terça-feira, setembro 26, 2006

DEZ MOTIVOS PELOS QUAIS O ISLÃO VAI GANHAR... OU TALVEZ NÃO

A vossa atenção para este artigo, que começa por parecer derrotista, e, ao fim ao cabo, acaba por se revelar uma análise lúcida que é preciso ter em conta para fazer frente às forças do crescente verde. Porque a defesa do Ocidente, e de qualquer outra cilização não islâmica passa precisamente por ser capaz de dar resposta a cada uma das razões pelas quais o autor considera ser inevitável a vitória muçulmana.

Vejamos então quais são, ou seriam, essas razões - cito o que diz David Selbourne e teço algum comentário que julgue oportuno:

1 - A divisão do mundo não muçulmano: enquanto uns estão dispostos a reagir à crescente ameaça mafomética, eventualmente de um modo radical e drástico (com armas nucleares inclusivamente), outros negam até a existência deste choque civilizacional, já para não falar daqueles que, enquanto negam este choque, mostram entretanto indisfarçável, por vezes declarada, simpatia pelos agachados de Alá.

2 - A força islâmica tem sido subestimada pela maioria das potências mundiais (pelos EUA e pela Rússia, por exemplo), o que constitui erro mortal, uma vez que o Islão não é uma religião de paz (e dizê-lo é, ou ignorância, ou «taquia», isto é, procedimento no qual o muçulmano engana o infiel, fazendo-se pacífico), mas sim um credo expansionista, espiritualmente imperialista e totalitário, visando controlar todos os campos da vida humana (incluindo a higiene privada), dispondo por isso dum elevado potencial de arregimentar multidões e de as mobilizar contra o inimigo, qualquer que ele seja; mais, o Islão é uma religião que não luta apenas por meios bélicos directos, mas também e sobretudo por meios «pacíficos», tais como a disseminação no Ocidente através da conversão e sobretudo através da alta taxa de natalidade dos imigrantes norte-africanos, paquistaneses e turcos em solo europeu.

3 - As fracas lideranças que conduzem o Ocidente, compostas de gente que não compreende a real dimensão do inimigo.

4 - Lutas de índole pessoal travadas pelos supostos conhecedores do Islão no Ocidente.

5 - O apoio que a Esquerda ocidental dá ao Islão, vendo-o como vingança ou consolo contra o capitalismo por este ter batido o comunismo na guerra fria; em assim sendo, os observadores esquerdistas, completamente míopes para além do seu estreito mundo de lutas sócio-económicas, atribuem aos muçulmanos uma intenção puramente esquerdista (oposição ao colonialismo e ao capitalismo) que nada tem a ver com a real natureza da jihad ou guerra «santa» maometana. Trata-se da chamada «visão à Walt Disney» de que falava William Pierce, visão esta que consiste em atribuir ao outro (os animais, no caso de Walt Disney) sentimentos e ideias que são só nossas. Sucede isto porque a Esquerda nunca levou a sério a força da Religião - e está bem infiltrada, nas mentes dos analistas de Esquerda (e também nas dos de Direita) a ideia de que «as coisas sérias» são a economia e a sociedade e que as crenças religiosas não passam, ora de fantasias inúteis, ora de ferramentas para controlar as massas e, por esse motivo, não conseguem realmente compreender que haja milhões e milhões de pessoas dispostas a matar e a morrer para impor o seu credo ao resto do mundo.
Acresce que, «estranhamente», toda a Esquerda se mantém silenciosa a respeito dos aspectos mais flagrantemente opressivos do Islão actual: repressão intimidatória e homicida da discórdia, opressão das mulheres, ódio a certos grupos (Judeus e homossexuais, por exemplo), tendência para incitar à violência.

6 - O contentamento de muitos não muçulmanos com as desgraças que afectem os Norte-Americanos.
Isto é rigorosamente verdade - quer seja um ataque terrorista, quer seja um tufão, há sempre uma certa quantidade de «europeus» felizes da vida, de modo disfarçado ou nem por isso, por verem finalmente o gigante a cair. Mistura-se aqui a inveja com o rancor de ordem ideológica (referido no ponto anterior) e com a concepção estupidamente perigosa segundo a qual «o inimigo do meu inimigo é meu amigo». A título de exemplo, pode dizer-se que a TSF já emitiu uma entrevista a um actor de teatro do Parque Mayer (um comunista) que declarava abertamente o seu apoio ao ataque terrorista de 11 de Setembro. E, estou convencido, é só a ponta do iceberg. Assim, o Islão avança, não apenas por meio dos muçulmanos, mas também pela atitude de muitos não muçulmanos. A semelhança desta situação com a da Ibéria medieval aquando da invasão islâmica tem um irritante sabor de estúpido «deja-vu».

7 - A lassitude moral e ideológica do Ocidente. Discordo do autor quando este considera ser a Liberdade ocidental um fraco oponente perante a Chária (lei islâmica). O problema reside, quanto a mim, não na exaltação da Liberdade, mas sim na dimensão materialista e humanista, sem transcendência nem apelo divino, que domina as mentes da maioria dos representantes da actual cultura ocidental. Para enfrentar uma religião, só outra religião. Ou, pelo menos, uma visão sacralizada da realidade.
Como disse o cheique Mohammed al-Tabatabi a uma multidão de milhares de crentes, em Maio de 2003, na cidade de Bagdade, «O Ocidente fala da Liberdade. O Islão rejeita essa liberdade. A verdadeira liberdade é obediência a Alá.» E aqui tenho de recordar a sintomática semelhança deste modo de ver com o de alguns ocidentais que acreditam que a Liberdade só serve para fazer o bem, não para escolher o «errado»...

8 - O bom trabalho propagandístico que se faz nos mé(r)dia em prol da causa islâmica, ora disseminando os pontos de vista muçulmanos e terroristas (ouvir Mário Soares a dizer o que a Al Caida diz, que «Os muçulmanos andam humilhados pelos Ocidentais» foi especialmente significativo), ora desculpando as actividades do radicalismo islâmico.

9 - A dependência ocidental do petróleo.

10 - A crença ocidental de que a sua civilizada e sofisticada sociedade é muito mais atractiva do que o Islão. Mais uma vez, a mentalidade de Walt Disney a fazer das suas. Ora já em 1899 tinha Winston Churchill dito que «Não há no mundo nenhuma força retrógrada mais poderosa do que o Islão. Longe de estar moribundo, o Maometismo é uma fé militante e proselitista. Já se disseminou através da África central, erguendo guerreiros destemidos a cada passo; e se o Cristianismo não estivesse protegido pelos poderosos braços da ciência, ciência contra qual lutou vãmente, a civilização da Europa moderna poderia cair, como caiu a antiga civilização romana.»

Entretanto, o confronto continua. Citando as palavras dum «sábio» saudita, Suleiman al-Omar, proferidas em Junho de 2004, «O Islão está a avançar de acordo com um plano firme. A América será destruída.»

Um dos comentários a este artigo (que se pode ler ao fundo da página do mesmo) tenta minimizar o teor do alarme por meio duma comparação crítica com o discurso anti-comunista de há umas décadas. E o autor do comentário resolve então dizer que «eles do outro lado também são humanos como nós». Ora lá humanos podem ser... mas como nós é que não são de certeza, não pensam como nós e não querem as mesmas coisas que nós queremos. Já basta de mentalidade à Disney.

Por conseguinte, a reacção ocidental a esta dezena de factores francamente desfavoráveis à Europa, reside, quanto a mim, em duas linhas de força:
- informação (aquilo a que os ingénuos e a escumalha chamam «alarmismo paranóico»);
e
- galvanização (que é aquilo a que a escumalha costuma chamar «incitação ao ódio»).

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Alarmismo paranóico com incitação ao ódio. É tão óbvio que até a escamulha racista o diz.

Vamos ganhar os islámicos porque as forças moderadas ganham sempre: quer aos agachados-de-Alá, quer os braços-alevantados-ao-bigodinho.

:)

26 de setembro de 2006 às 23:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

a suástica fanática e a crescente radical... vão ser simplesmente liquidadas pela Europa civilizada.

26 de setembro de 2006 às 23:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ciscokid, meu mariconço, ainda continuas por aqui? Larga a internet, o teu alter-ego HM e os nazis e arranja vida própria, pá! Olha que isso é coisa de sociopatia latente.

27 de setembro de 2006 às 00:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Alarmismo paranóico com incitação ao ódio.

Eu não disse que era mesmo isto que a escumalha anti-racista ia dizer?:)

E como é que eu sabia disto?

Eu sabia disto porque já os conheço e sei que são estupidamente previsíveis - perante tudo o que foi dito, não têm qualquer argumento para contestar seja o que for que esteja neste artigo, e, vai daí, recorrem, raivosamente, aos «insultos» do costume.

E, deste modo, ilustram com a sua indigência o que afirmei neste tópico - porque ao não serem capazes de o contestar, mas ao mesmo tempo demonstrando que ficaram irritados, só ajudam a confirmar o teor da mensagem exposta no artigo.

27 de setembro de 2006 às 11:27:00 WEST  

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