ARMAS SIM... MAS SÓ SE FOR PARA O AMADO OUTRO...
É deveras esclarecedor este artigo do Brussels Journal. Aí se lê qual o tipo de pacifismo do primeiro-ministro do país vizinho, potência militar da Europa Ocidental.
José Luis Rodríguez Zapatero diz-se pacifista convicto.
E, por ser pacifista convicto, retirou as tropas espanholas do Iraque (embora por lá ande uma fragata espanhola). Mais tarde, lá aceitou, a contra-gosto, que tropas espanholas fossem enviadas para o Afeganistão, mas, por ser pacifista, Zapatero impôs a condição de as tropas do seu país não usarem «força letal», o que faz com que os efectivos espanhóis em solo afegão sejam ao fim ao cabo inúteis.
Por ser pacifista convicto, declarou, em discurso proferido na Assembleia Geral das Nações Unidas, que «a cultura é sempre paz» e, logo a seguir, garantiu que os terroristas eram uns incompreendidos e que só podiam ser derrotados se com eles houvesse diálogo.
Por ser pacifista convicto, escolheu ministros da Defesa pacifistas:
- o primeiro, dizia «sou ministro da Defesa mas prefiro morrer do que matar» (mais cristão do que isto não há);
- o segundo, parecia acreditar que era sua missão desmilitarizar as Forças Armadas Espanholas e transformá-las numa espécie de ONG humanitária, tendo para isso expurgado as hostes militares dos oficiais que se recusassem a abandonar a criminosa ideia de que o propósito do Exército é defender a soberania da Pátria;
- a terceira, declara-se também pacifista, como seria de esperar (só tem de bom o facto de como catalã não acreditar na indivisibilidade da nação espanhola...).
Por ser pacifista convicto, a sua doutrina baseia-se essencialmente nos seguintes princípios:
1) Nenhum tipo de ameaça justifica de facto o uso da força;
2) As forças armadas devem ser convertidas em organizações humanitárias usadas para protecção civil em vez de serem usadas para defender a soberania;
3) Não há nenhuma fonte de legitimidade para uso da força sem ser a ONU; e se esta não chegar a acordo, o melhor é não fazer nada do que agir unilateralmente...
Por ser pacifista convicto, o governo de Zapatero aumentou imensamente a venda de armas ao estrangeiro.
O quê?...
Alto e pára o baile... há qualquer coisa que não bate certo...
De facto, a Espanha é agora o oitavo maior exportador de armas do mundo (depois dos EUA, Rússia, Alemanha, França, Holanda, Reino Unido e Itália), tendo mais do que duplicado as suas receitas em três anos (de quatrocentos milhões de euros em 2004 para novecentos e trinta e três milhões de euros em 2007).
Por ser pacifista convicto, não faz a guerra, mas deixa que outros a façam e até ajuda, sem se meter...
Mas já agora... quais outros?
A que estrangeiro é que o governo socialista de Espanha vende armas às carradas?
China, Cuba, Irão e especialmente Venezuela, governada por um ditador, o que até tem a sua ironia, uma vez que o sector ideológico que governa a Espana ainda hoje fala contra o tempo em que a Espana foi oprimida por uma ditadura...
Mas pronto, o ditador venezuelano é um ditador de Esquerda, logo, a sua ditadura é aceitável, é «de rosto humano», como sói dizer-se em politiquês correcto...
Respondendo a quem o critica por isto, diz que um negócio recente no valor de 1,7 mil milhões de euros é «uma transacção negocial com armas pacíficas».
De facto, não há como a Esquerda para alterar a realidade com base na sua espertíssima utilização das «palavras certas», que é eufemismo para dizer esperteza saloia completamente despudorada.
Note-se ainda que a Espanha é o maior fornecedor de armas aos países sub-sarianos, nos quais campeia a guerra.
2 Comments:
Excelente artigo, a desmascarar esse hipócrita nojento que desgoverna a Espanha.
governo do Zapatero, começou a sua senda de vingança "pacifista", por mandar retirar estátuas e nomes ligados ao antigo regime(branqueamento histórico),depois mete o exibicionista Juiz Baltasar Garzón com todo o seu séquito mediático, a irem prender o Pinochet ao hospital em Londres, e agora mete o juiz a desenterrar selectivamente "vitimas" da guerra civil em Espanha ...
vale tudo ...
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