O CICLO ENTRUDO-QUARESMA
«Se a temporalidade solsticial e vegetativa se concentra naquilo a que chamamos hoje ciclo natalício (tempo compreendido entre a data cósmica do solstício de Inverno e o Ano Novo gregoriano) período que, grosso modo, marcava, como marca, a entrada do Inverno, apresenta-se como natural a localização aí de muitas práticas subversivas.
Foi contudo, também aí, que o Cristianismo veio a localizar, em grande parte por estratégia cultual, o nascimento da sua divindade principal: Jesus Cristo. O «Filho de Deus». Tal situação tem feito coexistir, e muitas vezes confrontar, a coerciva piedade do Natal cristão com a arcana e caótica subversão fertilizante da morte e nascimento do Sol e da Natureza, num antagonismo secular que irradicou grande parte das práticas pré-cristãs, ora consideradas indecentes e imorais.
Foi uma depuração que atravessou diversas fases e assumiu diversas formas mais ou menos intolerantes e sistemáticas. Os seus efeitos percebem-se, hoje, numa manutenção esporádica e pontualmente localizada de práticas que foram dominantes. A nós chegaram, nomeadamente, as exóticas tradições das mascaradas subversivas do nordeste transmontano, como as «sortidas dos caretos», «chocalheiros», «velhos» e «velhas», «carochos» e «farandulos».
Chegaram-nos ainda, reminescências rituais de roubos como o do «cepo do Natal», ou de enchidos e galináceos, que eram depois assados na fogueira ou de desacatos diversos tais como atravessar troncos e carros de bois em frente das portas ou das ruas que os transeuntes tinham de percorrer.
Mas a calendarização cristã colocou igualmente próximo do Natal, ainda dentro do ciclo invernal, o período de abstinência e austeridade preparatória do clímax redentor da Páscoa: a Quaresma. Durante a mesma foram proibidas, terminantemente, atitudes licenciosas de qualquer natureza; na comida, na bebida, nas diversões e nas próprias posturas publicamente assumidas. Ora, entre os Reis e a Quaresma medeiam apenas escassas semanas. Apenas aí, por omissão, foi sendo tolerada a subversão festiva que as populações entendiam, secularmente, como ligada a esta época do ano.
Não é assim de surpreender que aí se desenvolvessem práticas maledicentes como as «pulhas», nem igualmente que fosse nesse período (especialmente nos últimos dias antes da Quaresma) que se concentrassem as atitudes festivas e folgazãs que aquela iria proibir. Comemorava-se assim em galhofa e sarcasmo o intróito à Quaresma, transformado depois no «Intrudo», ou «Entrudo», popular. Aí, como veremos, realizavam-se as «queimas das comadres», o auge das «pulhas», as «caqueiradas» e «chocalhadas», roubos e desacatos, mascaradas e comezainas, subversões várias, e balies foliões denominados comunemente «trapalhões». No fim deste período a irreverência atingia o clímax do seu potencial. Celebrava-se, grotesca e cerimonialmente, o fim do mesmo, «enterrando-se o entrudo ou o galo», o que dava azo a críticas e sátiras diversas.»(...)
«A Face do Caos», Aurélio Lopes, Garrido Editores, pág. 133/4.
Foi contudo, também aí, que o Cristianismo veio a localizar, em grande parte por estratégia cultual, o nascimento da sua divindade principal: Jesus Cristo. O «Filho de Deus». Tal situação tem feito coexistir, e muitas vezes confrontar, a coerciva piedade do Natal cristão com a arcana e caótica subversão fertilizante da morte e nascimento do Sol e da Natureza, num antagonismo secular que irradicou grande parte das práticas pré-cristãs, ora consideradas indecentes e imorais.
Foi uma depuração que atravessou diversas fases e assumiu diversas formas mais ou menos intolerantes e sistemáticas. Os seus efeitos percebem-se, hoje, numa manutenção esporádica e pontualmente localizada de práticas que foram dominantes. A nós chegaram, nomeadamente, as exóticas tradições das mascaradas subversivas do nordeste transmontano, como as «sortidas dos caretos», «chocalheiros», «velhos» e «velhas», «carochos» e «farandulos».
Chegaram-nos ainda, reminescências rituais de roubos como o do «cepo do Natal», ou de enchidos e galináceos, que eram depois assados na fogueira ou de desacatos diversos tais como atravessar troncos e carros de bois em frente das portas ou das ruas que os transeuntes tinham de percorrer.
Mas a calendarização cristã colocou igualmente próximo do Natal, ainda dentro do ciclo invernal, o período de abstinência e austeridade preparatória do clímax redentor da Páscoa: a Quaresma. Durante a mesma foram proibidas, terminantemente, atitudes licenciosas de qualquer natureza; na comida, na bebida, nas diversões e nas próprias posturas publicamente assumidas. Ora, entre os Reis e a Quaresma medeiam apenas escassas semanas. Apenas aí, por omissão, foi sendo tolerada a subversão festiva que as populações entendiam, secularmente, como ligada a esta época do ano.
Não é assim de surpreender que aí se desenvolvessem práticas maledicentes como as «pulhas», nem igualmente que fosse nesse período (especialmente nos últimos dias antes da Quaresma) que se concentrassem as atitudes festivas e folgazãs que aquela iria proibir. Comemorava-se assim em galhofa e sarcasmo o intróito à Quaresma, transformado depois no «Intrudo», ou «Entrudo», popular. Aí, como veremos, realizavam-se as «queimas das comadres», o auge das «pulhas», as «caqueiradas» e «chocalhadas», roubos e desacatos, mascaradas e comezainas, subversões várias, e balies foliões denominados comunemente «trapalhões». No fim deste período a irreverência atingia o clímax do seu potencial. Celebrava-se, grotesca e cerimonialmente, o fim do mesmo, «enterrando-se o entrudo ou o galo», o que dava azo a críticas e sátiras diversas.»(...)
«A Face do Caos», Aurélio Lopes, Garrido Editores, pág. 133/4.
E agora este excelente exemplo de música tradicional portuguesa:
12 Comments:
"It occurred on Clear Lake, the largest freshwater body in California. (On the map, it's in the orange area of Lake County, with a great many Pomo rancherias designated by alphabet letters clustered around it.)
Two abusive Americans, Charles Stone and Andrew Kelsey, had captured and bought hundreds of Pomo, forcing them to work as slaves on a large ranch they had taken over in 1847 from Mexicans. Perhaps it was to these two that the mule train of slavers was taking the Pomo children to be sold, as Elsie Allen describes on her page. Slavery was illegal in California after the U.S. acquired it by the treaty of Guadalupe Hidalgo, that ended the U.S. war with Mexico in 1848. But that applied only to Blacks, not to Indians. Here's an account of the Army rounding up slaves for ranchers. Americans enslaved Indians in California wherever they found them, for forced mining and agricultural labor. Here's Benson's description of what led to the massacre:
"About 20 old people died in the winter from starvation. From severe whippings, 4 died. A nephew of an Indian lady who was forced to live with Stone (as his whore) was shot to death by Stone. When a father or mother of a young girl was asked to bring the girl to his house [for sex] by Stone or Kelsey, if this order was not obeyed, he or she would be hung up by the hands and whipped. Many old men and women died from fear or starvation."
One day in early 1850, Shuk and Xasis, who had been working the cattle herds, lost one of Kelsey's horses. Afraid of their inevitable punishment (they would be whipped to death), they met in council with all the enslaved people to decide what to do.
"All the men gathered at Xasis's house. Here they debated all night. Shuk and Xasis wanted to kill Stone and Kelsey. They said they would be killed as soon as the white men found out their horse was gone."
5 Pomo men were assigned to strike first. They killed both Stone and Kelsey. The people fled to the hills, expecting the American soldiers to come. They planned to meet these troops in peaceful council and explain the conditions of brutal slavery that had led to what they had done.
In May of 1850, a detachment of Army regulars led by Capt. Nathaniel Lyon entered the Clear Lake area to punish the Indians for the killings. Unable to find the band of slaves who had fled, they attacked a small Pomo village, Badonnapoti, on an island on the north side of the lake -- later called Bloody Island by the Pomo. This island was formerly the sacred ceremonial site of a complex of towns around the northern part of Clear Lake.
Men, women, and children, unable to flee, were massacred by the U.S. Army there. On their way home, the troops continued their bloody actions, massacring every Indian group they encountered -- mostly Pomo groups. This just isn't in the history books, even good ones, I found it when researching for these pages. Perhaps historians were embarassed that most of their info would have come from California newspapers, like these headliners from Eureka's Humboldt Times: "Good Haul of Diggers," "38 Bucks Killed, 40 Squaws and Children." "Band Exterminated!" One -- The Northern Californian which covered it differently, told of "Indiscriminate massacre of innocent Indians -- Women and children butchered" covering the details of the brutal Bloody Island slaughter with hatchets and axes of 188 peaceful men, women and children in their villages. The youthful editor, western short-story writer Bret Harte, then had to flee ahead of a lynch mob, which smashed his printing press for daring to tell the truth about it."
É contra isto que o verdadeiro Nacionalista se ergue:contra a destruição das Identidades culturais,raciais e linguísticas,em que o passado recente foi tão pródigo.
Com muito pesar meu,constato que as elites europeias se estão a empenhar num processo,ao fim e ao cabo,não muito diferente do efectuado no caso concreto da Califórnia do seculo XIX,com os massacres e escravização dos índios Pomo.Sub-reptíciamente,lá vão eles pondo o seu plano de decaracterização das Identidades europeias em marcha,através da introdução forçada de políticas muilti-culturalistas,com o fito de desagregar a essência da Europa,tão árduamente construída ao longo dos séculos.
Os índios Pomo agora somos nós,os Europeus Caucasóides.A lavagem cerebral para interiorização dos valores multi-culturalistas é a nova arma,no lugar das espingardas e chicotes dos antigos colonizadores americanos.Não se deve esquecer o nefasto papel que a Igreja Católica desempenhou neste contexto:com o pretexto de "civilizar os selvagens",contribuíu para o seu extermínio,através de trabalhos forçados,com a aquiescência das autoridades militares e civis espanholas.
Aqui,de igual forma,a História repete-se:manda a Bíblia dar a outra face a quem agride.Pobres dos europeus,obrigados a condescender com todos os abusos contra si cometidos pelos forasteiros,que se sentem confortados e impunes,sob a capa protectora das autoridades nacionais...
Vergonhoso estado de coisas a que se chegou!
E agora,senhores antirracistas e antifascistas?Isto é pensamento de nazi?
Pensem muito bem antes de nos atirarem com inanidades ocas à cara.Nunca,na minha vida,me atraíu o programa ideológico alemão de Hitler,nem a sua acção concreta.
O que achei de facto,importante,desde a primeira hora,foi a necessidade de defender e valorizar o que nos pertence,o que é nosso e nos define como Povo,como Identidade,exactamente aquilo que vocês desprezam e acham que se deve destruír.Mas enganam-se se julgam que o vão conseguir!
Enganam-se muito...
Amigo Caturo,parabéns pela qualidade do seu blog,um espaço de não conformismo com o espírito de "carneirada",tão em voga no nosso país.
Força nisso!Pela Identidade Portuguesa,pela Democracia e por um Futuro de Liberdade.
Saudações Nacionais e Democráticas.
boa intervençao Welder.
"É contra isto que o verdadeiro Nacionalista se ergue:contra a destruição das Identidades culturais,raciais e linguísticas,em que o passado recente foi tão pródigo."
e como voce disse e bem, continuamos na saga da destruiçao das identidades, desta vez estamos todos empenhados em destruir a nossa, a identidade dos varios povos europeus.
Ja com os outros que antes tratavamos mal, hoje aceitamos que eles se protejam, que façam reservas raciais e culturais, que proibam estrangeiros nas suas terras, paises ou reservas.
Antes so pensavamos em nos e lixavamos os outros.
Hoje so pensamos nos outros e queremos lixar-nos, extinguir-nos, uns com consciencia disso, outros com toda a inocencia nem consciencia disso tem.
"E agora,senhores antirracistas e antifascistas?Isto é pensamento de nazi?"
meu caro, hoje quem mais se aproxima da imagem nazi que os proprios esquerdistas inventaram, sao eles proprios, os esquerdistas multiracialistas e anti-racistas.
Sao eles os unicos que defendem a extinçao e destruiçao das identidades europeias.
Nem Hitler desejava acabar com os Judeus como estes esquerdistas desejam acabar com os europeus. Hitler tinha planos para dar uma terra aos Judeus para que estes continuassem a existir mas nas suas terras, na sua naçao.
Os esquerdistas ainda sao mais nazis, mais racistas, mais apologistas do genocidio que os nazis.
se os antigos egipcios eram negros como afirmam os afro-centristas, então os negros escravizaram os judeus.
Exactamente, camaradas Welder e primeiro anónimo - da nossa parte, é inevitável o nojo e, para muitos do nosso lado, o choque, que sentimos perante o asqueroso descaramento de quem começa agora a mostrar a sua verdadeira face: a verdadeira diversidade não lhes interessa, nunca lhes interessou; o que sempre quiseram é a tara herdada do Cristianismo - a aniquilação das diferenças entre todos para construir o seu abjecto mundo sem fronteiras, dê lá por onde der. Quando falam contra o chamado holocausto, não é a matança que verdadeiramente os incomoda, mas sim a intenção etnicista. Porque eles próprios estão dispostos a tudo para levarem a cabo o seu plano, e, se houver matanças, até estão dispostos a fechar os olhos, mas sem problema de consciência absolutamente nenhum, como se tem constatado repetidamente: esta é a escumalha que nunca quis saber das chacinas cometidas por Estaline, por Mao Tse Tung, até por Lenine, por Fidel e por Che Guevara também (em proporções diferentes), e se agora alguns dos mais «espertalhaços» até dizem que condenam o exemplo estalinista, a verdade é que o fazem porque já não há maneira de defenderem o monstro georgiano - todavia, continuam perfeitamente à vontade para exaltarem o grande idealista que foi Lenine (e terrorista também, mas essa parte só nós é que LEMBRAMOS...), e, mais descaradamente ainda, para silenciarem os crimes em massa cometidos em nome do Islão, tanto outrora como diariamente.
E se algum comum cidadão europeu se queixa da violência a que se vê sujeito no seu quotidiano por parte da escumalha criminosa alógena, a resposta da súcia anti-racista varia entre a negação pura e simples, a ocultação da queixa, até à desqualificação da mesma, seja por insinuar que o queixoso é «racista» ou simplesmente «atrasado», até à «sofisticada» e «subtil» consideração da «complexidade» da situação, porque isto da pobreza e da falta de integração é mesmo assim, depois há vítimas, claro, mas a culpa é do capitalismo (portanto, leia-se e não se duvide, a culpa é do branco opressor) ou da mentalidade racista, ou então, enfim, é um mal necessário...
Essa infra-humanidade já nós topamos de ginjeira. E é por isso que marchamos.
E, por toda a Europa, há cada vez mais europeus, ainda não castrados pelo politicamente correcto, que se erguem e começam a votar em nós - europeus cujas mãos não estão atadas por mitos incapacitantes, tais como o colonialismo, a escravatura, a obrigatoriedade de aceitar imigrantes porque também há emigrantes nossos lá fora, etc. - o mito incapacitante é tudo o que impede o indivíduo de reagir à iminvasão que lhe entra em casa, e a nossa guerra tem de incidir precisamente nisto, no campo da mentalidade.
Lord's Prayer (em Volapuk)
O Fat obas, kel binol in süls,
paisaludomöz nem ola!
Kömomöd monargän ola!
Jenomöz vil olik,
äs in sül, i su tal!
Bodi obsik vädeliki givolös obes adelo!
E pardolös obes debis obsik,
äs id obs aipardobs
debeles obas.
E no obis nindukolös in tentadi;
sod aidalivolös obis de bad.
Jenosöd!
Translation
Our Father, who art in heaven,
hallowed be thy name;
thy kingdom come,
thy will be done,
on earth as it is in heaven.
Give us this day our daily bread,
and forgive us our trespasses,
as we forgive those
who trespass against us;
and lead us not into temptation,
but deliver us from evil.
Amen.
O director do Observatório Astronómico do Vaticano, o jesuíta George Coyne, está convencido da existência de vida extraterrestre e diz que "é uma loucura" pensar que o Homem possa estar sozinho no Universo.
O padre Coyne e a equipa de cientistas que dirige chegaram a esta conclusão após estudar durante anos o firmamento a partir do Centro de Investigação Astrofísica, nos arredores de Roma.
"O Universo é tão grande que seria uma loucura pensar que nós somos uma excepção", afirmou Coyne numa entrevista ao diário milanês "Corriere della Sera", ao mesmo tempo que sublinha que cada dia há mais dados que fazem pensar na possibilidade de formas de vida
diferentes das existentes na Terra.
"Quanto mais estudamos os astros, mais nos tornamos conscientes da nossa ignorância", acrescentou.
Ciência estimula fé
O padre jesuíta, responsável desde 1978 por um observatório com mais de um século de História e que depende directamente da Santa Sé, afirma que "a Ciência não destrói a fé, estimula-a".
Apesar de admitir que hoje não existem provas científicas que comprovem a existência de vida fora da Terra, Coyne está consciente de que esta possibilidade abre entre os fiéis uma série de interrogações mas sublinha que não deve ser considerada como um facto dramático.
Bíblia e Ciência
Nesse sentido, o astrónomo assinalou que alguns sectores da Igreja consideram negativo debater ou estudar questões que possam fazer "tremer um pouco" a doutrina Católica.
No entanto, o padre insiste em que não há necessariamente uma incompatibilidade entre as versões sobre a origem do Cosmos que surgem na Bíblia e as mais actuais defendidas pela Ciência, como a do "Big Bang".
Segundo Coyne, nem as Sagradas Escrituras nem a Teologia aprofundam a forma como Deus criou o Universo e cabe aos cientistas e à sua "curiosidade insaciável" responder às muitas incógnitas que ainda não foram resolvidas, entre elas a possibilidade de formas de
vida extraterrestre.
Nós somos o Homo sapiens. Nossa espécie surgiu após um longo processo evolutivo que começou a milhões de anos. Mas o que sabemos hoje sobre esse processo?
Sem dúvida o homem descende do macaco, mas como e porque o macaco se tornou homem?
Achavamos que uma coisa estava certa. O macaco se ergueu sobre duas patas para sobreviver na savana, assim a adaptação ao meio ambiente era a força motriz da evolução. Mas hoje, numerosos fósseis começam a contradizer esta hipótese.
Cientistas de várias áreas já estão chegando a uma conclusão diferente, a força motriz da evolução não é externa, mas interna do ser humano. Uma nova teoria nasceu, uma nova teoria que fala de uma história interna, de uma memória embutida constantemente em ação dentro de nós. Nossas mandíbulas a confirmam.
O Homo sapiens não é o fim da linha, ainda estamos evoluindo. Mas estamos evoluindo para que? Como será o Homo futuros, o homem que virá depois de nós?
O CONCEITO DE RACISMO
Criado por volta de 1920, o racismo enquanto conceito e realidade já foi objeto de diversas leituras e interpretações. Já recebeu várias definições que nem sempre dizem a mesma coisa, nem sempre têm um denominador comum. Quando utilizamos esse conceito em nosso cotidiano, não lhe atribuímos mesmos conteúdo e significado, daí a falta do consenso até na busca de soluções contra o racismo.Por razões lógicas e ideológicas, o racismo é geralmente abordado a partir da raça, dentro da extrema variedade das possíveis relações existentes entre as duas noções. Com efeito, com base nas relações entre “raça” e “racismo”, o racismo seria teoricamente uma ideologia essencialista que postula a divisão da humanidade em grandes grupos chamados raças contrastadas que têm características físicas hereditárias comuns, sendo estas últimas suportes das características psicológicas, morais, intelectuais e estéticas e se situam numa escala de valores desiguais. Visto deste ponto de vista, o racismo é uma crença na existência das raças naturalmente hierarquizadas pela relação intrínseca entre o físico e o moral, o físico e o intelecto, o físico e o cultural. O racista cria a raça no sentido sociológico, ou seja, a raça no imaginário do racista não é exclusivamente um grupo definido pelos traços físicos. A raça na cabeça dele é um grupo social com traços culturais, lingüísticos, religiosos, etc. que ele considera naturalmente inferiores ao grupo a qual ele pertence. De outro modo, o racismo é essa tendência que consiste em considerar que as características intelectuais e morais de um dado grupo, são conseqüências diretas de suas características físicas ou biológicas.
Mas o racismo e as teorias que o justificam não caíram do céu, eles têm origens mítica e histórica conhecidas. A primeira origem do racismo derive do mito bíblico de Noé do qual resulta a primeira classificação, religiosa, da diversidade humana entre os três filhos de Noé, ancestrais das três raças: Jafé (ancestral da raça branca), Sem (ancestral da raça amarela )e Cam (ancestral da raça negra). Segundo o nono capitulo da Gênese, o patriarca Noé, depois de conduzir por muito tempo sua arca nas águas do dilúvio, encontrou finalmente um oásis. Estendeu sua tenda para descansar, com seus três filhos. Depois de tomar algumas taças de vinho, ele se deitara numa posição indecente. Cam, ao encontrar seu pai naquela postura fez, junto aos seus irmãos Jafé e Sem, comentários desrespeitosos sobre o pai. Foi assim que Noé, ao ser informado pelos dois filhos descontentes da risada não linzongeira de Cam, amaldiçoou este último, dizendo: seus filhos serão os últimos a ser escravizados pelos filhos de seus irmãos. Os calvinistas se baseiam sobre esse mito para justificar e legitimar o racismo anti-negro. A Segunda origem do racismo tem uma história conhecida e inventariada, ligada ao modernismo ocidental. Ela se origina na classificação dita científica derivada da observação dos caracteres físicos (cor da pele, traços morfológicos). Os caracteres físicos foram considerados irreversíveis na sua influência sobre os comportamentos dos povos. Essa mudança de perspectiva foi considerada como um salto ideológico importante na construção da ideologia racista, pois passou-se de um tipo de explicação na qual o Deus e o livre arbítrio constituí o eixo central da divisão da história humana, para um novo tipo, no qual a Biologia (sob sua forma simbólica) se erige em determinismo racial e se torna a chave da história humana. Insisto sobre o fato de que o racismo nasce quando faz-se intervir caracteres biológicos como justificativa de tal ou tal comportamento. É justamente, o estabelecimento da relação intrínseca entre caracteres biológicos e qualidades morais, psicológicas, intelectuais e culturais que desemboca na hierarquização das chamadas raças em superiores e inferiores. Carl Von Linné, o Lineu, o mesmo naturalista sueco que fez a primeira classificação racial das plantas, oferece também no século XVIII, o melhor exemplo da classificação racial humana acompanhada de uma escala de valores que sugere a hierarquização.Com efeito, na sua classificação da diversidade humana, Lineu divide o Homo Sapiens em quatro raças:
· Americano, que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. , que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. · Asiático: amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.
, que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.
· Africano: negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.
negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.· Europeu: branco, sangüíneo, musculoso, engenhoso, inventivo, governado pelas leis, usa roupas apertados.branco, sangüíneo, musculoso, engenhoso, inventivo, governado pelas leis, usa roupas apertados.
Como Lineu conseguiu relacionar a cor da pele com a inteligência, a cultura e as características psicológicas num esquema sem dúvida hierarquizante, construindo uma escala de valores nitidamente tendenciosa? O pior é que os elementos dessa hierarquização sobreviveram ao tempo a aos progressos da ciência e se mantêm ainda intactos no imaginário coletivo das novas gerações. No entanto, não foi, até o ponto atual dos conhecimentos, cientificamente comprovada a relação entre uma variável biológica e um caractere psicológico, entre raça e aptidões intelectuais, entre raça e cultura. A concepção do racismo baseada na vertente biológica começa a mudar a partir dos anos 70, graças aos progressos realizados nas ciências biológicas (genética humana, bioquímica, biologia molecular) e que fizeram desacreditar na realidade científica da raça. Assiste-se então ao deslocamento do eixo central do racismo e ao surgimento de formas derivadas tais como racismo contra mulheres, contra jovens, contra homossexuais, contra pobres, contra burgueses, contra militares, etc. Trata-se aqui de um racismo por analogia ou metaforização, resultante da biologização de um conjunto de indivíduos pertencendo a uma mesma categoria social. É como se essa categoria social racializada (biologizada) fosse portadora de um estigma corporal. Temos nesse caso o uso popular do conceito de racismo, qualificando de racismo qualquer atitude ou comportamento de rejeição e de injustiça social.
Esse uso generalizado do racismo pode constituir uma armadilha ideológica, na medida em que pode levar à banalização dos efeitos do racismo, ou seja, a um esvaziamento da importância ou da gravidade dos efeitos nefastos do racismo no mundo.
Por que os negros se queixam tanto, pois afinal não são as únicas vítimas do racismo(?),indagariam os indivíduos motivados por essa lógica de banalização. Em conseqüência, o racismo com seus múltiplos usos e suas numerosas lógicas se torna tão banal que é usado para explicar tudo. Mas o deslocamento mais importante do eixo central do racismo pode ser observado bem antes dos anos 70, a partir de 1948, com a implantação do apartheid na África do sul. O apartheid (palavra do Afrikans), foi oficialmente definido como um projeto político de desenvolvimento separado, baseado no respeito das diferenças étnicas ou
culturais dos povos sul africanos. Um projeto, certamente fundamentado no multiculturalismo política e ideologicamente manipulado. Observa-se também que é em nome do respeito das diferenças e da identidade cultural de cada povo que o racismo se reformula e se mantém nos países da Europa ocidental contra os imigrantes dos países árabes, africanos e outros dos países do Terceiro mundo, a partir dos anos 80. Já no fim do século passado e início deste século, o racismo não precisa mais do conceito de raça no sentido biológico para decretar a existência das diferenças insuperáveis entre grupos estereótipos. Além da essencialização somático-biológica, o estudo sobre o racismo hoje deve integrar outros tipos de essencialização, em especial a essencialização históricocultural.Embora a raça não exista biologicamente, isto é insuficiente para fazer desaparecer as categorias mentais que a sustentam. O difícil é aniquilar as raças fictícias que rondam em nossas representações e imaginários coletivos. Enquanto o racismo clássico se alimenta na noção de raça, o racismo novo se alimenta na noção de etnia definida como um grupo cultural, categoria que constituí um lexical mais aceitável que a raça(falar politicamente correto).
http://www.youtube.com/watch?v=GkiuJg5HhtM
Também lá estarei dia 17 de Março,para Judas Priest.
Um clip de uma grande banda de puro Heavy Metal,como já não há.
Um clássico.
Um abraço,Caturo.
De facto essa é mais porreira do que eu me lembrava. Mas a que eu durante anos procurei, e finalmente encontrei, foi esta:
http://www.youtube.com/watch?v=OjYXU_Ki3CQ
Saudações Metálicas, camarada mutante. :)
Nós somos o Homo sapiens. Nossa espécie surgiu após um longo processo evolutivo que começou a milhões de anos. Mas o que sabemos hoje sobre esse processo?
Sem dúvida o homem descende do macaco, mas como e porque o macaco se tornou homem?
Achavamos que uma coisa estava certa. O macaco se ergueu sobre duas patas para sobreviver na savana, assim a adaptação ao meio ambiente era a força motriz da evolução. Mas hoje, numerosos fósseis começam a contradizer esta hipótese.
Cientistas de várias áreas já estão chegando a uma conclusão diferente, a força motriz da evolução não é externa, mas interna do ser humano. Uma nova teoria nasceu, uma nova teoria que fala de uma história interna, de uma memória embutida constantemente em ação dentro de nós. Nossas mandíbulas a confirmam.
O Homo sapiens não é o fim da linha, ainda estamos evoluindo. Mas estamos evoluindo para que? Como será o Homo futuros, o homem que virá depois de nós?
MEU DEUS; PRIMEIRO O HOMEM VEIO DO MACACO(NÃO, ELES POSSUEM ANCESTRAIS COMUNS)
E SEGUNDO QUE TEM UMA REPORTAGEM NA BBC DIZENDO QUE A EVOLUÇÃO HUMANA CESSOU JÁ HÁ ALGUNS MILHARES DE ANOS!!!
Lineu divide o Homo Sapiens em quatro raças:
· Americano, que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. , que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. · Asiático: amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.
, que o próprio classificador descreve como moreno, colérico, cabeçudo, amante da liberdade, governado pelo hábito, tem corpo pintado. amarelo, melancólico, governado pela opinião e pelos preconceitos, usa roupas largas.
· Africano: negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.
negro, flegmático, astucioso, preguiçoso, negligente, governado pela vontade de seus chefes(despotismo), unta o corpo com óleo ou gordura, sua mulher tem vulva pendente e quando amamenta seus seios se tornam moles e alongados.· Europeu: branco, sangüíneo, musculoso, engenhoso, inventivo, governado pelas leis, usa roupas apertados.branco, sangüíneo, musculoso, engenhoso, inventivo, governado pelas leis, usa roupas apertados.
Como Lineu conseguiu relacionar a cor da pele com a inteligência, a cultura e as características psicológicas num esquema sem dúvida hierarquizante, construindo uma escala de valores nitidamente tendenciosa?
VC ESTÁ ANALIZANDO A RAÇA SOMENTE PELO PONTO DE VISTA DAS CIENCIAS HUMANAS E NÃO A PARTIR DAS NATURAIS
E ISTO É COMPLETAMENTE PARCIAL
SEGUNDO: RAÇA NÃO É SÓ FENOTIPO E FENOTIPO NÃO É SÓ PELE E PELE NÃO É SÓ COR
TERCEIRO: SE EXISTEM RELAÇÕES ENTRE O FENÓTIPO E O GENÓTIPO, É CLARO QUE EXISTE TAMBEM ENTRE O GENÓTIPO E O PERFIL PSICOLOGICO, POIS A PARTE FISIOLOGICA E NEUROQUIMICA DO CEREBRO É PARTE INTEGRANTE DO FENOTIPO INTERNO(=/= DO FENOTIPO EXTERNO, MAS QUE JUNTOS FORMAM O TODO DO FENÓTIPO)!!
VC É ANGOLANO NÉ??
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