domingo, dezembro 19, 2004

MAIS UM

É horrendo ter de noticiar um caso destes como sendo «mais um». Mas, de facto, é mais um: mais um português vítima da vivência numa sociedade multirracial, na qual os negros exercem, praticamente de modo impune, crimes abjectos contra brancos, entre os quais se contam portugueses.
E é mais um motivo de culpabilização do governo «português», que assiste impavidamente a casos destes como se nada tivesse a ver com um dever de salvaguardar as vidas e o bem-estar dos filhos da Nação.

Crime - Assassinado o 16.º português na África do Sul desde Janeiro

Torturado até à morte
A violência sacrificou mais um emigrante português na África do Sul
"Quem fez isto não tem coração. Estamos enojados com a crueldade de que foi vítima o nosso compatriota”, este o desabafo ao CM do padre Carlos Gabriel, a propósito do assassinato do cidadão português Joaquim Homem de Gouveia, em Heidelberg, a sul de Joanesburgo, África do Sul. A vítima de 69 anos, natural da Ponta do Pargo, Madeira, foi encontrada ontem, e apresentava sinais evidentes de tortura.
Joaquim Gouveia era agricultor, proprietário de uma fazenda onde se dedicava à actividade agrícola.
O homem desapareceu na quinta-feira e, ao que tudo indica, quando entrava em casa terá encontrado um grupo de bandidos que terão entrado depois de arrombar a porta da cozinha.
Depois, em vez de se limitarem a roubar os marginais, ainda a monte, devem ter torturado Joaquim Gouveia, pelos sinais do corpo.
A fazer fé nos testemunhos da polícia e baseados nas marcas de extrema violência que o corpo apresentava, os assassinos devem ter amarrado o corpo a um veículo, através de uma corda atada ao pescoço, e arrastado durante vários metros.
“A carrinha utilizada veio a ser encontrada por alguns trabalhadores que estavam ao serviço de Joaquim Gouveia nas imediações da quinta e o corpo prostrado no solo, ensanguentado e cheio de escoriações profundas” relatou-nos amargurado o padre Gabriel.
O interior da casa estava revolvido e faltavam um telemóvel, uma televisão, cervejas e laranjadas. Joaquim Gouveia foi o 16.º português assassinado na África do Sul, desde Janeiro deste ano.

DEVOÇÃO POR NOSSA SENHORA
Joaquim Homem de Gouveia estava há 35 anos na África do Sul e era muito respeitado pela comunidade lusa. Devoto de Nossa Senhora de Fátima tinha uma imagem da Santa no altar da sua propriedade de Heidelberg, Sul de Joanesburgo, e lá se detinha todos os dias, durante alguns minutos, em oração, pedindo saúde e as graças da santa.
Este homem, viúvo, pai de quatro raparigas e um rapaz, todos adultos, era ‘irmão’ da Confraria do Santíssimo na Igreja de Santo António, onde desempenhava as funções de ministro da comunhão. Dedicado e amigo de todos, o padre Carlos Gabriel, definiu-o como, “um homem bom, que só tinha amigos e sabia ouvir os outros. Todos o chamavam para pedir ajuda”.


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