quarta-feira, novembro 05, 2025

MULTICULTURALISMO - EM FRANÇA, UM EGÍPCIO COM ORDEM DE EXPULSÃO ATACA FISICAMENTE E AGRIDE SEXUALMENTE UMA BRASILEIRA

Uma turista brasileira que pensava estar segura em França diz que já não se atreve a sair de casa após uma tentativa de estupro chocante por um agressor árabe num comboio de passageiros pela manhã.
A vítima, Jhordana, embarcou no comboio em Paris na manhã de Mércores com destino a Juvisy-sur-Orge, em Val-de-Marne, para onde se tinha mudado recentemente para morar com o irmão. Na estação de Choisy-le-Roi, por volta das 8h30, a maioria dos passageiros desembarcou, deixando o vagão vazio. Acreditando estar sozinha, logo percebeu que um homem a observava. Ele saiu brevemente do comboio, mas retornou assim que as portas se fecharam, restando apenas os dois dentro. “Ele caminhou na minha direcção sem dizer uma palavra. Entrei em pânico e levantei-me”, contou ela ao Le Parisien por meio do seu irmão, que traduziu o seu relato. “Empurrou-me então, ainda sem dizer uma palavra. Tentei escapar, mas ele abaixou-me as calças. É evidente que ele estava a tentar violar-me.” O agressor mordeu-a no lábio quando ela resistiu, deu-lhe bofetadas e apalpou-lhe as nádegas e os seios. Quando ela tentou pedir ajuda, ele colocou a mão em volta do pescoço dela para impedi-la de gritar. "Estrangulou-me para me silenciar. Foi aí que senti que já não tinha forças", recordou Jhordana. "Vi-me a morrer."
Uma passageira que ouviu os gritos interveio, interrompendo o ataque e filmando o suspeito enquanto ele fugia para a plataforma. O Remix News publicou as imagens que mostram uma mulher de meia-idade a exigir que o agressor permanecesse no comboio e aguardasse as autoridades. O vídeo termina mostrando o agressor a sair do comboio na próxima paragem e a fugir a pé.
“Não tenho palavras suficientes para lhe agradecer”, disse Jhordana sobre a mulher. “O que teria acontecido se ela não tivesse chegado enquanto ele me estrangulava? Eu poderia ter morrido.”
A polícia iniciou uma investigação sobre o ataque, mas, até ao momento da publicação desta notícia, o suspeito permanece foragido.

“O facto de ele estar solto deixa-me muito nervosa. Já não me atrevo a sair de casa”, disse Jhordana. “Também penso em todas as mulheres que ele pode atacar nos próximos dias. Estou convencida de que ele já fez isso antes e fará de novo.”

O seu irmão, Cícero, disse que ficaram chocados com a possibilidade de um ataque como este acontecer em França. "Como brasileiros, jamais imaginaríamos que algo assim pudesse acontecer aqui", afirmou. Jhordana acrescentou que presumia que os transportes públicos seria seguro num país desenvolvido: "Dizem que a França é um país altamente desenvolvido, mas não vejo nada aqui que realmente proteja as mulheres de agressões nos transportes públicos. Na Mércores, fui deixada à própria sorte."

Ela destacou que, nas cidades brasileiras, é comum haver vagões exclusivos para mulheres. "Nada aqui protege realmente as mulheres de agressões nos transportes públicos", disse ela. "Não sei se quero ficar em França depois disto."

As suas preocupações surgem num contexto de um crescente alarme sobre a segurança das mulheres em autocarros e comboios franceses. De acordo com o Observatório Nacional de Violência contra a Mulher (Miprof), o número de vítimas de violência sexual nos transportes públicos aumentou 86% nos últimos 10 anos. Somente em 2024, 3374 pessoas foram vítimas de violência sexual nos transportes públicos – 6% a mais do que em 2023 e 9% a mais do que em 2022.

As mulheres representam 91% das vítimas, e três quartos delas têm menos de 30 anos. Quarenta e quatro por cento de todas as vítimas estão na região de Paris. Os dados também mostram que os estrangeiros estão desproporcionalmente representados nestes crimes: 63% dos presos por agressão sexual e 92% dos presos por pequenos furtos em transportes públicos em 2019 eram estrangeiros. “Embora a maior parte da violência contra as mulheres seja cometida por membros do seu círculo íntimo, o facto é que os espaços públicos, e particularmente as redes de transporte público, continuam a ser locais onde as mulheres estão expostas à violência sexista e sexual assim que neles entram”, disse a Secretária-Geral da Miprof, Roxana Maracineanu.

Dados divulgados em Setembro pela agência francesa INSEE mostram que 64% dos roubos violentos, agressões físicas e violência sexual nos transportes públicos de Paris são cometidos por estrangeiros, sendo que os norte-africanos – que representam apenas 3,4% da população – são responsáveis ​​por 43%. Em toda a França, os estrangeiros foram responsáveis ​​por 41% desses crimes em 2024.

A maioria das mulheres na região de Paris afirma agora sentir-se insegura nos transportes públicos — 56% relataram ter medo de usar a rede ferroviária e 80% disseram permanecer em constante estado de alerta.
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Fonte: https://rmx.news/article/hero-woman-stops-arab-attackers-attempted-rape-on-paris-train-as-brazilian-tourist-says-she-no-longer-feels-safe-in-france/


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Um imigrante egípcio sujeito a uma ordem de deportação não executada foi acusado de tentativa de estupro de uma jovem brasileira a bordo de um comboio suburbano perto de Paris, anunciaram as autoridades francesas na noite de Soles.

O Ministério Público de Créteil informou que solicitou a prisão preventiva do suspeito de 26 anos e que foi aberta uma investigação judicial “para identificar outras possíveis vítimas”.

O ataque ocorreu a 15 de Outubro entre Villeneuve-le-Roi e Choisy-le-Roi, em Val-de-Marne. A vítima, Jhordana, uma brasileira de 26 anos que se tinha mudado recentemente para França, contou ao jornal Le Parisien que o homem se aproximou dela sem dizer uma palavra. “Ele caminhou em minha direcção sem falar. Entrei em pânico e levantei-me. Então empurrou-me, ainda sem dizer uma palavra. Tentei escapar, mas ele abaixou-me as calças. Ficou claro que ele estava a tentar violar-me. Estrangulou-me para que eu me calasse. Depois disso, senti que já não tinha forças”, relatou.

Os gritos dela chamaram a atenção de outra passageira, Marguerite, que interveio, filmando o homem e obrigando-o a fugir. “Vi a boca dele, as mãos dele a tocar-lhe. Era preciso fazer algo. Agarrei no meu telemóvel e filmei. Disse-lhe que ia chamar a polícia, pedi que ele se afastasse”, contou Marguerite ao jornal.

A presidente regional Valérie Pécresse elogiou posteriormente a "coragem" da mulher e disse que ela seria condecorada com a medalha da Île-de-France. Jhordana, que ficou com hematomas e traumatizada, recebeu cinco dias de licença médica.

O suspeito foi localizado e preso nove dias depois em Mantes-la-Jolie (Yvelines), após os investigadores utilizarem imagens de câmaras de segurança, depoimentos de testemunhas e dados de telemóveis. A polícia encontrou com ele uma sacola contendo uma caixa de tintura permanente para cabelo, sugerindo que ele pretendia alterar a sua aparência para evitar a captura, segundo a imprensa francesa.

Durante o interrogatório, o homem teria admitido ter-se envolvido em "altercação" com a vítima, mas negou qualquer intenção sexual. Os promotores confirmaram que ele é de nacionalidade egípcia, tem 26 anos, está sob ordem de expulsão do território francês (OQTF) e não era conhecido pelas autoridades policiais.

O advogado de Jhordana, Eduardo Mariotti, disse que a sua cliente "elogia a eficiência do trabalho dos investigadores, que levou à rápida detenção do indivíduo".

Desde que as imagens do ataque foram divulgadas nas redes sociais, a polícia recebeu relatos adicionais de mulheres que reconheceram o suspeito. Uma estudante de 20 anos disse que ele se sentou ao lado dela na mesma linha de comboio e se começou a tocar por baixo da roupa, enquanto a filha de outra mulher disse que a sua mãe tinha constatado comportamento semelhante semanas antes.

Os promotores pediram que quaisquer outras vítimas se apresentem, visto que a investigação continua.

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Fonte: https://rmx.news/article/egyptian-migrant-under-deportation-order-charged-over-attempted-rape-of-brazilian-woman-on-paris-train/