quarta-feira, fevereiro 02, 2005

PARÁBOLA DO OCIDENTE ACTUAL

posted by Caturo at quarta-feira, fevereiro 02, 2005

13 Comments:

Blogger Caturo said...

Obrigado, camarada Miazuria. O que é preciso é que todos estejam dispostos a juntar-se a este alerta.

2 de fevereiro de 2005 às 14:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Isso faz-me lembrar uma vez em que me disseram que "O Senhor dos Anéis" era "racista" porque os orcs eram negros!...


Imperador

2 de fevereiro de 2005 às 16:45:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Quando quiseram publicar "O Senhor dos Anéis", na Alemanha dos anos 30, o editor rescreveu a Tolkien a perguntar se este era "ariano". Tolkien impediu que a obra fosse publicada neste país enquanto Hitler não foi deposto, e sempre se lamentou que as gloriosas sagas nórdicas, com os seus ideais de bravura e de humanidade, tivessem sido apropriadas pelos racistas e nazis, com tão tristes consequências. O mesmo sucede agora com este tipo de gente. Uma obra que é ensinada na África do Sul, na Índia e em todo o mundo de língua inglesa há gerações, é de repente apropriado por esta gentinha, que já equipara negros a orcs e easterlings a invadir a Terra Média. Seguramente, o maior insulto que se pode fazer à memória de Tolkien e à sua obra.

2 de fevereiro de 2005 às 17:36:00 WET  
Blogger Caturo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

2 de fevereiro de 2005 às 18:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Por acaso, nunca tinha ouvido dizer que Tolkien tivesse afirmado tal coisa, mas é indiferente. O que interessa salientar, é, como bem notou John Rhys-Davies (o intérprete de «Gimli» no filme), é aquilo a o anónimo nem comentou, fungindo assim ao tema: a inquietante semelhança da situação descrita no «Senhor dos Anéis» com a actual situação dos Ocidentais.

Assim, do mesmo modo que os «Homens do Ocidente» do «Senhor dos Anéis» tinham de enfrentar uma ameaça vinda do oriente, a qual contava com aliados do sul (talvez seja significativo que os únicos «olifantes» que surgem no filme, sejam do lado dos «maus», animais esses que eram conduzidos por gente com panos enrolados em volta do rosto, o que muito faz lembrar os elefantes africanos (os semíticos norte-africanos Cartagineses usaram-nos contra os indo-europeus Romanos) e os árabes, respectivamente...), também os actuais Ocidentais, do mundo real, têm de enfrentar uma ameaça vinda do oriente (o Islão), a qual é servida por iminvasores vindos do oriente e do sul africano...

Do mesmo modo que existia, no reino de Rohan, um traidor que enganava o rei Theoden a respeito do perigo iminente, também existe, no Ocidente, muito traidor abjecto que engana os líderes, bem como uma parte do povo, a respeito da realidade do perigo iminente...

Do mesmo modo que os «Ents» eram de sobremaneira ingénuos, ou virados para o seu umbigo, e, por isso, não queriam perceber que o inimigo de todos seria, tarde ou cedo, inimigo deles também, muitos ocidentais julgam que a guerra terrorista é só entre os islâmicos e os Americanos e que, por isso, os Europeus não têm que se ralar...

Aliás, bem vistas as coisas, a situação do actual Ocidente é até pior do que a dos «homens do oeste» da obra de Tolkien – esses, pelo menos, não tinham contingentes crescentes de orcs na sua própria terra, infiltrados nas fileiras ocidentais...

2 de fevereiro de 2005 às 18:11:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Quando quiseram publicar "O Senhor dos Anéis", na Alemanha dos anos 30, o editor rescreveu a Tolkien a perguntar se este era "ariano"."

E era. Sem aspas.


"Tolkien impediu que a obra fosse publicada neste país enquanto Hitler não foi deposto,"

Só por causa disso?!...


"e sempre se lamentou que as gloriosas sagas nórdicas, com os seus ideais de bravura e de humanidade, tivessem sido apropriadas pelos racistas e nazis, com tão tristes consequências."

Aquelas tristes consequências, sim, absolutamente. Agora, é no mínimo contraditório que as sagas relatem a busca duma Nação pela sua sobrevivência contra invasores externos e depois venham dizer que não são para usar para esse fim, mas antes para a misturada geral!... Decerto que também não foi para esse fim. Decerto que Tolkien não desejava a extinção da sua própria Raça, como "sucede agora com este tipo de gente"...


"que já equipara negros a orcs e easterlings a invadir a Terra Média."

Não fui eu, disseram-me. No entanto, porque é que as personagens de ficção têm o direito de se defenderem duma invasão e as reais não? Ou será que você é tão estúpido que confunde defesa com Holocausto?...


"Seguramente, o maior insulto que se pode fazer à memória de Tolkien e à sua obra."

Do mal o menos. Antes insultar Tolkien do que tudo o mais que é mais importante, a começar por nós próprios.


Imperador

2 de fevereiro de 2005 às 18:12:00 WET  
Blogger Caturo said...

Essa foi das melhores respostas que você tem dado, Imperador.

2 de fevereiro de 2005 às 18:32:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Que parte da resposta? Com a prática, devo ter melhorado a minha técnica.


Imperador

2 de fevereiro de 2005 às 18:43:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

(...)"Quando quiseram publicar "O Senhor dos Anéis", na Alemanha dos anos 30, o editor rescreveu a Tolkien a perguntar se este era "ariano"."

E era. Sem aspas. (...)

Claro que sim, só que o "ariano" da Alemanha que quis saber disso, aparentemente, não sabia. Da´ter perguntado. Que imaginou que Tolkien seria? No auge da paranóia do III Reich, nem todos os europeus eram "arianos". Ou se eram, uns eram-no mais que os outros, e alguns, nesta cosmovisão, estavam destinados a ser mão-de-obra escrava, como os eslavos (polacos, russos e por aí). Os judeus desfrutavam de outra categoria, totalmente distinta....

(...)"Tolkien impediu que a obra fosse publicada neste país enquanto Hitler não foi deposto,"

Só por causa disso?!..(...)

Como um homem profundamente católico, e ciente já da perseguição da Alemanha Nazi para com os judeus, o autor que escreveu que não sabia se tinha sangue semita, mas que se o tivesse, teria muito orgulho em pertencer a tão nobre e dotado povo.

2 de fevereiro de 2005 às 19:32:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Que parte da resposta?»

Toda.

Quanto à alegada pergunta do alemão, teria todo o sentido se Tolkien fosse judeu, naturalmente.

2 de fevereiro de 2005 às 19:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Claro que sim, só que o "ariano" da Alemanha que quis saber disso, aparentemente, não sabia. Da´ter perguntado. Que imaginou que Tolkien seria? No auge da paranóia do III Reich, nem todos os europeus eram "arianos". Ou se eram, uns eram-no mais que os outros, e alguns, nesta cosmovisão, estavam destinados a ser mão-de-obra escrava, como os eslavos (polacos, russos e por aí). Os judeus desfrutavam de outra categoria, totalmente distinta..."

Mas ele já sabia disso! Então porque é que só se decidiu a não publicar o livro da Alemanha por causa da pergunta em si e não por causa do que já sabia?


"Como um homem profundamente católico, e ciente já da perseguição da Alemanha Nazi para com os judeus, o autor que escreveu que não sabia se tinha sangue semita, mas que se o tivesse, teria muito orgulho em pertencer a tão nobre e dotado povo."

Não exagere! As Pessoas acabam por ficar com a mania de que desde que o Adolfo começou a campanha que todos passavam automaticamente a saber da Solução Final e a ser todos a favor dela. Mas tal coisa era imprevisível até 1940, provável até 1943 e só se tornou um facto após essa altura, quando começaram a ser descobertos os Campos. Qualquer um de nós só perceberia as verdadeiras intenções quando começasse a ver que os Judeus, em lugar de serem recambiados para Israel, ainda eram impedidos (e para mais os bens tinham ficado congelados em 1933) e vinham em fuga de guettos sem condições, onde morriam de privações. E aí é que o esforço de guerra e de auxílio podia ter sido maior; também nada fizeram antes, quando podiam ter impedido a Alemanha de se rearmar e remilitarizar... Mas nessa altura ninguém ligou! E agora pagam todos, até eu, que não posso ter filhos morenos e de olhos azuis só porque um louco qualquer quis eliminar os Judeus, cuja existência na Terra nunca me passou pela cabeça apagar!...


Imperador

3 de fevereiro de 2005 às 16:16:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Aquelas tristes consequências, sim, absolutamente. Agora, é no mínimo contraditório que as sagas relatem a busca duma Nação pela sua sobrevivência contra invasores externos e depois venham dizer que não são para usar para esse fim, mas antes para a misturada geral!... Decerto que também não foi para esse fim. Decerto que Tolkien não desejava a extinção da sua própria Raça, como "sucede agora com este tipo de gente"...

Isto não implica dizer que Tolkien era racista ou que concordaria com ideais ATUAIS de grupos que aproveitando-se da omissão dos governos quanto a políticas de imigração,disseminam ideais preconceituosos e ultrapassados.Querendo ou não, Tolkien NÃO era partidário do nazismo e repudiava Adolf Hitler,(vou postar a carta para que entendas direitinho) pois se não tinha tomado conhecimento de alguma política de extermínio, todos conheciam os discursos e políticas que buscavam aniquilar e difamar a figura do judeu.E quanto as raças dos personagens,não eram relacionadas como humanos,a união das raças livres era uma prova de força e de respeito entre povos diferentes e lutar pela própria raça em caso de guerra declarada poderia por exemplo ser comparado com a luta do judeu para se preservar diante de políticas exterminacionastas,ou você acha que arianos é que sempre são pobres vítimas defendendo o futuro das criancinhas brancas ?Tentar aproveitar-se de Tolkien como muitos fazem com Nietzsche é mais uma prova da ridicularidade dos novos seguidores do Nacional Socialismo e doutrinas afins.

Mas felizmente,para as pessoas de bom senso, esses boatos infundados não ganham importância e restringem-se as fantasias de brancos frustrados diante da nova realidade mundial.
Lutar pela Europa não é proclamar-se superior nem fazer associações ridículas.

30 de julho de 2008 às 15:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Carta aos editores alemães que perguntaram se Tolkien era “arisch (ariano)”.

"…Lamento que eu não tenha entendido o que vocês querem dizer com arisch. Não tenho ascendência Aryana, ou seja, Indo-Iraniana; até onde sei, nenhum dos meus ancestrais falava hindu, persa, cigano ou qualquer dialeto relativo. Mas se devo entender que você estão perguntando se sou ou não de origem judaica, posso apenas responder que lamento não possuir ancestrais deste povo talentoso. Meu trisavô chegou à Inglaterra no Século XVIII, vindo da Alemanha:…Me acostumei a considerar meu nome alemão com orgulho… não posso, no entanto, deixar de comentar que caso perguntas irrelevantes e impertinentes deste tipo forem se tornar regra geral na literatura, então não está distante o tempo em que um nome alemão não mais será fonte de orgulho."

Creio que isto encerra de uma vez por todas a questão.

30 de julho de 2008 às 15:28:00 WEST  

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