segunda-feira, janeiro 15, 2007

SOCIALISTAS EUROPEUS EXIGEM FAZER BATOTA POLÍTICA PARA TRAVAR A EXTREMA-DIREITA

Estão de facto visceralmente assustados, os antifas. Porque, afinal, o Nacionalismo tem mesmo hipótese de chegar ao poder e eles sabem disso...

O grupo socialista (PSE) do Parlamento Europeu reivindicou esta sexta-feira, em Bruxelas, medidas que impeçam a criação de uma família política de extrema-direita na assembleia parlamentar da União Europeia, noticia a Agência Lusa.
Segundo o porta-voz socialista, Dimitris Komodromos, o presidente do PSE (o segundo maior grupo do PE), o eurodeputado alemão Martin Schulz, vai escrever aos seus homólogos das outras seis famílias políticas apelando para a criação de um «cordão sanitário» que impeça a projectada nova formação de assumir qualquer responsabilidade política na assembleia de Estrasburgo, França.
Com a adesão à UE da Bulgária e da Roménia, o número de eurodeputados aumentou, tornando possível a constituição de um novo grupo.

Neste mês, eurodeputados franceses eleitos pela Frente Nacional (extrema-direita) manifestaram a intenção de criar o grupo Identidade, Tradição, Soberania (ITS).

À frente deste movimento está o eurodeputado francês dos não-inscritos Bruno Gollnish, que se diz apoiado por belgas, italianos, austríacos, britânicos, romenos e búlgaros.
A constituição desta nova família política deverá ser anunciada formalmente na próxima sessão plenária do PE, que começa na próxima segunda-feira, em Estrasburgo.
O PSE propõe, nomeadamente, a alteração da regra que possibilita a criação de um grupo político com o número mínimo de 19 deputados e a representação de pelo menos cinco Estados-membros.
«Pedimos uma alteração ao regulamento para a próxima legislatura (2009-2013), porque, com o alargamento, o número mínimo de pessoas e de nacionalidades deve ser aumentado, de modo a evitar este género de grupo», adiantou Komodromos.

O Partido Popular Europeu (PPE, o maior grupo no PE) e os Verdes já manifestaram a intenção de apoiar a proposta do PSE.


Estão de facto visceralmente assustados, os antifas.

É isto a «democracia» da súcia infra-humana que gosta de bater no peito a gritar que é democrata e que o Povo é quem mais ordena e tal... mas, quando os verdadeiros e únicos oponentes ideológicos começam a ser beneficiados pela Democracia, nessa altura os arautos do anti-fascismo perdem as estribeiras, cai-lhes a máscara ao chão, fazem birra e dizem que assim já não querem brincar à Democracia...

E, fazendo jus à sua já bem conhecida sujidade política, bem demonstrada no caso da Áustria e no modo como alteraram a lei eleitoral em França de modo a impedir o acesso da FN ao parlamento francês, eis que desta feita propõem, abertamente, a alteração da regra de criação de grupos políticos na assembleia europeia com o intuito declarado de impedir a escalada ao poder dos seus oponentes políticos.

Assim, sem mais nem menos, já sem vergonha nenhuma na cara.

Que políticos supostamente responsáveis por Estados europeus cheguem já ao ponto de declarar a sua intenção de fazer batota para que o seu adversário (inimigo) não possa jogar com as mesmas armas, mostra bem a profunda degradação que marca a política anti-racista. É que nem parece verosímil.

Eu próprio não acreditaria num descaramento destes se mo narrassem. Isto era como se por exemplo o Futebol Clube do Porto, percebendo que o Sport Lisboa e Benfica se aproximava do primeiro lugar da tabela mercê da perícia com que os seus jogadores transformavam marcações de livres em golos, resolvesse por isso fazer uma campanha para que a UEFA alterasse as regras do futebol no sentido de acabar com a marcação de livres. O exemplo é primário, mas não menos primário do que o descaramento da classe política anti-racista.

Isto nem é política, isto é verdadeiramente um caso de polícia. De tribunal. De prisão. Porque se/quando o Nacionalismo chegar ao poder, aqueles que contra o Nacionalismo aplicaram medidas formal e objectivamente injustas, terão evidentemente de pagar pelo seu crime político.

E repare-se, para futura referência, que até a suposta «Direita» europeia, a do PPE, até essa gente pactua com tal baixeza. O que, bem vistas as coisas, nem surpreende demasiado, já que em Portugal, Telmo Correia, um dos líderes de um partido que em Portugal representa o quadrante ideológico do PPE, a saber, o CDS/PP, propôs que se alterasse a lei dos partidos (em número mínimo de votos e militantes) para que o PNR desaparecesse - e disse mesmo que era essa a sua intenção, o desaparecimento do PNR.

19 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quem vai "defender" o Aristides de Sousa Mendes, o vendedor de Vistos a 500$00, é o Jansenista!

15 de janeiro de 2007 às 17:46:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Aí, grandes democratas... da merda, claro!

15 de janeiro de 2007 às 19:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caro Caturo,

Antes de mais quero desejar-lhe um bom ano 2007 e folgo em constatar que continua firme e hirto na sua demanda.

“Estão de facto visceralmente assustados, os antifas. Porque, afinal, o Nacionalismo tem mesmo hipótese de chegar ao poder e eles sabem disso...”

Não me parece... acho que a maioria deles ainda conserva as vísceras intactas e não sabe... muitos estão ainda convencidos que o conseguem impedir por via de jogadas políticas. Mas, a minoria dos mais maquiavélicos já tem a certeza de que o nacionalismo vai chegar ao poder, mais dia, menos dia.

“propõem, abertamente, a alteração da regra de criação de grupos políticos na assembleia europeia com o intuito declarado de impedir a escalada ao poder dos seus oponentes políticos.

Assim, sem mais nem menos, já sem vergonha nenhuma na cara.

Que políticos supostamente responsáveis por Estados europeus cheguem já ao ponto de declarar a sua intenção de fazer batota para que o seu adversário (inimigo) não possa jogar com as mesmas armas, mostra bem a profunda degradação que marca a política anti-racista.”

Se propõem abertamente essa alteração no seio da assembleia europeia, usando os mecanismos legais existentes e aceites pela maioria, não vejo onde esteja a batota, ou a vergonha! Se o objectivo é impedir que outras forças políticas ascendam ao poder, há métodos bem mais dramáticos e vergonhosos, que usar a lei e mecanismos legais. Não me diga que o Nacionalismo, enquanto poder com poder, não usou de métodos legais para impedir a escalada dos seus oponentes políticos? Seriam muito idiotas os Nacionalistas se não o tivessem usado!

Não é bem o método em si que chateia, pois não? É mais o ser usado contra os Nacionalistas.

Os Nacionalistas, com certeza, saberão usar mais este facto em seu benefício. Estou certa disso.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

15 de janeiro de 2007 às 19:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

Cara Lívia Drusilla,

Desejo-lhe o mesmo que a mim no que ao Novo Ano respeita.


“Estão de facto visceralmente assustados, os antifas. Porque, afinal, o Nacionalismo tem mesmo hipótese de chegar ao poder e eles sabem disso...”

Não me parece... acho que a maioria deles ainda conserva as vísceras intactas e não sabe...

A maioria deles já não tem é coluna vertebral... se é que nasceram com ela.



muitos estão ainda convencidos que o conseguem impedir por via de jogadas políticas. Mas, a minoria dos mais maquiavélicos já tem a certeza de que o nacionalismo vai chegar ao poder, mais dia, menos dia.

Se têm a certeza ou não, não sei. Mas uma coisa sei: medo têm, com toda a certeza.



Se propõem abertamente essa alteração no seio da assembleia europeia, usando os mecanismos legais existentes e aceites pela maioria, não vejo onde esteja a batota, ou a vergonha!

Ó Lívia Drusilla, não me diga que também é adepta da batota declarada... não a fazia tão pouco democrata. Nem tão dada a tolerar o mau perder e a cobardia. Não a imaginava, por exemplo, a mandar uns capangas agarrarem numa rival sua para que a Lívia lhe pudesse, à rival, espancar livremente, como se vê nos filmes de gangster americanos.



Se o objectivo é impedir que outras forças políticas ascendam ao poder, há métodos bem mais dramáticos e vergonhosos, que usar a lei e mecanismos legais.

Para quem se diz formalmente democrata e quer continuar a manter tal mascarada, não há de facto mais método nenhum que exceda em dramatismo e vergonha este que agora usam.
Isto, cara Lívia Drusilla, não é política feita por políticos. Isto é política feita por advogados medíocres e completamente destituídos de qualquer sentido de honra ou de ética.



Não me diga que o Nacionalismo, enquanto poder com poder, não usou de métodos legais para impedir a escalada dos seus oponentes políticos?

Pode dar-me exemplos?...

De qualquer modo não falamos doutros tempos, conturbados - falamos do agora, em que toda a gente que participa no processo democrático é supostamente democrática.


Não é bem o método em si que chateia, pois não?

Por acaso é. O que me surpreende é que não chateie a si. Não percebo mesmo... não posso acreditar que a sua aprovação de tal método se prenda com o critério da escolha da vítima, não me parece que a Lívia seja primariamente anti-nacionalista.


Os Nacionalistas, com certeza, saberão usar mais este facto em seu benefício. Estou certa disso.

Que as Moiras, autoras do Destino, concordem consigo.

Saudações

16 de janeiro de 2007 às 11:20:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Boa tarde Caturo,

”Se têm a certeza ou não, não sei. Mas uma coisa sei: medo têm, com toda a certeza.”

Se tivessem assim tanto medo quanto os nacionalistas gostam de apregoar, acho que já teriam descido dos seus tamanquinhos da bondade do politicamente correcto e já teriam tomado medidas mais drásticas para vos esmifrar. Nos dias que correm não seria muito dificil, pois enquanto que é politicamente muito incorrecto amordaçar as minorias das causas das esquerdas, não é assim tanto incorrecto dar umas cacetadas aos meninos nacionalistas. Se os nacionalistas não levam mais e não são bem mais amordaçados e andam a ganhar terreno, é porque não metem os níveis de medos que, numa sociedade utopicamente ideal, já deveriam estar a meter. A sorte dos nacionalismos é a memória colectiva ser tão fraca e direccionada e os interesses dos políticos de hoje serem tão egoístas como os de ontem. Mas, já se sabe que nestas coisas o ego das tropas é algo que se deve alimentar a preceito. Os êxtases e as galvanizações que se sentem por via do medo que se provoca a terceiros é quimicamente explicável.

“Ó Lívia Drusilla, não me diga que também é adepta da batota declarada... não a fazia tão pouco democrata. Nem tão pouco dada a tolerar o mau perder e a cobardia. Não a imaginava, por exemplo, a mandar uns capangas agarrarem numa rival sua para que a Lívia lhe pudesse, à rival, espancar livremente, como se vê nos filmes de gangster americanos.”

Eu não tomei qualquer posição. O que disse foi que eles estão a usar os mecanismos que possuem para fazer valer as suas posições. No mundo da política eles estão a fazer o que os políticos sempre fizeram desde que a política foi inventada, com toda a ética e moralidade que entendem ser necessária. Se não falassem abertamente seriam hipócritas e como falam abertamente, são vergonhosos. Esta é, por exemplo, a forma moralista e ética de o Caturo de ver a questão. E continuo sem ver onde esteja o mau perder dos ditos. Perderam o quê? Por outros lado, os vossos bons políticos éticos e moralistas sabem colocar-se no papel de vítimas e sabem usar esses mesmos e outros mecanismos. Simples. E não vejo onde esteja o drama em ambas as posições, sinceramente! Nem vejo onde estes métodos contrariam a democracia que temos no mundo. Em democracia, como em qualquer outro regime usam-se os meios criados pelos políticos para se atingirem fins. Uns meios fazem é mais sangue e barulho que outros, só isso. Quanto àquilo que os capagangas fazem a rivais, imagine-me a considerar possível que em qualquer regime isso aconteça. Só que eu nunca lhe chamaria batota. Persuasão, talvez. E coitado do Al Capone, nem aos calcanhares de alguns nacionalistas e democratas chegaria, nem que vivesse 1000 anos.

“Para quem se diz formalmente democrata e quer continuar a manter tal mascarada, não há de facto mais método algum que exceda em dramatismo e vergonha este que agora usam.
Isto, cara Lívia Drusilla, não é política feita por políticos. Isto é política feita por advogados medíocres e completamente destituídos de qualquer sentido de honra ou de ética.”

Eu disse-lhe ser formalmente democrata? Pronto... reconheço e fico-me por ser formalmente. Quanto ao mascarada de democrata, depende dos dias de sol. Sobre o Caturo considerar que não há métodos mais dramáticos e vergonhosos do que este... bem... isso só lhe fica bem por o Caturo ser formalmente adepto do clube nacionalista em causa, e querer esquecer o passado e imaginar um futuro muito ético e honrado. A política é feita por homens e muitos deles são, sim, advogados. Também os há a pontapé! Como não podem advogar todos, vão para a política. Quanto ao sentido de honra e ética, existem milhões de sentidos para a ética e a honra. Cada um usa a que melhor lhe convém em cada momento da sua vida. Eu, o Caturo e até qualquer político advogado nacionalista.

”Não me diga que o Nacionalismo, enquanto poder com poder, não usou de métodos legais para impedir a escalada dos seus oponentes políticos?

Pode dar-me exemplos?... “

A vitória do Sr.Hitler em eleições na Alemanha. Ele não usou os métodos legais que tinha para impedir a escalada de opositores e ganhar? Todas as acções de desinfestação contra comunistas ou quaisquer outros anti-nazis não foram levadas a cabo no âmbito de leis vigentes? O piquenique na Austria, não foi legal? Não me diga que toda ascenção e manutenção do regime nazi foi feito sob ilegalidades, anti-éticas e imoralidades!?

”De qualquer modo não falamos doutros tempos, conturbados - falamos de agora, em que toda a gente que participa no processo democrático é supostamente democrática.”

Não me diga que nos outros tempos, nos tais conturbados, os participantes no processo democrático não eram supostamente democráticos!? Teria o Sr.Hitler alma de advogado? Mas tem razão, o hoje é que interessa. Assim, o que é a democracia hoje? O que é ser-se hoje supostamente democrático? Como se mantém hoje um regime democrático? Qual a ética e moral a usar hoje em democracia?

”Não é bem o método em si que chateia, pois não?

Por acaso é. O que me surpreende é que não chateie a si. Não percebo mesmo... não posso por exemplo acreditar que a sua aprovação de tal método se prenda com o critério da escolha da vítima, não me parece que a Lívia seja primariamente anti-nacionalista.”

Não me chateia mesmo. Nem o aprovo ou deixo de aprovar, porque não estou a participar nesse processo. Nem esta minha posição tem a ver com o facto de serem os nacionalistas o alvo. Como não nutro ódios, nem estou numa posição de adepta, limito-me a analisar friamente quem participa, quais os objectivos dos participantes e que meios têm para atingirem esses objectivos. Se acho que ambos os participantes aproveitam e usam os métodos que lhes são disponibilizados, porque me haveria de pôr com xiliques de falsa moralista?

Sempre a considerá-lo
Livia Drusilla

16 de janeiro de 2007 às 12:56:00 WET  
Blogger Caturo said...

Cara Lívia Drusilla,

Se tivessem assim tanto medo quanto os nacionalistas gostam de apregoar, acho que já teriam descido dos seus tamanquinhos da bondade do politicamente correcto

Mas é precisamente isso que já começam a fazer, sem vergonha nenhuma, porque o medo sobrepõe-se-lhes ao decoro e ao fingimento. Este caso é disso um exemplo. Mas já houve outros - o caso da Áustria foi outro momento em que a «elite» que controla a Europa desceu ao ponto de vileza cobarde de se pôr a ameaçar o próprio povo austríaco, que, ou se portava «bem» e deixava de votar nos «nazis», ou então ia ter problemas...



e já teriam tomado medidas mais drásticas para vos esmifrar

Estão provavelmente a caminho de fazer ainda pior do que já fizeram. Olhe, outro bom exemplo é a recente campanha alemã para proibir a suástica em toda a Europa. Não ouviu falar disto?

http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/8650314.htm

Isto é puro medo histérico.



enquanto que é politicamente muito incorrecto amordaçar as minorias das causas das esquerdas, não é assim tanto incorrecto dar umas cacetadas aos meninos nacionalistas

Já agora, como sabe isso?... Pela observação factual, não?... Pois...



A sorte dos nacionalismos é a memória colectiva ser tão fraca

Não. A sorte dos Nacionalismos é que, apesar de alguns continuarem a insistir, maciçamente, em desenterrar cadáveres e em falar de fantasmas que não assombram ninguém, apesar disso, a vontade de sobrevivência dos Povos vai sendo mais forte...




Os êxtases e as galvanizações que se sentem por via do medo que se provoca a terceiros é quimicamente explicável.

Mais explicável ainda é o medo que a própria realidade começa a provocar a terceiros, a quartos, a quintos... a todos, excepto à elite reinante e bem instalada (por enquanto).




Se não falassem abertamente seriam hipócritas e como falam abertamente, são vergonhosos

Precisamente.

Para não serem nem uma coisa nem outra, teriam só de... se abster de tomar atitudes destas. Talvez conseguissem, se o medo histérico não lhes fizesse tremer o miolo em frenética agitação.



Esta é, por exemplo, a forma moralista e ética de o Caturo de ver a questão. E continuo sem ver onde esteja o mau perder dos ditos. Perderam o quê?

Começam a perder a hegemonia política sobre a população, porque perderam a capacidade de, com os métodos «subtis» aplicados até agora, silenciarem a voz nacionalista.



Por outros lado, os vossos bons políticos éticos e moralistas sabem colocar-se no papel de vítimas e sabem usar esses mesmos e outros mecanismos.

Esperemos que sim. É aliás o que aqui faço, e com razão.



E não vejo onde esteja o drama em ambas as posições,

É grave que não o veja no primeiro caso.



Nem vejo onde estes métodos contrariam a democracia que temos no mundo.

Bem, em Democracia, todos são iguais... alegadamente... a partir daí, as regras são iguais para todos... por conseguinte, é no mínimo desleal alterar as regras do jogo a meio só para atrasar o oponente.
Isto, cara Lívia, só por si já legitimaria um golpe de Estado, que não poderia sequer ser considerado como anti-democrático.



em democracia, como em qualquer outro regime usam-se os meios criados pelos políticos para se atingirem fins

Em qualquer regime de direito tem de haver ética, cara Senhora. Porque, sem ética, vigora simplesmente a lei do mais forte. E, a partir daí, não há sequer lugar para a discussão de ideias ou para o mais elementar sentido de justiça. Usam-se as armas de fogo e acabou.



Quanto àquilo que os capagangas fazem a rivais, imagine-me a considerar possível que em qualquer regime isso aconteça. Só que eu nunca lhe chamaria batota. Persuasão, talvez.

Mandar capangas agarrar no seu oponente para poder espancar esse oponente sem que o dito se consiga defender, é atitude à qual eu não chamaria propriamente «persuasão»... pode ser só uma questão de gosto, pois é, mas eu insistiria em chamar-lhe «batota» e «cobardia»...




“Para quem se diz formalmente democrata e quer continuar a manter tal mascarada, não há de facto mais método algum que exceda em dramatismo e vergonha este que agora usam.
Isto, cara Lívia Drusilla, não é política feita por políticos. Isto é política feita por advogados medíocres e completamente destituídos de qualquer sentido de honra ou de ética.”

Eu disse-lhe ser formalmente democrata?

Eu referia-me aos políticos reinantes... porque pensou que eu falava de si?



A vitória do Sr.Hitler em eleições na Alemanha. Ele não usou os métodos legais que tinha para impedir a escalada de opositores e ganhar? Todas as acções de desinfestação contra comunistas ou quaisquer outros anti-nazis não foram levadas a cabo no âmbito de leis vigentes? O piquenique na Austria, não foi legal? Não me diga que toda ascenção e manutenção do regime nazi foi feito sob ilegalidades, anti-éticas e imoralidades!?

Presumo então que as aprova. Certo?


Cordiais Saudações

16 de janeiro de 2007 às 16:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo,

”Mas é precisamente isso que já começam a fazer, sem vergonha nenhuma, porque o medo sobrepõe-se-lhes ao decoro e ao fingimento....”

Acha mesmo que eles estão já assim tão desesperados? Acho que um medo destes levaria qualquer um a partir directo para a arrochada. Ou seja, nem sequer proibir alguém de votar nos nazis, mas simplesmente fazer desaparecer de raiz qualquer hipótese de existência de nazis. O que eles mostram ser com essas atitudes é uns idiotas que não aprendem com nada. Nem com os verdadeiros nazis! E querem parecer tão correctos, que só dão espaço e armas ao inimigo.

” Estão provavelmente a caminho de fazer ainda pior do que já fizeram. Olhe, outro bom exemplo é a recente campanha alemã para proibir a suástica em toda a Europa. Não ouviu falar disto?”

Não, não tinha ouvido essa pilhéria de proibir a suástica em toda a Europa. Sabia de algumas em países isolados, mas essa de ser à escala europeia é de gritos e apitos! A idiotice impera! Se vocês não chegarem ao poder com malta desta a fazer-vos frente com métodos destes ...

”enquanto que é politicamente muito incorrecto amordaçar as minorias das causas das esquerdas, não é assim tanto incorrecto dar umas cacetadas aos meninos nacionalistas

Já agora, como sabe isso?... Pela observação factual, não?... Pois...”

Observação factual, sim. E eu não tenho qualquer problema em afirmar que é verdade, perante o que vejo. E os nacionalistas também fazem gala nisso e gritam-no bem alto, quando precisam de mostrar a vossa martirização.

”Não. A sorte dos Nacionalismos é que, apesar de alguns continuarem a insistir, maciçamente, em desenterrar cadáveres e em falar de fantasmas que não assombram ninguém, apesar disso, a vontade de sobrevivência dos Povos vai sendo mais forte...”

Vá lá, ainda vão assobrando alguns, senão isto ainda seria bem mais fácil para vocês. Mas afinal, como é, vocês metem medo ou não metem medo?!

E coloca-se aqui outra situação muito interessante: será que são os Povos que querem sobreviver, ou não será que individualmente cada um de nós quer sair da crise em que caiu? É que me parece que é com que esses individualismos que os nacionalismos contam para se tornarem mais fortes.

”Os êxtases e as galvanizações que se sentem por via do medo que se provoca a terceiros é quimicamente explicável.

Mais explicável ainda é o medo que a própria realidade começa a provocar a terceiros, a quartos, a quintos... a todos, excepto à elite reinante e bem instalada (por enquanto).”

Meu caro, a elite reinante e bem instalada de amanhã, aquela que o Caturo aspira a pôr nos poleiros, não sera diferente da de hoje, na medida em que serão sempre os terceiros, quartos e quintos, ... a ter medo. Excepto quando os terceiros, quartos e quintos se chateiam à séria. Por isso têm vocês agora hipóteses de amanhã reinar. O “por enquanto” aplicar-se-á a vocês também, como já se aplicou no passado. Pescadinha de rabo na boca, tá a ver?

”Esta é, por exemplo, a forma moralista e ética de o Caturo de ver a questão. E continuo sem ver onde esteja o mau perder dos ditos. Perderam o quê?

Começam a perder a hegemonia política sobre a população, porque perderam a capacidade de, com os métodos «subtis» aplicados até agora, silenciarem a voz nacionalista.”

Bem, então ainda não perderam, portanto o mau perder está ainda para vir. Quanto à questão da perda de hegemonia política, isso deve-se à sua (deles) inépcia para governar e julgar à la longue. Se a europa estivesse a atravessar um momento de ascendência económica e social, sem bombas e bushes à mistura, acha que alguém vos ouviria? A voz nacionalista só se faz ouvir, porque os tipos não souberam encher os bolsos à enorme maioria de indivíduos que fazem parte da europa. Por exemplo, o muro caiu e com ele as aspirações de milhões de individuos do Leste que julgavam ir encontrar um el dorado ocidental. O caminho foi-vos aberto por incapacidade de muitos e não pela vossa capacidade de galvanizar multidões só pela mensagem ideológica. Pescadinha de rabo na boca, tá a ver?

”Bem, em Democracia, todos são iguais... alegadamente... a partir daí, as regras são iguais para todos... por conseguinte, é no mínimo desleal alterar as regras do jogo a meio só para atrasar o oponente.

Isto, cara Lívia, só por si já legitimaria um golpe de Estado, que não poderia sequer ser considerado como anti-democrático.”

O Caturo não é naif. Sabe tão bem como eu quais são as fragilidades dos regimes democráticos e que eles funcionam dentro de certas regras estabelecidas, mas que servem interesses. E quando esses interesses querem atingir certos fins, limitam-se legalmente a alterar as leis. Nunca os Homens fizeram leis que não pudessem justificadamente quebrar. E isso nunca foi motivo de golpe de estado, enquanto não colidiu com interesses de outros interessados. E que eu saiba vigoraram e vigoram no mundo muitos regimes saídos de golpes de estado, revoluções, assassínios, etc., todos depois muito bem legitimados por outras nações. E...?! Sempre sobrou alguém para contar como foi, mesmo que “revisionando” tudo.

”Em qualquer regime de direito tem de haver ética, cara Senhora. Porque, sem ética, vigora simplesmente a lei do mais forte. E, a partir daí, não há sequer lugar para a discussão de ideias ou para o mais elementar sentido de justiça. Usam-se as armas de fogo e acabou.”

A lei que se estabelece, mesmo em democracia, é sempre espelho do mais forte. Sempre foi essa a lei que vigorou, mesmo quando ainda “amibavamos”! Os que inventaram a ética e a moral e a democracia, mantiveram a escravatura e impediam as mulheres de ter qualquer papel relevante na sua sociedade. Hoje nenhum democrata ético e moral aceitaria tal. Há hoje regimes democráticos que proibem monarquias, nacionalismos, etc e tudo muito ético e moralista. Portanto, pergunto-lhe: que ética haveria no SEU regime de direito?

“Para quem se diz formalmente democrata e quer continuar a manter tal mascarada, ...
Eu disse-lhe ser formalmente democrata?
Eu referia-me aos políticos reinantes... porque pensou que eu falava de si?”

Desculpe, foi má interpretação. Agora que voltei a ler vi no erro que caí.

”A vitória do Sr.Hitler em eleições na Alemanha. Ele não usou os métodos legais que tinha para impedir a escalada de opositores e ganhar? Todas as acções de desinfestação contra comunistas ou quaisquer outros anti-nazis não foram levadas a cabo no âmbito de leis vigentes? O piquenique na Austria, não foi legal? Não me diga que toda ascenção e manutenção do regime nazi foi feito sob ilegalidades, anti-éticas e imoralidades!?

Presumo então que as aprova. Certo?”

Não aprovo, sem desaprovo. Não é uma questão de juizo de valores sobre as leis. Foram todas feitas à luz da lei vigente, e isso só prova que se pode legalizar tudo o que se quiser, desde que quem faça as leis tenha a maioria a concordar consigo ou tenha o poder político e judicial nas mãos. Seja por os centralizar, seja por os controlar através de luvas, favores, cunhas, etc. A pena de morte, por exemplo, é legal em ene países e estados. Se alguém aí for morto por decreto de um tribunal, comete-se alguma ilegalidade? E o facto de eu reconhecer essa legalidade, torna-me defensora automática da pena de morte?

Votos de uma boa noite.
Livia Drusilla

16 de janeiro de 2007 às 18:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O Telmo Correia nem precisa de se preocupar, pois o partido está a encarregar-se de tratar do assunto a partir do momento que aceitou traficantes de droga no partido. Enfim uma tristeza...

16 de janeiro de 2007 às 19:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Referes-te ao pnr,anonimo de cima?

16 de janeiro de 2007 às 23:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E, fazendo jus à sua já bem conhecida sujidade política, bem demonstrada no caso da Áustria e no modo como alteraram a lei eleitoral em França de modo a impedir o acesso da FN ao parlamento francês"

esqueces-te do caso da flandres tambem.
realmente é dificil o nacionalismo vencer, alem da manipulaçao da comunicaçao social, ocultaçao de certas noticias, etc quando têm votos, alteram as leis ou fazem batota.
Assim nao ha luta politica que aguente.
Eu creio que a minoria de europeus que sao nacionalistas e defendem a preservaçao racial nao têm nenhuma hipotese. Penso que a unica hipotese é irmos viver como os ciganos, em comunidades fechada num terrenito...

concordo com o planeta terra, triste fim, mas enfim temos este fim porque nao somos espertos o sufciente e deixamo-nos manipular facilmente.
Os europeus querem morrer, que esse desejo lhes seja concedido. Só tenho pena é de a maioria não poder ver essa morte e dessa morte ser lenta e imperceptivel.

16 de janeiro de 2007 às 23:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Claro, em Portugal só conheço um partido que tem traficantes de droga no seu meio, o PNR. Mas enfim , são coisas normais...

17 de janeiro de 2007 às 10:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E andam esses tipos a falar contra o crime.hipocritas.

17 de janeiro de 2007 às 21:43:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Anonymous 11:56:52 PM said:
«Os europeus querem morrer, que esse desejo lhes seja concedido»

PAZ À SUA ALMA.

17 de janeiro de 2007 às 23:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Lívia Drusilla,

Acha mesmo que eles estão já assim tão desesperados? Acho que um medo destes levaria qualquer um a partir directo para a arrochada

Para já querem continuar a dizer que actuam apenas pela Democracia. Mas não tardará muito para que comecem a usar outros métodos.



"Já agora, como sabe isso?... Pela observação factual, não?... Pois...”

Observação factual, sim. E eu não tenho qualquer problema em afirmar que é verdade, perante o que vejo.

Então reconhece que os nacionalistas são vítimas de métodos injustos?



”Não. A sorte dos Nacionalismos é que, apesar de alguns continuarem a insistir, maciçamente, em desenterrar cadáveres e em falar de fantasmas que não assombram ninguém, apesar disso, a vontade de sobrevivência dos Povos vai sendo mais forte...”

Vá lá, ainda vão assobrando alguns, senão isto ainda seria bem mais fácil para vocês. Mas afinal, como é, vocês metem medo ou não metem medo?!

Metemos medo à elite reinante. Não metemos medo ao Povo. Ou seja, a realidade é precisamente ao contrário do que os nossos oponentes desejavam que fosse.



será que são os Povos que querem sobreviver, ou não será que individualmente cada um de nós quer sair da crise em que caiu? É que me parece que é com que esses individualismos que os nacionalismos contam para se tornarem mais fortes.

Também tem de ser. A cavalo dado não se olha o dente.


Excepto quando os terceiros, quartos e quintos se chateiam à séria. Por isso têm vocês agora hipóteses de amanhã reinar. O “por enquanto” aplicar-se-á a vocês também, como já se aplicou no passado. Pescadinha de rabo na boca, tá a ver?

Seja. O Destino é o combate. Mas a Lívia não está a querer usar esse relativismo para dizer que todos os regimes são iguais... ou está?



Bem, então ainda não perderam, portanto o mau perder está ainda para vir

Não, cara Lívia. O facto de que, apesar de toda a maciça propaganda anti-racista e anti-nazi, o Nacionalismo continuar a crescer nas urnas, é para eles uam derrota. Inequívoco.



Se a europa estivesse a atravessar um momento de ascendência económica e social, sem bombas e bushes à mistura, acha que alguém vos ouviria?

E acha que eles conseguiam isso?... :)



O Caturo não é naif. Sabe tão bem como eu quais são as fragilidades dos regimes democráticos e que eles funcionam dentro de certas regras estabelecidas, mas que servem interesses. E quando esses interesses querem atingir certos fins, limitam-se legalmente a alterar as leis.

É isso que não se pode aceitar, se se tiver ética.

Se não se tiver ética, então recorra-se simplesmente ao armamento pesado e nem sequer há motivo para se ter estas conversas.



Nunca os Homens fizeram leis que não pudessem justificadamente quebrar. E isso nunca foi motivo de golpe de estado,

Mas as atitudes injustas dos governos fomentam as rebeliões populares.



Os que inventaram a ética e a moral e a democracia, mantiveram a escravatura e impediam as mulheres de ter qualquer papel relevante na sua sociedade.

Não creio, cara Lívia. O que a meu ver sucede é que Roma e Pavia não se fizeram num dia. O caminho em direcção à Liberdade passa por várias etapas, de acordo com as mentalidades e limitações de cada época. Faço entretanto notar que já na democrática Grécia havia quem discutisse a legitimidade da escravatura...



Hoje nenhum democrata ético e moral aceitaria tal

Pois, mas este regime actual diz-se democrático e igualitário, clamando que é o Povo quem mais ordena.
Ora isto é manifestamente falso. Na verdade, a elite reinante não quer e nunca quis Democracia, e usa os trajes da dita para mascarar aquilo que realmente querem impor, que é um despotismo esclarecido: governar para o Povo, mas sem o Povo, tratanto as populações como crianças incapazes de decidirem por si próprias.



Portanto, pergunto-lhe: que ética haveria no SEU regime de direito?

A ética que impediria jogadas desonestas destas, seguramente.


Saudações

18 de janeiro de 2007 às 15:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ser nacionalista não é ser nazi.Em PORTUGAL SÊ PORTUGUÊS.

18 de janeiro de 2007 às 17:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Boa tarde Caturo,

“Para já querem continuar a dizer que actuam apenas pela Democracia. Mas não tardará muito para que comecem a usar outros métodos.”

Sabe Caturo, eu estava aqui a pensar nesta temática, e veio-me ao espírito uma coisa: se as elites europeias fingem não ver o perigo (e muito menos lutar contra ele) do fanatismo muçulmano, que alastra no nosso seio e nos países Muçulmanos, como é que eles vão lidar com o perigo que “vocês” possam representar? Se nem com torres ao chão, comboios rebentados, embaixadas em fanicos e vídeos, as elites políticas europeias querem mostrar a real situação do perigo islâmico, pode dar-se um efeito pior para “vocês”: servirem de peneira ao perigo maior. Tá a ver? Isso seria uma jogada bem esgalhada. Iam mantendo o status quo até ver (sabe que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas), e iam limpando a europa do real perigo que são os da extrema direita. O perigo que a extrema direita representa é-lhes mais fácil de reconhecer. Até ainda para a maioria dos cidadãos. Não toca em questões tão sensíveis do politicamente correcto como culturas diferentes, raças, modos de vida, aceitação, integração, governos de outros continentes, etc.

”Então reconhece que os nacionalistas são vítimas de métodos injustos?”

Tal como eu me sinto vítima do governo do Sr.Sousa e ele de certo não considera usar métodos injustos para comigo. : )

Os nacionalistas de hoje, são vítimas das acções dos nacionalistas de ontem, e não é por isso que os deixam de idolatrar e de os considerar exemplos para as gerações seguintes. Não me lembro de algum nacionalista de hoje considerar injustos os nacionalistas de ontem pelos métodos que então usaram, e que são hoje motivo da sua perseguição. Portanto se de alguma coisa são hoje vítimas, é antes de mais, dos métodos usados no “vosso” passado triste.

Sobre os métodos que se usam hoje para vos amordaçar, como se queixam, não serão mais injustos do que alguns dos métodos que o próprio Caturo já indicou serem mais do que justos para seleccionar o povo a viver na europa, por exemplo. Ou seja, os métodos só são injustos para quem sente os seus efeitos e os considera nefastos. O conceito de justiça é muito camaleónico. Se eu fosse nacionalista, de certo que os consideraria injustos. Não o sendo, considero serem métodos como outros quaisquer. Fazem menos sangue que outros, pelo menos!

”será que são os Povos que querem sobreviver, ou não será que individualmente cada um de nós quer sair da crise em que caiu? É que me parece que é com que esses individualismos que os nacionalismos contam para se tornarem mais fortes.

Também tem de ser. A cavalo dado não se olha o dente.”

Então concorda que a maioria do povo se vende por um prato de lentilhas. E que vocês sabem ser essa a verdade da essência de uma nação: um conjunto de malta que se junta à volta de um prato de comida e que, enquanto a barriga está cheia, se dá ao luxo de partilhar folclore. Quando o prato fica vazio, primeiro cada um tenta gamar as migalhas do vizinho, depois cada um corre o mais rápido que pode para o primeiro prato que vislumbra no horizonte, seja onde for, em que lugar do mundo o prato estiver. E lá se vai o folclore. Vá lá, compram-se os cd’s do pimba mor e conserva-se a bandeira do país e do clube de futebol. A barriga não é lá grande coisa como aglutinadora de nações, pois não? Bem, é mais forte do que qualquer ideologia nacionalista, mas sabemos que neste mundo de desastre naturais é muito difícil conservar a barriguita cheia eternamente.

”Seja. O Destino é o combate. Mas a Lívia não está a querer usar esse relativismo para dizer que todos os regimes são iguais... ou está?”

Não é que os regimes sejam todos iguais, até porque a sua forma, o seu conteúdo, a sua estrutura, podem, no dia a dia do povo, fazer muita diferença. O que os assemelha é o porquê desta ou daquela elite política optar por este ou aquele regime, o interesse que os políticos militantes têm neste regime em detrimento de outro. Sempre há os verdadeiros crentes, mas esses só servem para legitimar idelogicamente a opção de quem tem o verdadeiro poder. Por norma a opção surge em oposição ao poder vigente. Não se faz um golpe de estado em democracia para implantar uma democracia. Não teria qualquer credibilidade junto do povo.

”Se a europa estivesse a atravessar um momento de ascendência económica e social, sem bombas e bushes à mistura, acha que alguém vos ouviria?

E acha que eles conseguiam isso?... :) “

Não, não conseguiriam. A incapacidade é muita, mesmo! Isto já vai na fase do nó górdio.

O que vale é que o ciclo da vida na terra já provou que tudo se processa por círculos de ascensão e depressão. E que os bestiais de hoje serão as bestas de amanhã. Recorde o que aconteceu aos nazis de onte: depressão na Alemanha, incapacidade dos dirigentes, ascensão do partido nazi com a bandeira de que o povo era a prioridade, vitória nas eleições, reformas que beneficiaram o povo, passeio até à Austria, pulinho até à Polónia, guerra, destruição, aniquilação, capitulação, fome, vergonha, divisão, plano marsall, anti-nazismo feroz. Durante os anos de fartura económica que se seguiram quem queria ouvir falar de nazis? Mas a depressão voltou...

”Se não se tiver ética, então recorra-se simplesmente ao armamento pesado e nem sequer há motivo para se ter estas conversas.”

Mas a questão de não ter ética não se põe. A questão está na própria ética em si. Hitler teria a sua ética, Estaline teria a sua ética, Mao teria a sua ética, D.Afonso Henriques teria a sua ética, Robspierre teria a sua ética, Salazar teria a sua ética... se perguntásse a qualquer um destes homens ou a qualquer outro que se lembre se agiram de acordo com princípios éticos, dir-lhe-iam de imediato que sim! E mesmo os que recorrem simplesmente às armas, fazem-no no âmbito de certos princípios éticos. Acha, então, que quando passeou pela Europa a sua artilharia pesada, Hitler estaria totalmente destituído de ética?!

”Nunca os Homens fizeram leis que não pudessem justificadamente quebrar. E isso nunca foi motivo de golpe de estado,

Mas as atitudes injustas dos governos fomentam as rebeliões populares.”

Claro. Quando o povo sente que o que considera ser injustiça ultrapassa os seus (do povo) limites, serve de carne para canhão nas rebeliões. A nova elite manobra-o para tal. A pescadinha de rabo na boca, lembra-se? E essa nova elite, proclamada pelo povo, irá fazer leis que poderão ser quebradas a qualquer momento, de acordo com as necessidades. Quantos e quantos democraticamente eleitos ou popularmente eleitos não alteraram constituições para serem “democraticamente” vitalícios? Na maioria dos casos estes cairam ou cairão de maduros e não de rebeliões populares.

”O caminho em direcção à Liberdade passa por várias etapas, de acordo com as mentalidades e limitações de cada época. Faço entretanto notar que já na democrática Grécia havia quem discutisse a legitimidade da escravatura...”

Posso ter liberdade para passar anos a discutir todos os temas e a legitimidade de tudo. Se não tiver a liberdade de poder fazer aplicar as minhas conclusões, que liberdade tenho eu na realidade? Se posso ser condenado à morte por corromper a juventude com a forma como uso a minha liberdade de pensamento, que liberdade tenho eu na realidade? Na minha opinião, não há, por muitas etapas que se passem, qualquer caminho para a liberdade. Há sensações pessoais e episódicas de liberdade. Quer um exemplo? Eu posso dizer que tenho total liberdade para divulgar os meus pensamentos. O Caturo queixa-se de não ter total liberdade para divulgar os seus pensamentos. Eu vivo em liberdade. O Caturo não vive em Liberdade. Vivemos ambos no mesmo país, continente e mundo. Quando no nosso mundo se instituir as suas ideologias, os nossos papéis inverter-se-ão. Eu deixarei de viver em liberdade. O Caturo tê-la-á na totalidade.

”... governar para o Povo, mas sem o Povo, tratanto as populações como crianças incapazes de decidirem por si próprias.”

Isto é o que se provou ser a actuação genérica de qualquer regime que alguma vez fez carreira neste mundo. Se retirar democracia pode lá pôr o que quiser e continua a ser verdade. E a verdade é que vivemos no mundo ocidental ainda em democracia.
Sempre a considerá-lo
Livia Drusilla

19 de janeiro de 2007 às 17:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Boa tarde, Lívia Drusilla,


O perigo que a extrema direita representa é-lhes mais fácil de reconhecer. Até ainda para a maioria dos cidadãos. Não toca em questões tão sensíveis do politicamente correcto como culturas diferentes, raças, modos de vida, aceitação, integração, governos de outros continentes, etc.

É de facto esse o motivo pelo qual os políticos do sistema têm a «valentia» de usarem todas as suas desleais e cobardes vantagens contra nós, mas calam-se a respeito do verdadeiro perigo, que é o Islão.



Os nacionalistas de hoje, são vítimas das acções dos nacionalistas de ontem,

Mas os comunistas de hoje não são vítimas das acções dos comunistas de ontem.
Porque será?
Será porque o uniforme SS é dum alfaiate fora de moda enquanto o de Estaline foi desenhado por um Hugo Boss?
Ou será que aquilo que a súcia antifa realmente quer atingir não é, nunca foi, toda e qualquer ideologia política que motive crimes, mas sim e exclusivamente a doutrina que se opõe visceralmente ao universalismo militante?



Sobre os métodos que se usam hoje para vos amordaçar, como se queixam, não serão mais injustos do que alguns dos métodos que o próprio Caturo já indicou serem mais do que justos para seleccionar o povo a viver na europa,

De modo algum. A menos que porventura se possa dizer que pôr fora de sua casa um estranho é o mesmo que mandar prender uma pessoa que não concorda consigo.



Ou seja, os métodos só são injustos para quem sente os seus efeitos e os considera nefastos

Depende das linguagens e dos valores. Acontece que do ponto de vista nacionalista não há qualquer incoerência da nossa parte. Mas, do ponto de vista democrático, há uma escandalosa e verdadeiramente obscena contradição dos donos do regime, que, afinal, não são democratas mas sim déspotas esclarecidos - o que realmente pretendem não é, nunca foi, respeitarem a democracia, mas sim governarem para o Povo sem o Povo - e, no caso deles, com a agravante de que se calhar o que realmente querem não é zelar pelo bem-estar deste Povo, mas sim o de proceder a uma «remodelação» do Povo, ou seja, a uma substituição étnica.



O conceito de justiça é muito camaleónico

Pois, mas há pontos em comum entre praticamente toda a gente. E para quem se diz democrata, a repressão e a manipulação de que este artigo dá conta é completamente indefensável.



"Também tem de ser. A cavalo dado não se olha o dente.”

Então concorda que a maioria do povo se vende por um prato de lentilhas

Não foi isso que eu disse... para começar, nem sequer falei em maiorias. Sucede simplesmente que o bem comum é muitas vezes a soma e o equilíbrio de todos os egoísmos. De qualquer modo, muito do que temos para oferecer - segurança nas ruas, prioridade no emprego - é evidentemente do agrado de todos os concidadãos normais, sejam ou não egoístas, tenham ou não consciência do que está em causa.



E que vocês sabem ser essa a verdade da essência de uma nação

Não, Lívia Drusilla, não é essa a essência duma Nação. Um filho seu é seu filho quer ele o saiba quer não. E se for uma pessoa normal dará a si prioridade sobre outras pessoas em todos os aspectos.



Quando o prato fica vazio, primeiro cada um tenta gamar as migalhas do vizinho, depois cada um corre o mais rápido que pode para o primeiro prato que vislumbra no horizonte,

E há aqueles que, para garantirem o prato de comida da sua gente, estão dispostos a dar a vida.



A barriga não é lá grande coisa como aglutinadora de nações, pois não?

De facto não, porque a Nação não começa nem acaba nos intestinos.



Não se faz um golpe de estado em democracia para implantar uma democracia

A menos que a Democracia deposta o não seja verdadeiramente. Ou, claro, que se queira acabar com a que existe para impor uma falsidade.



O que vale é que o ciclo da vida na terra já provou que tudo se processa por círculos de ascensão e depressão. E que os bestiais de hoje serão as bestas de amanhã

Então integremo-nos e façamos a nossa parte neste combate, como diz o imortal Krishna ao ariano Arjuna no Bagavad-Gita.



Durante os anos de fartura económica que se seguiram quem queria ouvir falar de nazis?

Muita gente poderia querer ouvir, mas ninguém podia neles falar...


Mas a depressão voltou...

Falando frontalmente, cara Lívia, não é realmente uma questão de depressão. À parte as oscilações «mariquinhas», a prosperidade actual é inédita, mais alta do que alguma vez o foi. O alemão média está seguramente melhor agora, economicamente falando, do que alguma vez estiveram os seus antepassados, seja qual for a geração de que se esteja a falar.



Mas a questão de não ter ética não se põe. A questão está na própria ética em si.

Ora bem. E quem é democrata, tem de aceitar o jogo democrático. Ou então não tem ética perante o seu próprio discurso.



Posso ter liberdade para passar anos a discutir todos os temas e a legitimidade de tudo. Se não tiver a liberdade de poder fazer aplicar as minhas conclusões, que liberdade tenho eu na realidade?

Quem a ler até é capaz de pensar que a Lívia Drusilla é adversa à Democracia...
Ora a Lívia Drusilla tem a liberdade de expor as suas ideias aos seus compatriotas. Não tem evidentemente o direito de as impor sem a aceitação voluntária deles, ou então estaria a destruir a liberdade alheia, como é bom de ver.



Se posso ser condenado à morte por corromper a juventude com a forma como uso a minha liberdade de pensamento, que liberdade tenho eu na realidade?

Coisa que não acontece em todos os regimes democráticos, pois não?



Na minha opinião, não há, por muitas etapas que se passem, qualquer caminho para a liberdade.

Isto que aqui estamos a fazer é já a concretização da Liberdade.



Eu posso dizer que tenho total liberdade para divulgar os meus pensamentos. O Caturo queixa-se de não ter total liberdade para divulgar os seus pensamentos. Eu vivo em liberdade. O Caturo não vive em Liberdade. Vivemos ambos no mesmo país, continente e mundo. Quando no nosso mundo se instituir as suas ideologias, os nossos papéis inverter-se-ão. Eu deixarei de viver em liberdade.

A minha ideologia em concreto não cortaria a sua liberdade.

E a sua ideologia, cortaria a minha?


Cordiais Saudações

23 de janeiro de 2007 às 21:20:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Boa tarde Caturo,

“Os nacionalistas de hoje, são vítimas das acções dos nacionalistas de ontem,
Mas os comunistas de hoje não são vítimas das acções dos comunistas de ontem.
Porque será? “

O Caturo está a querer comparar a visibilidade das acções nacionalistas com a visibilidade das acções comunistas para minorar a importância do legado herdado? Enquanto que as acções do regime nazi foram praticadas contra terceiros, além fronteiras e o mundo assistiu a elas ao vivo e a cores, as acções do regime comunista foram praticadas dentro de portas e paredes. E a coisa foi tão bem feita, que muitos outros milhões de soviéticos nem acreditariam se lhes contassem. E entre marido e mulher, só há pouco tempo se começou a poder meter a colher! Diz a história que os alemães nazis mataram 6 milhões de Judeus. Diz a história que os comunistas soviéticos mataram 20 milhões de soviéticos, só a pedido do Sr.Estaline. Mas, que acções entravam pela casa dos povos do mundo adentro? Quantos gulags foram abertos e mostrados ao mundo no final de uma guerra sangrenta que ficou conhecida como guerra mundial à custa do expansionismo do Sr.Hitler? Quantas imagens, fotografias, dados, informações corriam sobre o que acontecia dentro das fronteiras da URSS? Este facto óbvio, não implica que os nacionalistas de hoje funcionem nesta questões como os meninos birrentos que acusam o menino do lado de ter uma bolacha maior que a deles. Assumam que “apanham” pelos erros do passado sem precisarem de meter os comunistas nisso! Eles sairam-se melhor na fotografia, só isso! Se o Sr. Hitler se tivesse dedicado a matar milhões de alemães no seu país, seria ele tão odioso para o mundo?

“Será porque o uniforme SS é dum alfaiate fora de moda enquanto o de Estaline foi desenhado por um Hugo Boss?”

Não, o uniforme SS está, para a maioria, directa e neurologicamente ligado a morte, terror e dobermans (no meu caso, também a botas giras!). O fato Hugo Boss de Estaline, só uma minoria de gentes está ligada neurologicamente a esse tipo de imagens (salvo os dobermans e as botas). E nenhum no mundo Ocidental!

” A menos que porventura se possa dizer que pôr fora de sua casa um estranho é o mesmo que mandar prender uma pessoa que não concorda consigo.”

Continua a ser o mesmo, na medida que o que está em causa é o sentimento de justiça ou injustiça. Quem sofre com uma qualquer acção sente-se injustiçado, quem a pratica sente cumprir com aquilo que é justo de acordo com os seus príncípios e/ou objectivos.

”Acontece que do ponto de vista nacionalista não há qualquer incoerência da nossa parte.”

Não?! Quando fala em nacionalistas, quem é que lá mete? Só para eu poder compôr o meu raciocínio.

”Falando frontalmente, cara Lívia, não é realmente uma questão de depressão. À parte as oscilações «mariquinhas», a prosperidade actual é inédita, mais alta do que alguma vez o foi. O alemão média está seguramente melhor agora, economicamente falando, do que alguma vez estiveram os seus antepassados, seja qual for a geração de que se esteja a falar.”

Sim, caro Caturo. Tudo o que diz é verdade. Porque a insatisfação que os leva à depressão e cria a depressão deriva, não de eles compararem a sua properidade com a dos seus avós de há 100 ou 500 anos, mas do que eles próprios pensavam já poder ter hoje e ainda não conseguiram. Já não vivemos no tempo da acomodação ao que se tem ou se pode ter. O pós guerra trouxe a segurança social, os direitos, o nivelamento social, a aspiração de qualquer um ao mais e ao melhor. E o actual sentimento popular de insatisfação permanente é economica e socialmente destabilizador.

”Quem a ler até é capaz de pensar que a Lívia Drusilla é adversa à Democracia...”

;-) Não sou adversa a nada, desde que me garanta a liberdade e os mecanismos para eu poder dizer e agir conforme penso. E estes mecanismos não implicam que eu possa impor.

”Se posso ser condenado à morte por corromper a juventude com a forma como uso a minha liberdade de pensamento, que liberdade tenho eu na realidade?

Coisa que não acontece em todos os regimes democráticos, pois não?”

Por isso lhe digo que os regimes democráticos são camaleónicos. Podem representar e ser quase tudo o que se quiser. Quer exemplos: A Coreia do Norte para alguns é um estado democrático, para outros é uma ditadura. Os EUA para uns são um estado ditatorial, para outros é a maior democracia do mundo. O que são eles na realidade? E na realidade de quem? Acha que a Constituição Portuguesa é democrática? Ela foi e é aceite/reconhecida como tal.

”Isto que aqui estamos a fazer é já a concretização da Liberdade.”

É. Isto são momentos concretos e episódicos de liberdade. O Caturo diz o que pensa, assume uma linha ideológica e debate com os seus “convidados”.

”A minha ideologia em concreto não cortaria a sua liberdade.
E a sua ideologia, cortaria a minha?”

Posso acreditar que a sua ideologia em concreto não cortaria a minha. Pelo menos neste seu blogue nunca o fez e o respeito tem sido mútuo. Mas, o Caturo fala sempre em nome do Nacionalismo. E pelo que ambos sabemos há várias maneiras de se ser nacionalista. Também é camaleónico ... : ) Alguns, cortar-me-iam, logo à partida, era em postas! E alguns vão-se mostrando em poses de rambo prás câmaras. Quanto à minha ideologia, ela não lhe cortaria a liberdade, desde que estivessem sempre garantidas as minhas próprias liberdades e existência. Num exemplo concreto: a minha ideologia sente-se em perigo face às liberdades concedidas e perigosamente aproveitadas pelos muçulmanos fundamentalistas. Cortar-lhes-ia as liberdades.

Votos de um agradável serão.
Livia Drusilla

25 de janeiro de 2007 às 18:48:00 WET  
Blogger Caturo said...

Bom Dia, cara Lívia Drusilla,

O Caturo está a querer comparar a visibilidade das acções nacionalistas com a visibilidade das acções comunistas para minorar a importância do legado herdado?

Não serve de argumento, cara Lívia. Nos anos sessenta, ou mesmo nos setenta, ainda vá; agora, depois de tudo o que já foi revelado, não tem cabimento nem qualquer justificação ética dizer-se que «ah, não vimos os gulags tão bem como vimos os campos de concentração nazis porque o Spielberg não fez nenhuma lista de Schindler passada na Sibéria.» Não é assim que se legisla.

Por conseguinte, há trinta ou quarenta anos, ainda se podia dar o benefício da dúvida a quem proibia o NS sem proibir o Comunismo; agora, as máscaras caíram de vez e quem pretender continuar a sustentar a adopção de dois pesos e duas medidas está automaticamente a dar-se como tendencioso e anti-democrata.



Este facto óbvio, não implica que os nacionalistas de hoje funcionem nesta questões como os meninos birrentos que acusam o menino do lado

Não não, cara Lívia… o coelhinho vai com o Pai Natal no comboio ao circo. Ou há moral ou comem todos, lá diz o Povo…


Se o Sr. Hitler se tivesse dedicado a matar milhões de alemães no seu país, seria ele tão odioso para o mundo?

E o Comunismo não causou milhões de mortes em todo o planeta? Cem milhões, dizem os entendidos…



” A menos que porventura se possa dizer que pôr fora de sua casa um estranho é o mesmo que mandar prender uma pessoa que não concorda consigo.”

Continua a ser o mesmo,

Acha portanto que se puser fora de sua casa um canalizador que a agrida ou que seja desrespeitador para consigo, dá ao canalizador tanto direito à indignação como aquele que a Lívia Drusilla tem?



”Acontece que do ponto de vista nacionalista não há qualquer incoerência da nossa parte.”

Não?! Quando fala em nacionalistas, quem é que lá mete?

Meto o princípio nacionalista em si.



E o actual sentimento popular de insatisfação permanente é economica e socialmente desestabilizador.

Por essa lógica, todas as épocas são propícias ao Nacionalismo, já que nunca está o homem satisfeito…



“Quem a ler até é capaz de pensar que a Lívia Drusilla é adversa à Democracia...”

Não sou adversa a nada, desde que me garanta a liberdade e os mecanismos para eu poder dizer e agir conforme penso. E estes mecanismos não implicam que eu possa impor.

Precisamente. Está então a contradizer-se, porque antes queixou-se de que pode apenas falar mas não pode fazer com que as coisas sejam como quer.



Por isso lhe digo que os regimes democráticos são camaleónicos. Podem representar e ser quase tudo o que se quiser

Não, cara Lívia. Ou se é democrata ou não. E não vale a pena vir falar do caso da Coreia do Norte, porque a nossa noção de Democracia não é a mesma que a deles.
A nossa é assim: temos eleições, qualquer um pode ser eleito e toda a gente pode dizer o que lhe apetece.
Ora, por este padrão, é inevitável reconhecer que nem todos os regimes são igualmente democráticos. E que, entre os que se dizem democráticos, uns são-no seguramente mais do que outros. Por exemplo, parece evidente que o regime norte-americano é mais democrático do que aquele que actualmente vigora em Portugal e na maior parte da Europa continental – lá, além de não existir proibição da liberdade de exprimir ideais racistas, há também a liberdade de formar partidos frontalmente «nazis». Sem apelo nem agravo. Não há maneira de contornar isto.




”Isto que aqui estamos a fazer é já a concretização da Liberdade.”

É. Isto são momentos concretos e episódicos de liberdade. O Caturo diz o que pensa, assume uma linha ideológica e debate com os seus “convidados”.

Graças à democracia… norte-americana. Porque a Internet continua a ter liberdade de expressão… só porque os norte-americanos recusam aceitar a censura, devido à quase sacralização da Liberdade que se verifica na sua constituição. E este blogue está alojado num servidor norte-americano.

Porque, se dependesse apenas e exclusivamente dos «democratas» socialistas franciús e tugas, este blogue já tinha sido calado há muito.


Cordiais Saudações

30 de janeiro de 2007 às 12:11:00 WET  

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