quarta-feira, outubro 12, 2005

CONTRA AS TIBIEZAS E CEDÊNCIAS DA DIREITA DOMESTICADA

O projecto-lei proposto pelo CDS/PP para a alteração da lei da nacionalidade, dificulta a concessão da nacionalidade nalguns casos, facilita noutros... limita-se a atrasar ligeiramente o processo de nacionalização de tudo o que é alienígena, embora goste de dar o ar de quem quer travar um bocadito a iminvasão, para parecer prudente.

Está fora de questão lembrarem-se de pura e simplesmente afirmar a necessidade de manter a actual lei, ou não fossem eles perfeitos arautos do internacionalismo burguês e capitalista. Relativamente ao aborto, não transigem - pudera, têm a Catolicidade toda por detrás. Mas, no caso da imigração, até a maior parte dos beatos estão de acordo em encher o país de alienígenas, «todos nossos irmãos e filhos do mesmo Deus», como dizem os sacerdotes do crucificado.

É mais um caso a dar razão ao falecido William Pierce, da National Alliance (Aliança Nacional, dos E.U.A.), que, neste lúcido texto em boa hora traduzido e publicado online pela Causa Nacional, explica porque é que os chamados conservadores acabam por perder tudo, a médio ou longo prazo, permitindo assim, de geração em geração, mais e mais avanços da Esquerda. Passo a citar (sempre a itálico):
Os conservadores não podem ganhar porque o inimigo ao qual se opõem é um inimigo revolucionário – um inimigo com objectivos revolucionários e guiado por um modo de vida revolucionário.
A vantagem sempre esteve – e sempre estará – do lado do contendor preparado para tomar a ofensiva, ao invés de manter apenas uma posição defensiva.


Ora, o que é que o CDS/PP tem feito a respeito da imigração para além de se limitar a assumir uma posição defensiva, mas quase envergonhada (isto já para não falar das vezes em que pactua à surrelfa com a imigração)?

Mais ainda:
Os objectivos do conservador podem parecer razoáveis – e alcançáveis. Os objectivos dos esquerdistas, por outro lado, assentam num mundo de fantasia muito para lá dos limites da realidade. E é precisamente isso que dá a vantagem à esquerda. Quando o conservador consegue algum pequeno ganho – eleger um conservador – é provável que se comporte como se já tivesse ganho a guerra. Vislumbra a realização dos seus objectivos ao virar da esquina, baixa a guarda, e recosta-se para gozar os frutos da sua vitória imaginada. Mas o esquerdista nunca está satisfeito, independentemente das concessões que lhe sejam feitas, pois a realização dos seus objectivos mantém-se tão remota como anteriormente.

Isto é, quem busca o ideal e a perfeição, acaba por conseguir mais do que quem se limita a procurar defender o que é «razoável».


Atente-se agora nesta outra passagem:
Se o esquerdista faz novas exigências – por exemplo, a integração racial forçada das escolas ou bairros – o conservador irá opor-se apelando à manutenção das escolas de “vizinhança” e à “liberdade de associação”. Quando a poeira assentar, o esquerdista terá obtido talvez metade do que queria, e o conservador terá perdido metade daquilo que tentou preservar.
Mas depois o conservador aceitará o novo status quo, como se as coisas sempre tivessem sido assim, e preparar-se-á para o defender de novos ataques da esquerda com a mesma inabilidade demonstrada na defesa do estado anterior.


Ao ler-se este último parágrafo, quase que se especula se William Pierce não teria na realidade passado uma temporada em Portugal e observado as forças da Direita...

A Esquerda nunca dorme - combate sempre. E os seus mais argutos líderes, são de uma coerência extrema. Como diz William Pierce,
Esta posição em constante mudança é para o conservador uma desvantagem quase tão grande como a sua crónica incapacidade de tomar a iniciativa. A esquerda revolucionária tem uma ideologia, por mais perversa e contra-natura que seja, e desta ideologia provém a unidade e continuidade de propósito que são pré-requisitos indispensáveis para a vitória.

E onde a análise de Pierce se revela mais sagaz e penetrante, é no que diz respeito à raça, que, aliás, tem tudo a ver com esta questão da imigração:
Consideremos a raça, por exemplo. Há cerca de meio século homens como Madison Grant e Lothrop Stoddard eram porta-vozes da posição conservadora sobre a raça. Eles defendiam eloquentemente, embora defensivamente, a preservação da identidade racial do Ocidente mantendo rígidas barreiras contra a miscigenação, adoptando políticas razoáveis de imigração, e aplicando padrões eugénicos ao problema da qualidade populacional. Hoje em dia nenhum conservador “responsável” seria apanhado com os livros de nenhum destes homens na sua estante da sala, pois pelos actuais padrões conservadores eles são “racistas” – daí, “radicais”, e não conservadores respeitáveis.

Finalizando, porque o artigo vai longo - apesar do crescimento do poder esquerdista, nem tudo está perdido. Novamente a palavra ao líder da National Alliance:
Embora o conservadorismo não possa vencer a esquerda, uma nova força revolucionária, com a base espiritual que falta ao conservadorismo, e sendo ainda mais arrojada e determinada do que as forças da esquerda, pode vencer!
Essa nova força revolucionária está a ser construída neste momento. As suas fileiras estão a ser preenchidas por jovens disciplinados e idealistas.
Eles não se revêem no libertinismo de drogas e sexo da esquerda nem no libertinismo económico da direita.
Eles lutam por uma nova ordem, baseada não nas modas e caprichos do momento, mas nos valores fundamentais da raça e personalidade – valores que outrora guiaram o homem ocidental ao domínio da terra e que ainda lhe podem voltar a dar esse domínio e guiá-lo à conquista do universo.
Eles sabem que longe vai o tempo em que a retórica conservadora ou os votos conservadores poderiam ter salvo o dia. Eles compreendem que a salvação do Ocidente está nas mãos de jovens de mundividência e espírito revolucionário que estão fartos de conversa e ao invés estão dispostos a fazer tudo o que for necessário para recuperar a sua nação.


Apesar do supremacismo branco evidenciado no penúltimo parágrafo, posição com que não concordo e que, felizmente, perde terreno perante a postura segregacionista, tudo o resto é apelativo e descreve bem o cerne do movimento nacionalista. (Aconselho vivamente a leitura rigorosa e integral do artigo.)

AO COMBATE, EUROPEUS

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Para mim, estes é que são os verdadeiros extremistas raciais. Com certeza não acha que aqueles que querem apenas conservar a sua Raça (75% dos Portugueses não quer mais imigrantes, a NatFront não se funde ou confunde com o BNP) são, só por si, criminosos. No entanto, estes movimentos são apenas resquícios dos movimentos que provocaram motins nos anos 50 e 60, ao oporem-se aos Direitos Cívicos dos Afro-Americanos (que pediram ainda mais do que tinham direito, e exigiram andar no meio de nós, vá-se lá saber porquê...), e que eram, obviamente, supremacistas do Poder Branco, em oposição ao Movimento dos Direitos Cívicos, do qual também saíram radicais que defendiam o Poder Negro como a Nação do Islão e os Black Panthers. No fundo, são todos iguais.

13 de outubro de 2005 às 18:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Já deixei claro que não sou supremacista, daí que o comentário de Ciscokid está logo aí invalidado pela metade; quanto ao resto, não acabei de ler os Diários de Turner, por enquanto, mas, até onde li, não vi terrorismo - vi uma tentativa de golpe de Estado contra um regime opressor. Terrorismo, é outra coisa - é chantagem com vidas inocentes.

O que o Islão radical por seu turno deseja, é outra coisa - a conquista de todo o mundo, porque acreditam que todo o mundo lhes pertence, e a submissão ou eliminação dos não muçulmanos.

13 de outubro de 2005 às 18:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Prefiro tirar as conclusoes

Tira mal, como de costume. Se digo que não sou supremacista, não é porque o seja em segredo, que não tenho nada a perder, estou anónimo. E costumo dizer as coisas de frente, sem andar com simpatias escondidas e mal disfarçadas com motivos da treta, como é o seu caso relativamente aos inimigos islâmicos de Bush.



Se voce substituir "Islao Radical" pela National Alliance e muculmanos pelos brancos, voce tem o manifesto dessa organizacao

Não, não tenho, porque o Supremacismo branco não é universalista nem visa converter o mundo inteiro. As palavras que Pierce usou neste caso nem sequer condizem com os objectivos declarados do National Alliance. Acresce que, se acham que a Europa e os E.U.A. pertencem à raça branca, têm nisso toda a razão.

13 de outubro de 2005 às 20:47:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nao - acham que a Europa e os EUA lhes pertencem a eles,

Acham que a Europa e os E.U.A. pertencem aos brancos que querem preservar a sua raça e não à ralé traidora, sem dúvida.

E sim, têm razão - e você, como inimigo da preservação racial, mas perfeitamente «pactuante» com opressores (desde que não sejam brancos racistas, claro...), não tem qualquer credibilidade para falar das «minhas cores».

14 de outubro de 2005 às 11:01:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Nao associo a (extrema-) extrema direita da Alianca Nacional com a nossa extrema-direita (ate' nisso somos de brandos costumes. :)»

O que eu digo é que até o BNP é mais brando, senão veja: o BNP conta inclusivamente com um Judeu as suas fileiras, e chamaram nazi a um indivíduo que até era dum quadrante à esquerda deles por querer, entre outras coisas, suspender ou afectar a aplicação do habeas corpus (se vive em Inglaterra, talvez tenha mais presente isso do que eu); pelo menos parte da Frente Nacional em Portugal tem simpatias pelo Hitler que o Nick Griffin já não tem.


«Tal como nao vejo os tais 75% dos Portugueses como reflexo de quererem preservar a sua raca. Estamos afinal em tempos de vacas magras.»

Engana-se, a sondagem já tem aí uns dois anos!... Além do mais, quem não gosta sequer de ver e conviver com estrangeiros, muito menos gostará de cruzar o seu sangue com o deles, ou não acha?


«Nao acredito que queiram criar um estado de apartheid ou deportacao de portugueses nao-brancos.»

E porque não? Não é a mesma coisa que "o" Apartheid! Afinal de contas, existe uma diferença entre o Regime Sul-Africano e a simples existência de países na Europa que, durante milénios, nunca viram gente doutras Raças, e daí não veio nenhum mal ao Mundo!


«Afinal, o PNR e' o unico partido que oferece tais medidas, e continua a ter um resultado inferior a 1%.»

Porque não têm destaque, porque os únicos cartazes que foram retirados a seguir às Autárquicas, aproveitando a chuva que os deteriorou, foram os do PNR! Uma sugestão: os Militantes que vão também arrancar os outros, especialmente os outdoors grandes, especialmente os do Anacleto, como modo de protesto, e inquiridos aleguem que, como já começaram a retirá-los, pois retiraram os do PNR, e até por gente que não era do PNR, vêm eles agora retribuir o favor, e acabar de retirar os outros que também o devem ser!...

14 de outubro de 2005 às 19:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Porque raio os EUA pertence aos brancos que querem preservar a sua raca? Agora os imigrantes tem esse direito? :-)»

Por aí, também digo: mais valia que nunca tivessem expoliado os Índios. Mas agora, que fazer? Os Índios são poucos, preserve-se o que ficou. Eles até têm Reservas!

14 de outubro de 2005 às 19:14:00 WEST  

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