MAIS UMA EPISÓDIO DE IMPUNIDADE ALÓGENA PARA FICAR REGISTADO NA HISTÓRIA DA TERCEIRA REPÚBLICA
Já é de há alguns dias, mas continua infelizmente actual, e vai sê-lo sempre, actual, enquanto não se fizer justiça, seja amanhã, seja daqui a vinte anos...
12 gajos armados com ferros espancam brutalmente um casal, o acto está filmado, eles estão inequivocamente identificados... e mesmo assim ficam em liberdade?
E os demais envolvidos, como ficam?
Como fica a criança que viu o pai a ser agredido no chão até deixar de se mexer?
Como ficam os portugueses que assistiram ao sucedido e constatam a impunidade ostensiva dos agressores?
Qual é a mensagem que fica de um episódio destes?
Fica bem à vista que nem a polícia nem sequer os tribunais podem proteger o cidadão contra indivíduos que nem sequer são da etnia dominante no país, o que significa que esta as pessoas da etnia maioritária nem na sua própria terra estão seguras e têm garantia de justiça. Se isto sucedesse a um português nas Arábias, na China, no Ruanda, era fácil os demais portugueses que assistissem ao quase linchamento concluírem: «assim que pudermos, vamos embora daqui para fora, para a nossa terrinha, lá somos donos do País...» Mas NÃO. Não há sequer esse consolo e essa promessa de segurança.
O que resta então ao português de Nação?
É muito óbvio o que resta - votar o mais que puder numa alteração do sistema, votando então tanto quanto puder em qualquer partido da Ultra-Direita que estiver mais perto, ou menos longe, de exercer algum poder, seja ele qual for.
A partir daqui, e depois de uma cena destas, quem quer que se surpreenda diante das votações do Chega, ou tem andado emigrado no Japão, ou tem um atraso mental, ou então tem merecido um escarro nas trombas.
Já não é uma questão de «medo» ou de segurança - é, antes de mais nada, uma questão de dignidade.
Quem é agredido ou de algum modo atingido por outrem, quererá ver feita justiça, ou então pura e simplesmente vingar-se.
Quem disser que não é assim, varia entre a ingenuidade angelical, a parvoíce e a mais parola hipocrisia, quando não um sistema de valores que prima pela mais invertebrada imundice.
Votar na Ultra-Direita já é uma vingança, uma vingançazita. Ver, numa noite de eleições, carantonhas anti-racistas das elites distorcidas pela indignação e por pungente infelicidade diante dos resultados dos «fachos», isto só por si já é um consolo. Pequenito consolo, bem-entendido. Pequenito consolo porque, a seguir ao directo das eleições, estas figuras vão porventura beber um copo em bar da alta ou relaxar em lauto jantar na noite lisboeta, ou portuense, antes de retornarem tranquilamente aos seus respectivos domicílios em condomínios fechados. Deste modo, é realmente pouco que só fiquem tristes de quatro em quatro anos ou pouco mais. Claro que esta tristeza ofendida das elites pode tornar-se mais frequente. Neste momento, em Outubro de 2025, já há um bocadito mais do que isso. Saber que se sentam diariamente sessenta (60) representantes dos referidos «fachos» na Assembleia da República Portuguesa, e que a sua presença incomoda profundamente os mesmos que andaram décadas a criar o actual sistema de impunidade de certas minorias, saber que isto já está a acontecer, que os culpados disto estão diariamente a ser ofendidos em profundidade, gravemente feridos na alma, por constatarem, cada vez mais, que o «povinho» não só não os reconhece como seus tutores morais como ainda por cima vota cada vez mais no «inimigo», no Facho que incendeia o circo dos palhaços ricos, no Nacionalista que comete o «pecado mortal» do «racismo!», esta infelicidade diária dessa «gente» das elites pêésses, bloquistas, pèéssedistas, cêdêéssistas, isto em si já começa a ser, melhorzito, mas ainda sabe a pouco - vai ser preciso algo mais, e com juros retroactivos.
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https://m.youtube.com/watch?v=_4HYxYF4998
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