IGREJA CATÓLICA NÃO APRECIA NOVA LEI DE ESTRANGEIROS...
O Fórum de Organizações Católicas para a Imigração (Forcim) pediu esta Lues ao Presidente da República que sujeite as alterações à lei de estrangeiros ao Tribunal Constitucional e lamentou que o tema esteja "refém de ideologias políticas".
Após uma audiência na Presidência da República, Eugénia Quaresma, directora da Obra Católica Portuguesa de Migrações e coordenadora do Forcim, disse que a comitiva foi recebida pela chefe da Casa Civil, obtendo a "garantia de que vão fazer chegar todas as posições ao senhor presidente", principalmente a questão do reagrupamento familiar e as limitações aos recursos judiciais.
A nova lei limita o direito dos requerentes a recorrerem à justiça para contestar chumbos no processo e impõe um prazo de dois anos após a atribuição da autorização de residência para que se possa pedir o reagrupamento familiar de familiares não menores.
Há "uma medida que roça o inconstitucional, que é retirar um direito que é constituído e consagrado na Constituição, que é do dos migrantes poderem interpor recurso directamente à justiça" e, depois, "fizemos chegar análises mais detalhadas", afirmou à Lusa Eugénia Quaresma.
"Uma das nossas preocupações foi o modo como o processo foi gerido. Nós não negamos a necessidade de regular as migrações, só achamos que este assunto não pode estar refém de ideologias políticas e tem de haver aqui um consenso em torno de princípios".
Os "princípios nos quais a Igreja acredita e conduz toda a acção há séculos e que vêm sendo actualizados através do magistério da Igreja" estão de acordo com "princípios constitucionais, democráticos, directivas europeias e a Carta dos Direitos Humanos", recordou a dirigente católica, apelando a que exista um "consenso político nacional" sobre o tema, para evitar a "instrumentalização dos imigrantes", procurando gerar "algum alarme social, seja para um lado, seja para o outro".
O diploma, aprovado pelo Governo e em apreciação por Marcelo Rebelo de Sousa, "põe em causa as instituições democráticas" porque "não foram ouvidas instituições", alertou Eugénia Quaresma.
"O cidadão quer poder confiar na justiça e quer poder confiar na autoridade do Governo, mas tem que haver transparência no processo e clareza, num diálogo com todas as instituições da sociedade civil", algo que "não aconteceu", salientou a dirigente do Forcim.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://www.publico.pt/2025/07/21/sociedade/noticia/igreja-catolica-pede-pr-envie-lei-estrangeiros-tribunal-constitucional-2141220
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Significativo e previsível. Salienta-se esta passagem: «achamos que este assunto não pode estar refém de ideologias políticas e tem de haver aqui um consenso em torno de princípios», ou, dito doutro modo, «este assunto não pode ser abordado por outra ideologia que não a nossa e os nossos princípios ideológicos têm de estar assegurados», tanto que logo a seguir, no texto, isto mesmo é confirmado: «os "princípios nos quais a Igreja acredita e conduz toda a acção há séculos e que vêm sendo actualizados através do magistério da Igreja" estão de acordo com "princípios constitucionais,», ou seja, os ideais da Cristandade organizada coincidem com os da actual elite reinante que ditou a Constituição, o que, acrescento, só pode surpreender quem não saiba que o cerne da moral laica da actual elite ocidental é nada mais do que a moral universalista cristã em versão laica, frequentemente ateia.
É isto o verdadeiro cerne moral do Cristianismo, tanto agora como há dois mil anos, quando o crucificado da Galileia mandou amar sem fronteiras e desprezou ostensivamente os laços de sangue, o que levou a que, um século depois, Justino o Mártir declarasse «nós que vivíamos separados uns dos outros mercê a nossa diferença de raça, vivemos agora todos juntos devido à vinda de Cristo».
É este o maior inimigo do Nacionalismo, como mais uma vez se confirma. Olha se a Igreja ainda tivesse neste país o poder que tinha há quarenta anos... depois ainda há uns conservadores armados em nacionalistas que queriam ver mais nacionais a ir à igreja, já se vê como esta porção da Europa ia ficar, mulatizada sob a cruz do Judeu Morto...
É cada vez mais nítida a incompatibilidade entre o credo cristão e a mais elementar lógica nacionalista.
É cada vez mais nítida a incompatibilidade entre o credo cristão e a mais elementar lógica nacionalista.
Etiquetas: Nacionalismo X Cristianismo
5 Comments:
Talvez dos melhores documentários, senão o melhor, que vi sobre a origem dos portugueses, bem explicado:
Origins of The PORTUGUESE
https://www.youtube.com/watch?v=BiLLEJ_rfM8
E já agora, saíram os resultados com as coordenadas de adn G25 de imensas amostras de adn do estudo: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.12.612544v1
De practicamente todos os períodos desde o neolítico, com excepção da idade do ferro que é mais difícil devido à incineração que era feita. Locais das amostras e épocas: https://imgur.com/a/zDPsZ8t
Como em boa parte dos casos tenho sempre um pé atrás de muitas das conclusões de alguns estudos, porque às vezes existe uma agenda em muitos deles, com a saída das coordenadas do G25 consegue-se analisar as coisas e validar o que lá está.
Alguns pontos, que validaram boa parte do que já se sabia:
1. As amostras do neolítico, quase todas da zona de Leiria (cova da lapas) não tinham adn yamnaya, eram 75% agricultor do neolítico e 25% caçador recolector, e com alguma % residual de taforalt/iberomaurusian, mas baixo, cerca de 1%. Estas amostras estavam mais próximas dos sardenhos modernos, nenhuma surpresa
2. De um ponto de vista macro, os portugueses nos últimos 6000 anos até ao presente estiveram sempre numa mesma área em PCA relativamente próxima: https://imgur.com/a/zFyXInD
Claro que se aumentarmos a escala, vemos ao longo das eras algumas variações e shifts - exemplo idade do bronze com a entrada indo-europeia.
3. As amostras da idade do bronze são todas do Alentejo zona de Évora - monte cabida, e depois do baixo Alentejo torre velha e outeiro alto, nota-se a entrada do adn dos p-indo-europeus: https://imgur.com/a/C3FPdnd Está uma amostra da idade do cobre que não tem nenhum adn yamnaya, tudo certo historicamente e engraçado que quase todas as amostras já têm algum adn taforalt/iberomaurusian, isto há 3400 anos atrás, lá se foi novamente o mito que foram os "mouros". Como estas amostras da idade do bronze ainda tinham valores bastante elevados de WHG, que ainda não tinha sido diluído com o passar dos séculos com o acumular da vaga indo-europeia e também da idade do ferro (urnfield), as amostras estão mais proximas dos bascos modernos, que têm essa característica, menos adn da Estepe e mais Caçador Recolector do Ocidente (whg): https://imgur.com/a/pC8a5XX Tudo como esperado e como se sabia.
(....) continua
(...)
4. Época Romana: Temos 5 amostras de Idanha a Velha, na verdade, temos 6 amostras, só que apenas 5 foram sequenciadas e dá para ver o adn autosomal das mesmas, duas são claramente dois outliers, no mapa do estudo: https://imgur.com/a/07OjBtx vê-se uma delas ID_25538 que é quase 25% iberomaurusian(proto-berber), ou seja alguém de fora (do norte de africa) e por isso não está com as outras. Como dá para ver nas restantes amostras, estão no mesmo cluster que os portugueses modernos (sec xix) que estão a rosa na imagem acima, as amostras da idade do ferro à esquerda são da zona basca, de outro estudo qualquer pois pouco temos amostras do Ocidente ibérico desse período, temos apenas algumas da late iron age de Conimbriga. Para concluir, as três amostras que saíram sequenciadas deste estudo eram como os portugueses e espanhóis modernos ou pouco diferentes (com um pouco menos de steppe, um pouco mais de whg e um pouco mais de taforalt, mas iguais na generalidade: https://imgur.com/a/wu7xuXP
Mas se reparares, nessa imagem, no modelo de cima, essas amostras do periodo romano tinham basicamente os mesmos componentes basal( steppe+farmer etc) que os portugueses e castelhanos modernos, mas modelado com componentes mais recentes (modelo de baixo nessa mesma imagem), deu-me valores estranhos, muito menos celta, o que me leva a crer que pós império romano, o segmento da estepe foi "enriquecido" com adn da Europa central, mas não tenho a certeza, são apenas 3 amostras. Mas de uma forma geral e como já sabíamos das várias amostras que tínhamos de Portugal no império romano (miroiço e conimbriga) quem cá vivia no final da idade do ferro e império romano era como os portugueses modernos e depois encontramos outliers, já no miroiço estavam lá, de pessoal vindo de fora, do norte de africa e mesmo de outros sítios, nada de novo, acontece igual nas amostras de Espanha, da Sérvia, de França, Itália, até de Inglaterra: https://imgur.com/a/y57o1Iw Um egípcio em Inglaterra no Império Romano, acho que este outlier já vai servir para algumas agendas dizerem, vejam, os ingleses eram egipcios ehehe
5.Na Época dos Visigodos, temos 4 amostras, que sinceramente não me parece que digam grande coisa, todas elas são do Norte ou do Centro do país, Castro de Avelãs em Bragança, outra no Freixo de Numão e outra em Idanha a Velha, esta de Idanha parece-me um basco (ID_22987), todas as amostras estão na zona portuguesa/espanhola moderna: https://imgur.com/a/ffd9i1q mas com algumas variações. Duas das amostras são do ano 750, ou seja já seriam mais do período islâmico, mas como provavelmente nasceram nos inícios de 700, percebe-se a logica deles. Sinceramente não consigo concluir grande coisa destes 4 indivíduos, além de haver continuidade e pelo que parece pouca mudança, uma das amostras parece-me ter + adn germanico, e no estudo dizem isso, só que não o manda muito para norte, ficam aqui as proximidades deles e o adn autosomal: https://imgur.com/a/wPkUFUZ Uma delas no ano 600 em Bragança, além de ter o normal 5% de adn taforalt também tinha algum levantino.
(...) continua
(...)
6. Período Islâmico, as amostras são todas associadas a cemitérios/necrópoles islâmicas, de Santarém Ribatejo e de Loulé no Algarve, inclusive fui verificar se nas fontes da arqueologia (que não vinha no estudo) se se confirmava que estavam virados para Meca e e sim, estavam. As amostras de Santarém são de 850, já mais de um século do inicio do controlo e ocupação (que supostamente foi em 711), e as de Loulé já são todas, quase do final do domínio islâmico, entre 1150 e 1300, se não me engando em 1249 acaba a Reconquista do algarve com a queda de Faro, depois de já ter caído Cacela, Silves, Loulé . Quase todas as amostras estão geneticamente até mais próximas de um inglês, ou francês ou austríaco que estão de um marroquino, ahahha, a população que estas amostras estava mais próxima actualmente é a população das ilhas Canárias (espanhóis das canárias) . Uma delas não, pois é um outlier evidente (24179), era quase 30% subsariano, seria um escravo? não sei. No geral já teriam adn proto-berber mais elevado que os espanhóis e portugueses modernos, que actualmente marcam 2-5% taforalt, estas amostras (6 amostras) destes cemitérios islâmicos eram entre 8 a 14% taforalt e algumas também tinham algum adn levantino(arabe), que não existe nos portugueses modernos. Isto parece-me claramente autóctones que ao longo dos séculos se converteram ao islão, e que se juntaram às elites militares Berberes/arabes e como tal integraram algum adn deles, mas não o suficiente para estarem muito longe dos europeus, nem sequer estavam perto dos berberes, ou seja, quem muito provavelmente geria parte do al-andalus pouco tinham de marroquinos.
Imagens:
https://imgur.com/a/ids50qC
https://imgur.com/a/y1drBqD
E note-se que isto são cemitérios islâmicos, não eram os moçarabes.
Em Espanha os resultados são parecidos, os canários em primeiro lugar, no entanto olha para esta amostra em Espanha, seriam estilo os de cima dos cemitérios islâmicos por adn, mas tinham fenotipos nórdicos? olho azul e cabelos claros: https://imgur.com/a/wWjefy8
7. Reconquista e fundação de Portugal + Reino de Portugal e séculos seguintes:
As amostras da Reconquista, que em boa parte dos casos já são contemporâneas do período das de cima, só que definem tudo, os portugueses (de norte a sul) são efectivamente os filhos da Reconquista, existe uma continuidade muito ancestral que pode ir até à idade do bronze e no período romano igual, os portugueses são mais ou menos a mesma gente que cá vivia no periodo romano com excepção dos outliers., é certo, mas as amostras da reconquista ano 1100 de Bragança e do Douro e depois já de 1300 de Santarém etc não só já eram como os portugueses modernos, como estes são os que fazem a Reconquista contra os islamicos e vencem os mesmos substituindo-os por expulsão, derrota militar e demográfica, li isto sobre estas amostras e parece-me um bom resumo:
"The post Roman/Visigothic population seems to remain the standard genetic structure for Portugese to this day. There is a considerable shift towards proper 'arab' populations during the Islamic era for specifically Islamic burials but similar to the roman era north african outliers, they do not last. Meanwhile the contemporary Catholic population in Iberia during this period remains still representative of the Visigothic/post roman population and genetically replaces the islamic population through expulsion and superior fertility/demography after the reconquista."
Uma das amostras do ano de 1100 da zona de Bragança, Torre Velha (22989) parece ser um francês/belga, algum cruzado provavelmente: https://imgur.com/a/RXeme9O tem mais Steppe: https://imgur.com/a/DjHPaKm
As outras são tipicamente como os portugueses modernos.
As amostras de Santarém do ano de 1300 idem, como os portugueses modernos na totalidade: https://imgur.com/a/OFCzUAC
e igual nos séculos seguintes (XVIII, XIX), amostras de Coimbra, Sintra
Basicamente é isto.
Mães em Inglaterra a marchar para a câmara a dizer salvem as crianças.
Exigem o fecho de um hotel de imigrantes
https://x.com/addicted2newz/status/1948445577739411794?t=sqiSJv4EHJO4QJsHOeP2aA&s=19
Não é só esse forum ... olha este: https://observador.pt/opiniao/imigracao-acolhimento-e-responsabilidade/
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