segunda-feira, setembro 25, 2006

ONDE O POVO É REALMENTE QUEM MAIS ORDENA

As propostas de novas leis de Asilo e Estrangeiros que o governo suíço submete hoje a referendo foram qualificadas de “racistas e xenófobas” pelo relator da ONU sobre o Direito à Alimentação, Jean Ziegler.

Na opinião do sociólogo suíço, o primeiro desses projectos legislativos “praticamente anula o direito ao asilo”, enquanto o segundo restringirá consideravelmente as oportunidades de imigração de pessoas que não estejam altamente qualificadas, particularmente as oriundas de países em desenvolvimento.


Apesar disso, o Povo Suíço manteve-se firme. Consequentemente,

Os suíços aprovaram por referendo a nova lei da imigração e os dois projectos de lei que endurecem as condições de acesso ao direito ao asilo no país. Segundo o ministro da Justiça, Christoph Blocher, líder do centro-direita " era mais do que evidente, como prova a participação no referendo que a população suíça não estava satisfeita"." O povo suíço compreendeu", afirma, "que esta nova lei do asilo previne os abusos e protege a ajuda humanitária por parte da Suíça".

As associações de defesa dos direitos humanos não estão satisfeitas com esta escolha e o Alto Comissariado para os Refugiados manifesta preocupação.

O resultado do referendo acaba com os sonhos de muitas das pessoas que se encontram neste centro de refugiados. Este homem afirma que a população suíça foi intoxicada pelo ódio. "Ouvi os políticos apelarem ao ódio e chorei quando ouvi o honrado Blocher. Penso que o povo suíço tem medo".

Este outro diz que os suíços estão na casa deles e decidem o que querem, mas agradece a todos os que se bateram pela sua causa.

A Suíça recebeu no ano passado 19 mil pedidos de asilo, o número mais baixo dos últimos 20 anos. A nova lei elimina à partida a possibilidade de análise de um pedido de alguém que não tenha documentos de identidade e suprime a ajuda social substituindo-a por uma ajuda de emergência de 960 francos mensais, o equivalente a 604 euros.


Fonte: EuroNews via Fórum Nacional.


Afinal, a Democracia tende a ser mais «racista» e mais «xenófoba» do que a elite político-cultural reinante gosta de fazer crer... essa elite, que clama ser democrática, mas só para silenciar a verdadeira voz do Povo e a seguir falar em seu nome... sempre com medo que o Povo resolva falar por si próprio, claro... daí o proibirem-se algumas alternativas políticas, não vá o Povo «enganar-se»...

E tudo porque o bastião difusor da mentalidade internacionalista reside precisamente no seio da elite cultural ocidental, envenenada pelo pólo espiritual e intelectual que há muito dissemina a mentalidade do amor universal contra todas as barreiras.

Quando se tem uma religião, imposta e assumida como única, que afirma a igualdade entre todos e a obrigação de amar toda a gente de igual modo, sem distinção de estirpe, e de dar a outra face ao agressor, de modo a mais facilmente abraçar o outro do que combatê-lo (e não admira que a intelectualidade reinante, de Esquerda, tenha especial simpatia pelos inimigos do seu próprio povo), segue-se, logicamente, pela própria lei dos corpos que caem, que, fatalmente, o internacionalismo militante, sistemático e racionalizado acabará por triunfar como princípio orientador da relação com o alienígena.

Mas o Povo, grosso modo, permaneceu menos profundamente tocado por essa mentalidade. E é por isso que, desta feita, os Suíços deram uma lição, não só de Democracia autêntica, mas também de salutar nacionalismo - é este o sagrado egoísmo das Nações.