terça-feira, novembro 18, 2003

POLÍCIA MATA(?)

Segundo o jornal Expresso, a polícia portuguesa é, de entre as forças da autoridade europeias, a que mata mais gente.

É mau que um relatório destes apareça precisamente nesta altura, em que a criminalidade violenta cometida pelas gangues aumenta a olhos vistos.

Talvez a bandalheira constante que se vive em Portugal tenha dado demasiada confiança a certo tipo de criminalidade, que agora só mesmo ao tiro pode ser travada.

A polícia portuguesa dispara demais?
A polícia portuguesa é bananisticamente branda, e, daquilo que tenho visto nas ruas de Lisboa e nos combóios das zonas limítrofes, a actuação da polícia, quando peca, é por defeito, isto é, excesso de brandura.

Com efeito, Portugal tem uma polícia de brandos costumes para lidar com uma sociedade que, se foi de brandos costumes, já não o é.

Deve-se de qualquer modo deixar bem claro que é lícito, e mesmo aconselhável, que as forças de autoridade disparem em retaliação, perante tentativas de atropelamento ou de qualquer outra acção violenta contra a polícia, susceptível de pôr em risco a vida de um ou mais agentes da autoridade.

O respeito para com a autoridade deve ser mantido a todo o custo, com recurso à força se preciso for.

É preciso que todos percebam, especialmente os criminosos, que
Quem está disposto a pôr em risco a vida de qualquer cidadão, incluindo a de polícias, está automaticamente a pôr em risco a sua própria vida.
Quem dispara/atropela, DEVE estar sujeito a ser atingido, ou atropelado.


E, então, cada um saberá as linhas com que se cose...

Nada disto tem a ver com «pôr a polícia ao nível dos criminosos».

A polícia nunca está ao nível dos criminosos.
A polícia cumpre a lei, defende o bem-estar dos cidadãos, é garantia da liberdade dos inocentes, e agente da ordem do Estado, pelo que não pode nunca, jamais, em tempo algum, ser considerada como igual a quem infringe a lei, faz perigar o bem-estar dos cidadãos, abala a liberdade dos inocentes e é agente da desordem que se opõe ao Estado de direito.