terça-feira, agosto 05, 2025

GENES E JEANS


Sydney Sweeney é a protagonista da nova campanha publicitária “Great Jeans” da American Eagle. A nova colecção de Outono da marca norte-americana de roupa de ganga, pensada para os mais jovens, foi apresentada recentemente.
Na promoção da campanha, feita nas redes sociais da marca, vê-se um vídeo, que já ultrapassou um milhão de visualizações, no qual a estrela de Euphoria aparece junto de um cartaz de si mesma, vestida com as peças da colecção. No cartaz lê-se a frase “Sydney Sweeney has great genes” (Sydney Sweeney tem óptimos genes), antes de a actriz riscar a palavra "genes" e a substituir por "jeans", as calças de ganga.
O jogo de palavras que alude à genética da actriz norte-americana é recorrente nas publicações que promovem a campanha. Num outro vídeo partilhado no Facebook da American Eagle, Sydney Sweeney, uma jovem loira e de olhos azuis, fala directamente para a câmara: “Os genes são transmitidos de pais para filhos, determinando frequentemente características como a cor do cabelo, a personalidade e até a cor dos olhos. As jeans são azuis” — oralmente, a palavra "jeans" e "genes", em Inglês, são em tudo semelhantes.
Além da alusão aos traços genéticos da actriz, está também subentendida na campanha uma sexualização da mesma, algo que não é novidade para Sydney Sweeney. As poses utilizadas nas sessões fotográficas que promovem as peças da colecção não são o único factor que insinua essa sexualização. A mesma está também implícita num vídeo no Instagram, no qual a actriz aparece com as novas calças de ganga da marca, enquanto diz num tom sedutor “Aposto que queres experimentar estas calças”.

A crítica de Doja Cat e o contraste entre reacções
A conhecida rapper e cantora Doja Cat foi uma das várias pessoas que criticou o anúncio da American Eagle. Num vídeo publicado no TikTok, a artista norte-americana reproduz, em tom de gozo e com um sotaque propositadamente exagerado, uma das frases ditas por Sydney Sweeney na campanha. São vários os utilizadores que apoiam a posição da rapper em relação à colaboração entre a marca americana e a actriz. “Sabes que é mau quando até a Doja Cat goza com isso” ou “adeusinho, American Eagle”, são algumas das reacções que se lêem na caixa de comentários.
Tal como é recorrente, a rede social X foi mais uma vez palco para o contraste entre opiniões. Depois do lançamento da nova campanha, tanto a marca como a actriz foram alvos de fortes críticas por parte de utilizadores que defendem que o anúncio é uma óbvia alusão à “supremacia branca”, à “propaganda nazi” e à “eugenia”. Nas publicações é notória a preocupação das pessoas sobre o impacto que a campanha pode ter, tendo em conta o clima político que se vive actualmente nos EUA: “Há algo profundamente perturbador sobre um anúncio que faz alusão à eugenia ser exibido enquanto a América constrói campos de concentração e financia o genocídio fora do país”, escreve um utilizador.
Por outro lado, há quem elogie a colaboração. Também na rede social X, vários utilizadores compararam, num ângulo de superioridade, a campanha com outros trabalhos publicitários feitos no passado por marcas de renome como é o caso da Calvin Klein, conhecida por campanhas que promovem a inclusão. Nas publicações partilhadas, lê-se repetidamente a expressão “A era woke está morta”.
Esta não é a primeira vez que Sydney Sweeney é o centro de polémicas e alvo de críticas nas redes sociais. A actriz mundialmente conhecida devido ao seu papel na série Euphoria já deu que falar em várias ocasiões.
Uma delas foi no lançamento de um sabão feito com a água suja dos seus próprios banhos, em Maio do ano passado. O produto, desenvolvido em colaboração com a marca Dr. Squatch e com o nome de “Sydney's Bathwater Bliss”, gerou controvérsia pelo conceito em si e também pela divulgação feita nas redes sociais da actriz, que adoptou um tom provocativo e direccionado para o público masculino.
Na área da moda, Sydney Sweeney já apostou numa colecção de swimwear com a marca Frankies Bikinis, em 2023 e, mais recentemente, numa marca de lingerie patrocinada por Jeff Bezos. Ambos os projectos foram alvos de críticas devido à sexualização da actriz.
Mas a artista australiana não é a primeira celebridade a estar associada à sexualização por parte de marcas de vestuário. Kate Moss e Brooke Shields são outros dois nomes que causaram polémica com as suas colaborações com a marca Calvin Klein, em colecções de calças de ganga, há algumas décadas.
Numa entrevista à BBC, a actriz britânica Kate Moss revelou que se sentiu “vulnerável, assustada e objectificada”, durante a sessão fotográfica da colecção. Já a protagonista do filme Lagoa Azul, Brooke Shields, embora admita na altura não ter percebido o duplo sentido do slogan da campanha da qual foi cara ("Querem saber o que se mete entre mim e as minhas Calvin? Nada.”), continua a achar o anúncio “divertido, inocente e sexy como tudo”. Em Setembro do ano passado, Shields chegou a leiloar um dos pares de calças que utilizou no anúncio polémico da Calvin Klein, em 1980.

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Fonte: https://www.publico.pt/2025/07/30/impar/noticia/sydney-sweeney-volta-causar-polemica-anuncio-american-eagle-2142273
Agradecimentos a quem aqui também trouxe esta notícia.

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Já tinha lido uma referência a este caso há uns dias largos, mas fui adiando um comentário, até que, ontem à noite, o noticiário nocturno da SIC mostrou que a coisa ainda é notícia polémica...
Claro que a Inquisição Anti-Racista, braço da Santa Madre Igreja do Anti-Racismo e do Multiculturalismo dos Últimos Dias do Ocidente (SMIARMUDO) não podia perder esta oportunidade para incitar ao ódi... quer-se dizer, à «indignação!» contra quem quer que pronuncie ou pareça pronunciar publicamente uma apreciação estética por gente de raça branca... Note-se que o texto dito pela actriz não tem uma só palavra a expressar superioridade ou desprezo por outras estirpes, ou fenótipos, mas isso não interessa, o branco é sempre suspeito de racismo, aliás, melhor dizendo, o branco é sempre culpado de racismo, só por existir, e deve ter consciência da sua «responsabilidade histórica», ou seja, da culpa que carrega, ou deve carregar, só por ter nascido filho de europeus ou euro-descendentes... pelo que deve ser recordado, tantas vezes quanto possível, da sua herança «maldita» para fazer a devida mea culpa... é, em tudo, como uma religião: tal como um cristão fica indiferente a um feriado judeu mas assinala um feriado cristão, e um judeu fica indiferente a um feriado hindu mas assinala um feriado judeu, também um antirra, praticante fiel da SMIARMUDO, fica indiferente a um caso de racismo contra brancos mas assinala, aos gritos de «blasfémia!» um caso ou sequer suspeita de «racismo!» branco... porque isto do credo não basta declará-lo, é preciso praticá-lo, e tão assiduamente quanto possível...