BISPO «ANTI-ISLÂMICO» QUEIXA-SE DE QUE O CRISTIANISMO ESTÁ A SER SUBSTITUIDO PELO ISLÃO

O bispo Michael Nazir-Ali afirma que o Islão está a preencher o vácuo deixado pelo colapso do Cristianismo no Reino Unido.

Quem abriu as portas da imigração em larga escala, e quem foi moralmente conivente com tal abertura, é responsável por este avanço do Islão pela Europa adentro. Não sei qual a posição da Igreja de Inglaterra sobre o tema, mas a de Roma, a católica, ainda hoje apoia declaradamente a iminvasão do Ocidente por massas de imigrantes não europeus.

Segundo o supra-mencionado clérigo, «a revolução social e sexual dos anos sessenta levou ao declínio da influência do Cristianismo sobre a sociedade, e os líderes clericais foram incapazes de o travar.»

Efectivamente, o Ocidente está, desde há séculos, a voltar, paulatina mas progressivamente, ao que sempre foi: o domínio duma Estirpe que sempre amou a liberdade a todos os níveis, incluindo o da sexualidade. Esta queda da moral cristã é pois um sinal de saúde e de vitalidade por parte da Europa.

Michael Nazir-Ali avisa o poder político de que os princípios da tolerância e do respeito, actualmente vigentes (supostamente), não vão ser suficientes para evitar a queda dos valores tradicionais.

Mas qual tolerância?

A tolerância quando entendida do modo humanista da passividade não violenta, a de que é preciso estar disposto a tudo perdoar ao «diferente», é essa que abre as portas ao inimigo mortal. Mas não, seguramente, a tolerância prudente e justa dos antigos Romanos que se dispunham a perseguir todo e qualquer grupo cujas práticas e teorias atentassem contra Roma, ou, mais modernamente, a tolerância como a entende John Locke, que, ao aconselhar os Estados a tolerarem todas as religiões, aconselha-os também a vigiarem de perto toda e qualquer doutrina que possa fazer perigar a segurança da Pátria.

Argumenta o vigário que a Igreja de Inglaterra está a cometer grave erro ao eximir-se do seu dever de converter os jovens muslos à Cristandade - e que a própria Britânia vivia num imenso conflito de tribos antes da conversão ao Cristianismo.

O que não diz o vigário é que essa conversão contribuiu, por sua vez, para grandes conflitos entre as tais tribos que dividiam entre si a grande Albion... e que a conversão ao Cristianismo levou a muitas outras guerras, incluindo massacres, em vários pontos da Europa e do resto do planeta...

Enfim, diz Nazir-Ali que o declínio moral está a «destruir a "Britanidade"», ou seja, a acabar com a identidade britânica...

A Cristandade impôs-se no Ocidente pela força e pela intimidação; foi pela força e pela intimidação que destruiu as religiões autenticamente europeias. Além do mais, inoculou nas veias da Europa um veneno mortal, o do «Amor Universal» tido como moral obrigatória e sem fronteiras, que engloba a anti-naturalidade de dar a outra face ao agressor, veneno este que, desenvolvendo-se ao longo dos séculos, está agora a matá-la: o universalismo moralista, internacionalista, anti-racista, ou «politicamente correcto», para se usar a designação da sua versão ideológica mais moderna.

Soa pois como um descaramento estar a falar duma identidade europeia, de qualquer dos seus países, como tendo inerentemente ligada a si uma religião alienígena que se impôs, não apenas pela violência - física mas também e sobretudo psicológica - mas também, e isto é que é mais grave, e até ofensivo, contra o âmago da espiritualidade dos ancestrais da Europa, contra o que de mais sagrado havia em solo europeu, que era a ligação dos Europeus aos Deuses da sua ancestral herança. O descaramento prolonga-se quando o bispo se lembra de dizer que a liberdade depende do Cristianismo para poder existir, como se a liberdade não fosse na Europa muito anterior à imposição da Cristandade, como se a liberdade não tivesse sempre sido gravemente cerceada pela Cristandade enquanto esta teve poder, como se a liberdade não tivesse aumentado no Ocidente à medida que a Cristandade perdia terreno em terras ocidentais...

A chegada em força do Islão ao solo europeu é tão somente a segunda vaga do mesmo imperialismo espiritual universalista de raiz semita, pois que a religião de Mafoma parte da mesma matriz que a do Judeu Morto, com a significativa diferença de que o amor fraternal que o Islão vem trazer não passa por uma aceitação passiva da violência cometida pelo «outro», pondo em vez disso a tónica no direito, até no dever, de converter tudo e todos à «paz» - leia-se «submissão a Deus», ou, no caso dos não muçulmanos, da submissão do infiel à ordem musla.
A diferença é evidentemente para pior, no actual contexto cultural, político e social do Ocidente.

De qualquer modo, longe está o Europeu de ter de escolher «o menor dos males».