Estado, avisou recentemente quem a quis ouvir de que a crise financeira poderia levar os eleitores aos braços do BNP...

A classe política britânica teme também que o BNP alcance um lugar no Parlamento Europeu, depois de nos tempos mais recentes ter ganho vários assentos em eleições locais ao fazer campanha em prol da prioridade que os brancos indígenas devem ter no acesso à habitação.

De lembrar que a Igreja de Inglaterra passou desde o mês passado a proibir os seus clérigos de militarem no BNP, porque tal militância contraria os valores cristãos segundo os quais todas as raças são iguais.
O arcebispo Williams disse que embora a sua Igreja tenha condenado o racismo em moções anteriores, já era tempo de «indicar nomes» na luta contra o racismo. Afirmou, durante o debate, que «há uma questão teológica, a de determinar se alguém que aceita as suas políticas (do BNP) pode alguma vez ter a sensibilidade que um pastor cristão responsável por toda uma paróquia deve ter. Penso que devemos falar de nomes, temos de falar de algumas organizações políticas particulares e não apenas do racismo em geral.»

Ou seja, é, oficialmente, a declaração de guerra ao Nacionalismo.

Guerra ao Nacionalismo em nome dos valores cristãos.

Guerra que já vem desde há dois milénios, embora não de forma tão aberta como agora.

Porque quem quer que se debruce sobre o tema não pode deixar de perceber a radical incompatibilidade entre o Cristianismo e o Nacionalismo, entre o Universalismo e o sentido de Estirpe, entre quem é leal à Grei e quem não a quer sequer ter a bem da solidariedade anti-fronteiras, pária por natureza e apátrida por militância.

As posições clarificam-se, as oposições são agora cristalinamente evidentes, os caminhos de duas doutrinas que na História da Europa recente pareceram ter sido paralelos e avançado a par e passo, acabam por entrar em rota de colisão um com o outro.