sexta-feira, maio 11, 2007

GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONALISTA NA RÚSSIA

Apesar da repressão estatal... afinal, aquilo por lá é quase tão pouco democrático como aqui... de qualquer modo, o Movimento Nacionalista está já relativamente bem desenvolvido...


A praça onde se encontra o monumento a Leão Tolstoi, grande escritor russo, foi o lugar escolhido por nacionalistas, cabeças-rapadas e monárquicos orto doxos para, como diziam os oradores, «se fazer ouvir as palavras dos russos».
«Rússia e ordem russa!», «A Rússia é terra russa!», «Russo ajuda russo!» eram algumas das palavras gritadas pelos manifestantes convocados por forças nacionalistas como o Movimento Contra a Imigração Ilegal, o Partido Vontade Popular, força política com representação no Parlamento da Rússia.
Além dessas forças, viam-se também bandeiras do Império Russo (constituída por faixas horizontais dourada, preta e branca) e bandeiras vermelhas do Partido Comunista Operário da Rússia.
à primeira vista, esta reunião de forças políticas, aparentemente tão d istantes do ponto de vista ideológico, constitui um paradoxo, mas é um acontecim ento frequentemente, cimentado no anti-semitismo e no ódio de todos esses partidos face aos caucasianos, imigrantes e estrangeiros em geral.
Um dos manifestantes transportava um cartaz com o desenho de um judeu q ue segura nas mãos a cabeça degolada de uma criança cristã. «O seguinte serás tu!» - gritava ele.
Cerca de 6.500 polícias e soldados patrulham as ruas centrais, bem como as estações de metropolitano de Moscovo, onde tinham sido marcadas concentraçõe s através da Internet.
A fim de dificultar as comunicações entre os extremistas, os telemóveis deixaram de ter rede no transporte subterrâneo da capital.
Porém, essas medidas foram poucas para impedir a reunião de mais de três mil nacionalistas no «Devitchie Polie» (Campo das Virgens), lugar onde fica situada a casa onde viveu Leão Tolstoi.
Destacamentos da polícia de choque formaram um cordão duplo em redor do local da manifestação, controlando os documentos de todas as pessoas que pretendiam entrar na praça.
Sem qualquer tipo de explicação, os agentes afastavam jovens suspeitos e transportavam-nos para carrinhas que se encontravam perto do local da manifestação.
As autoridades anunciaram ter detido cerca de 200 pessoas, enquanto o d eputado nacionalista Oleg Rogozin fala em «mais de 300».
Juntamente com os manifestantes, foram também detidos alguns jornalista s russos.
Ilia Baranov, correspondente do jornal electrónico Gazeta.ru, declarou, por telefone, a partir de uma das esquadras da polícia: «Levam-nos para um gabinete, copiam os dados dos nossos passaportes [bilhetes de identidade], obrigam -nos a deixar impressões digitais. Ninguém nos dá qualquer tipo de explicação ou comentário».
Porém, pouco tempo depois, a polícia libertou praticamente todas as pessoas que tinham sido detidas. As autoridades russas tinham proibido a realização de manifestações nacionalistas em Moscovo e noutras cidades russas, mas, não obstante o número de efectivos policiais nas ruas ser igual ou superior ao número de manifestantes, registaram-se alguns incidentes.
Na capital russa, nacionalistas terão espancado uma correspondente do jornal «Mir Novostei» (Mundo das Notícias).
«Um grupo de jovens começou por insultar a mulher e, depois, atingiu-a com vários golpes» - declarou uma fonte policial à agência noticiosa russa Interfax.
Em São Petersburgo, a polícia viu-se obrigada a usar gás lacrimogéneo para evitar confrontos entre militantes nacionalistas e antifascistas.
Os nacionalistas começaram entretanto a desmobilizar, considerando que tinham conseguido o principal: a realização de uma manifestação apesar a proibição das autoridades.
Dirigiram-se em coluna desde o Devitchie Pole até à estação de metropolitano «Park Kulturi» (Parque da Cultura).
O centro de Moscovo vai ser palco, ainda hoje, de outra manifestação, desta vez organizada pelas forças anti-fascistas russas e que tem a autorização da polícia russa.
Os organizadores receiam que no local apareçam nacionalistas para provocar confrontos.


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nao tenho grande simpatia por estes nacionalistas russos, os mesmo que agridem os caucasianos,so porque tem pele mais morena, os mesmos que oprimiram em nome do pan-eslavismo as nacoes balticas......

Nao, obrigado!

Sao uns broncos!

Miazuria (Miguel Angelo Jardim)

12 de maio de 2007 às 12:01:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Tens razão oh Miguel, ainda se agredissem os não caucasianos...

16 de maio de 2007 às 12:10:00 WEST  

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