quarta-feira, julho 16, 2008

A ACTUAL RELIGIOSIDADE - CONTRASTE ENTRE EUROPA E RESTO DO MUNDO


Um estudo conduzido por uma organização alemã de pesquisa e debate público, a Fundação Bertelsmann (Bertelsmann Stiftung), que fez uma pesquisa em vinte e um países, sondando vinte e um mil indivíduos em todo o planeta, tem como conclusão que a Religião é em quase todo o mundo de importância vital para a população, particularmente no que aos muçulmanos diz respeito, enquanto a Europa constitui aqui a excepção.

Assim, a nível mundial, mais de quatro em cada cinco jovens adultos (85% da população) são religiosos e quasde metade (44%) são profundamente religiosos. Só 13% não tem qualquer interesse por Deus ou pela fé em geral.

As diferenças entre países são entretanto marcantes. Os jovens adultos dos Estados islâmicos e dos países em desenvolvimento são profundamente religiosos, enquanto os jovens cristãos europeus são comparativamente não religiosos. Oitenta por cento dos protestantes jovens fora da Europa são profundamente religiosos e dezoito por cento são religiosos, enquanto na Europa apenas sete por cento dos protestantes jovens são profundamente religiosos e vinte e cinco por cento podem simplesmente ser classificados como membros nominais da sua igreja.

Passa-se algo de similar com os católicos jovens. Vinte e cinco por cento dos jovens católicos da Europa são profundamente religiosos; fora da Europa, sessenta e oito por cento dos jovens católicos são profundamente religiosos.
Quanto ao leste europeu, só um terço da população foi baptizada e a maior parte da juventude não tem qualquer ligação à fé cristã e à Igreja. Só treze por cento é profundamente religiosa.

De notar que um terço (35%) dos jovens adultos a nível mundial diz não pertencer a qualquer denominação religiosa, mas considera-se de qualquer modo religioso.

Quanto às práticas devocionais, noventa por cento dos jovens adultos em países particularmente religiosos como a Nigéria e a Guatemala rezam pelo menos uma vez por dia, e três em cada quatro fazem o mesmo na Índia, em Marrocos e na Turquia.

Em acentuado contraste com este quadro estão novamente os jovens europeus, para os quais a prática religiosa já não é comum. Em França, apenas nove por cento dos jovens adultos rezam diariamente, e na Rússia esse número é de oito por cento, enquanto na Áustria não vai além dos sete por cento.

A grande excepção no Ocidente é os EUA. Aplica-se à juventude o mesmo que aos mais velhos: há muito mais gente religiosa na terra dos Ianques do que nos outros países ocidentais. Cinquenta e sete por cento dos jovens americanos dizem orar diariamente. Noventa por cento dos protestantes pentecostais deste país são profundamente religiosos.

Verifica-se assim que a noção de que os jovens são menos religiosos do que as gerações precedentes é tipicamente ocidental e não corresponde ao que se passa no resto do planeta. Os jovens adultos de países em desenvolvimento e de países muçulmanos não são menos religiosos do que os adultos mais velhos. Em Marrocos, cerca de noventa e nove por cento acredita em Deus e na vida além morte. No Brasil, na Turquia e na Nigéria, este indicador é de noventa por cento; em Israel, na Indonésia e na Itália, de oitenta por cento.

Os países onde a população mais jovem está menos preocupada com a fé religiosa são quase todos ocidentais, da Austrália à Espanha.
Todavia, também aqui há tendências contrárias. No Reino Unido, a população jovem está a virar-se para a religião mais frequentemente do que a população de mais idade. E os jovens israelitas são significativamente mais religiosos do que os seus pais.
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Os Europeus afastam-se da religião sim, mas porquê?

Talvez porque aquilo em que a esmagadora maioria dos Europeus pensa quando se fala em Religião é no culto ao Judeu Morto, com o seu cortejo de angústias, culpabilizações, negações da vida, mandamentos anti-naturais e incompatíveis com a vida humana normal e salutar, e, sobretudo, incompatíveis com o espírito libertário e altivo da verdadeira Europa.

Os Norte-Americanos têm aqui um comportamento diferente e também são ocidentais, é certo, mas nos EUA confluiu o que de mais radicalmente religioso existia na Europa. De resto, mesmo aí o Cristianismo também diminui a olhos vistos, como já foi aqui noticiado.

Ao mesmo tempo, tem particular interesse observar que o leste eslavo, onde os baptismos são menos praticados, é por outro lado das regiões europeias em que o Paganismo cresce mais, comparativamente falando, como se leu neste tópico. É aliás significativo que nesse mesmo artigo os comentadores cristãos aleguem que o Paganismo cresce exponencialmente na Rússia porque esta foi imperfeitamente cristianizada... outro tanto se verificará, mutatis mutandis, para a Islândia e para a Noruega, que são, segundo o estudo citado nesse mesmo artigo, os dois países europeus com mais quantidade proporcional de adoradores dos antigos Deuses Nacionais. É também nestes países, e nas vizinhanças, que há mais gente a dizer acreditar no Divino sem contudo seguir qualquer religião, como se pode ver aqui: nos países europeus mais a norte, ou seja, mais longe do principal foco difusor da Cristandade, a quantidade de pessoas que assim pensa chega mesmo a ser maioritária. É neste sentir naturalmente religioso que pode residir a chave do grande retorno da verdadeira espiritualidade europeia.

Cabe agora aos gentios do resto da Europa, que teve o especial azar de ser mais profundamente cristianizada, o papel de empreender um combate com toda a militância de que sejam capazes para compensar os estragos que nas suas terras foram feitos por pregadores de credos alienígenas, sempre no sentido de reerguerem mais e mais altares que permitam a reabertura da comunicação com as Potências Divinas da sua herança ancestral.

21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E tu Caturo, tens feito as tuas cinco orações diárias?

17 de julho de 2008 às 12:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://sidney2008.blog.com/

Confirma aqui que isso que postaste è treta.Vê com os teus olhos a adesâo a esta iniciativa da igreja catòlica na Austràlia pelos jovens dos quatro cantos.
Informa-te primeiro antes de mandares póstas de pescada.

17 de julho de 2008 às 15:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Tu é que tens de te informar primeiro - e, para o fazeres, tens de aprender a ler; porque, neste momento, és um analfabeto funcional. Agravas a estatística da iliteracia em Portugal, pertences ao grupo de gente que não sabe interpretar o que lê. Só isso explica que tenhas encontrado neste meu tópico seja o que for que contrarie o que diz nesse artigo.

Aliás, o artigo donde tirei estas estatísticas começa precisamente por referir a recepção do papa na Austrália.

Por isso, deves mesmo procurar estar mais informado antes de dizeres seja o que for.

17 de julho de 2008 às 15:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Apelo à reconciliação dos cristãos

Ao partir de Genebra em 1940 para fundar a comunidade de Taizé, o irmão Roger foi levado por esta intuição: para que os cristãos sejam fermento de paz na humanidade não podem deixar para mais tarde a reconciliação entre eles. Alguns anos depois, ele descreveu assim o seu caminho:

«Marcado pelo testemunho de vida da minha avó, percorrendo o mesmo caminho que ela, encontrei a minha própria identidade de cristão reconciliando em mim mesmo a fé das minhas origens com o Mistério da fé católica, sem ruptura de comunhão com quem quer que seja.»

O caminho que o irmão Roger abriu é delicado e exigente, e ainda não acabámos de o explorar.

Em Cristo pertencemos uns aos outros. Quando os cristãos estão separados, a mensagem do Evangelho torna-se inaudível.

Como podemos responder aos novos desafios das nossas sociedades, nomeadamente os da secularização e da harmonia entre as culturas, sem reunir os dons do Espírito Santo depositados em todas as famílias cristãs? Como podemos transmitir a paz de Cristo a todos, permanecendo separados?

Não percamos mais tantas energias nas oposições entre cristãos, por vezes mesmo no interior das nossas confissões! Procuremos juntar-nos mais frequentemente na presença de Deus, na escuta da Palavra, no silêncio e no louvor:

Uma vez por mês ou por trimestre, procuremos convidar os habitantes da nossa terra ou da nossa região para uma «vigília de reconciliação». [1]

Para preparar uma vigília destas, os jovens podem pôr-se a caminho, indo ao encontro de outros, de outra paróquia, de outro movimento ou de outro grupo e até convidar jovens à procura da fé.

Crescerá então o desejo de fazer juntos tudo o que pode ser feito. O que nos une é mais importante do que aquilo que nos separa: deixemos transparecer esta realidade pela nossa vida!


Supranumerário

17 de julho de 2008 às 15:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.honestreporting.com/
http://www.deolhonamidia.org.br/

17 de julho de 2008 às 16:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

é na Austrália a padralhada vai ficar satisfeita pela conversão de uns quantos aborígenes e de uns quantos sula americanos que vão a essas jornadas.

17 de julho de 2008 às 16:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Só mesmo entre os não europeus é que o Catolicismo cresce.

17 de julho de 2008 às 16:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pois mas para essa corja o que interessa é serem de matriz cristã,assim deixam de ser invasores.
O cristianismo é tão inimigo da identidade étnica e cultural dos povos europeus quanto a extrema esquerda internacionalista.

17 de julho de 2008 às 17:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sem dúvida, até porque o Cristianismo está indirectamente na origem da extrema esquerda internacionalista. Mas é ainda mais perigoso do que a extrema-esquerda, porque é ainda considerado por muitos como «de Direita». O Cristianismo actua por isso como uma quinta-coluna espiritual, cultural, emocional, nas fileiras da Direita, até mesmo na área nacionalista.

17 de julho de 2008 às 17:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo 3:34:00 PM,
talvez te interesse saber: "The Organization of the Islamic Conference (OIC) wants to criminalize Christianity at the U.N."

http://www.canadafreepress.com/index.php/article/3984

17 de julho de 2008 às 17:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.therant.us/staff/imani/imani.htm

17 de julho de 2008 às 18:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.therant.us/staff/imani/2008/05272008.htm

17 de julho de 2008 às 18:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

No, Oz never did give nothing to the Tin Man
That he didn't, didn't already have
and Cause never was the reason for the evening
or the trophy of Sir Galahad

So please believe in me

17 de julho de 2008 às 18:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

infelizmente mesmo na denominada área nacional ainda existe gente dessa ,que em nome dessa mesma faceta evangelizadora é tão contraria á defesa da identidade quanto a extrema esquerda.
A direita é tão internacionalista quanto a esquerda

17 de julho de 2008 às 19:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

os resultados estao em sintonia com o desenvolvimento de um país e com o grau de inteligencia da raça.

Assim a Europa, composta por raças europeias mais inteligentes que o resto do mundo, é pouco religiosa, a maioria ja nem reza e nao quer saber disso. Por seu lado, em lugares onde a burrice impera, como Africa, Brasil ou Países Muçulmanos, as pessoas sao extremamente religiosas.
EUA, um país ja muito misturado, também é muito mais religioso que a Europa.

Confirma-se, quanto mais burro, mais religioso.

Gostaria era de ver os resultados do Japão, mas nao ha dados nesta noticia.

17 de julho de 2008 às 19:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Os EUA não são um país propriamente atrasado, e a mistura não é tão grande como dizes, pelo contrário, a separação racial é notória. E há imensa gente branca «racista» altamente religiosa.

17 de julho de 2008 às 19:21:00 WEST  
Blogger Caturo said...

infelizmente mesmo na denominada área nacional ainda existe gente dessa ,que em nome dessa mesma faceta evangelizadora é tão contraria á defesa da identidade quanto a extrema esquerda.
A direita é tão internacionalista quanto a esquerda


Uma certa «Direita» sim. Mas com aspas.

17 de julho de 2008 às 19:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Epá, está provado que o ditador austriaco Hitler era gay !
Era amante de Albert Speer.
Já agora quem é que fazia de macho ?

17 de julho de 2008 às 21:53:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Caturo não tens notado qualquer coisa diferente nos média portugueses nos últimos dias? Estas noticias parece que andam a mudar de tom.

18 de julho de 2008 às 00:40:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Epá, está provado que o ditador austriaco Hitler era gay !
Era amante de Albert Speer.


Mais um boato mentecapto...

18 de julho de 2008 às 10:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Caturo não tens notado qualquer coisa diferente nos média portugueses nos últimos dias? Estas noticias parece que andam a mudar de tom.

Achas? Não sei, mas não me parece que assim seja. A única diferença que vi foi que no jornal gratuito «Metro» de ontem atreveram-se a perguntar às pessoas o que pensavam da imigração (secção «Pergunta do Dia») e as três opiniões que apresentaram eram contrárias à vinda de mais alienígenas, especialmente esta, duma estudante de vinte e quatro anos: Acho que sim, já começa a ser quase uma "invasão". Não digo isto por pensar que eles vêm para tá tirar-nos emprego mas porque, por vezes, causam mau ambiente.

Das duas uma - ou os jornalistas quiseram dar voz a uma voz que nunca se ouve excepto quando o PNR fala, ou então todas as outras opiniões que recolheram eram mais radicais... :)

O Povo acorda...

18 de julho de 2008 às 10:46:00 WEST  

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