ASSASSÍNIO, DESCARAMENTO E MORALISMO - E PIOR QUE TUDO, TRAIÇÃO

O líder terrorista dos islâmicos tchetchenos, Shamil Basayev, afirmou, perante as câmeras de televisão da cadeia norte-americana ABC, que se podem repetir massacres como o de Beslan, no qual, recorde-se, centenas de crianças foram violadas e mortas por terroristas muçulmanos, sendo alguns destes de origem africana, e não apenas «nacionalistas tchetchenos», como certos ingénuos ou desonestos querem fazer crer - isto porque a guerra da Tchetchénia não é hoje um conflito étnico, e sim religioso, dado que não passa de uma tentativa islâmica de estabelecer aí um Estado mafomético.

No final, Bassaev culpou os Russos pela tragédia ocorrida nessa localidade.
Ora esta versão da moralidade da guerra, aquela que atribui às autoridades russas a responsabilidade moral por este crime homicida, é precisamente o que se lê por aí, directa ou indirectamente escrito, em muita croniqueta de muito colunista intelectualóide da imprensa tuga.
Que os terroristas façam propaganda de tal ideia, é muito óbvio e perfeitamente previsível; mas que haja «opinion-makers» ocidentais a ecoar, de modo mais ou menos subtil, essa mesma propaganda, eis o que se afigura como especialmente esclarecedor sobre o ponto a que chegou a sida doutrinal que vira parte dos Europeus contra si próprios.