quarta-feira, setembro 21, 2005

DO IRAQUE PARA O MUNDO

Neste artigo de Fitzgerald no Jihad Watch, salientam-se dois pontos que me parecem essenciais, pois que, embora digam respeito ao Iraque (, e, como é bem sabido, eu raramente falo desse país), acabam por se revelar cruciais na relação do Ocidente com o Islão:
- os povos não são todos iguais; logo, não querem todos o mesmo; logo, o que resulta numa determinada civilização, não tem obrigatoriamente de ser bem sucedido numa civilização essencialmente diferente - por isso, é tempo (e dinheiro, e material, e sangue...) perdido insistir em impor uma Democracia no Iraque, sendo que as forças em confronto (Xiitas e Sunitas) nada mais querem do que o poder;
- a criação de um Estado Curdo no norte do Iraque, seria um bom ponto de apoio do Ocidente, uma forma de diminuir o poder islâmico em todo o Médio Oriente (logo, em todo o mundo) e podia-se convencer a Turquia a aceitar a existência de tal país, mostrando-lhe que está relativamente isolada, que as relações com os E.U.A. já foram melhores, que a Europa não está com grande vontade de lhe abrir as portas, que sempre houve uma rivalidade natural entre Turcos e Árabes e que um Estado Curdo serviria de tampão entre uma Turquia laica e um mundo árabe cada vez mais fundamentalista - para isso, seria preciso actuar já, antes que os fundamentalistas islâmicos na Turquia ganhassem aí mais poder.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

curdos são essencialmente muçulmanos sunitas!!!

21 de setembro de 2005 às 22:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas não são como os outros sunitas do Iraque, porque a diferença étnica é crucial. Os Curdos são arianos, os outros Iraquianos, sendo Árabes, são Semitas.

Os Curdos estão pois à parte do resto da população iraquiana.

Trata-se de um cenário político no qual há factores de divisão não apenas religiosos (sunitas vs. xiitas) mas também étnicos (Curdos vs. Árabes).

21 de setembro de 2005 às 23:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os próprios Curdos recusaram que a Constituição Iraquiana afectasse o País ao Mundo Árabe, porque "não são Árabes" (sic). Cá, por não quererem a Turquia na Europa, são nazis!... Isto é que tem a ver com a Raça e a cor da pele: um Nacionalista não branco é um Nacionalista, um Nacionalista branco, é um nazi!...

22 de setembro de 2005 às 11:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bonito, mas isso não muda o facto de serem muçulmanos. Defender curdos dessa forma abre a possibilidade de se defender a existência de brancos europeus muçulmanos em solo europeu. Parece que a questão poderá estar para lá da raça, ou não?
O que fazer aos povos europeus (brancos) que adoptaram o islão?

22 de setembro de 2005 às 17:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«O que fazer aos povos europeus (brancos) que adoptaram o islão?»

Se não houver imigração ou circulação excessiva de e para países Muçulmanos, os contactos assim reduzidos diminuiram qualquer risco, como também era pequeno durante a Idade Média. De resto, é uma luta em que se deve usar a Evangelização como arma. Na minha ideia de Europa, após a casa arrumada, tencionava evangelizar os Muçulmanos através do uso de Missionários, como se faz no Terceiro Mundo, de maneira a erradicar o Islão por completo. Se ainda assim for difícil, tentamos a diluição Religiosa: dispersamos a Comunidade de Crentes pelo meio de Comunidades Cristãs dos seus países para que, aos poucos, regressem às origens, ou, não se fundindo, acabem por não ter descendência Muçulmana.

22 de setembro de 2005 às 18:23:00 WEST  

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