WILDERS NA CONFERÊNCIA «ENFRENTAR A JIHAD»

Pode ler-se aqui, na língua de Hengist e Horsa, o discurso de Geert Wilders na conferência ontem realizada em Jerusalém com o título «Enfrentar a Jihad». O holandês expôs aí o seu polémico filme anti-islâmico, «Fitna», e, no essencial, apelou à galvanização da resistência contra a islamização da Europa, em nome da identidade e da liberdade europeias.
Deu uma panorâmica especialmente preocupante a respeito da presente situação e tendência islamizante do continente, mas assinalou também que o Povo, contrariamente à elite reinante, começa a aperceber-se do perigo que o Islão representa - em particular, sessenta por cento da população holandesa opõe-se à imigração (e no entanto a imigração continua, o que mostra de que é feita a «democracia» em solo europeu...) e considera que a religião de Mafoma é a maior ameaça à identidade nacional.

É todavia pena que diga ser o Ocidente um produto e um descendente de Israel, o que se afigura histórica e filosoficamente errado - mas, em termos mais imediatos, toca no essencial a respeito do tema quando diz que é graças a esta que os Ocidentais não têm tido de enfrentar um esforço de guerra que está, de momento, focalizado na pátria judaica, daí que, como diz, e já tinha dito antes, «Israel está simplesmente a receber os ataques que eram destinados a todos nós. Se não houvesse Israel, o imperialismo islâmico teria encontrado outros locais para libertar a sua energia e desejo de conquista. Portanto, a guerra contra Israel não é uma guerra contra Israel. É uma guerra contra o Ocidente. É jihad. Graças aos pais israelitas que vêem os seus filhos a juntarem-se ao exército e ficam acordados durante a noite, os pais na Europa e na América podem dormir descansados e ter sonhos agradáveis, inconscientes dos perigos circundantes.»

Este «graças» é equívoco, porque não se acredita que os bons dos Judeus façam o que fazem em prol da Europa - mas que constituem uma barreira considerável entre o Islão e os Europeus, disso não há dúvida.
Não é já, evidentemente, a única - como bem diz Wilders, há outras linhas da frente, ainda que não tão violentas (por enquanto): Madrid, Paris, Amsterdão, Londres, enfim, todas as grandes cidades europeias onde seja forte e crescente a presença muçulmana.