quarta-feira, janeiro 15, 2025

IDENTIDADE - SINAL DE TRANSCENDÊNCIA

A vida humana é finita, logo, relativa - depende do tempo.
Neste contexto, o humano é, efectivamente, relativo. O seu pensamento é condicionado pelas circunstâncias e pelas influências às quais está sujeito. É mutável. As suas escolhas partem de uma mente condicionada por uma série de influências.

O que define a sua existência, todavia, não é por ele escolhido. Não se escolhe a Raça, a Nação, a Família em que se nasce. Nem sequer se escolhe, originalmente, o seu próprio nome.

Há portanto nele algo que o precede e o ultrapassa como ser mutável, pois que a identidade não muda - ninguém muda de raça, de nação ou de família naturalmente.
Mesmo que por algum motivo individual, social, emocional, rejeite a sua própria família, não conseguirá apesar disso mudar o seu sangue de maneira a diferenciá-lo do dos seus pais; e, se escolher mudar de nome, será sempre visto como alguém que não se adaptou bem ao seu verdadeiro nome. Chamar-lhe o nome original em tom jocoso, por exemplo, de imediato se classifica como «dizer o verdadeiro nome», precisamente porque é o nome que lhe foi dado na raiz e que não escolheu.

Ora será o corpo racial, nacional, familiar, onomástico, algo de eterno? 
Não. 
Muda. 
Sucede, não obstante, que, na medida em que define um indivíduo, não é mutável, como notado acima. 
Trata-se portanto de um conjunto de elementos mutáveis em si, no sentido material, que todavia funcionam, no seu contexto individual humano, como elementos que indiciam imutabilidade. 
A carne humana degrada-se, morre, mas define a totalidade da vida material do seu corpo; do mesmo modo, um papel no qual se desenhe o símbolo do infinito, expressa portanto a infinitude, ainda que o papel propriamente dito possa facilmente ser queimado e reduzido a cinzas. 
Do mesmo modo, a definição de Raça, Nação, Família, é algo que precede o indivíduo e nele permanece para sempre. É, por isto mesmo, um sinal da existência do Ser dentro das limitadas possibilidades do devir. Converge esta condição tendencialmente eternizante com o facto de que, tradicionalmente, na sua origem, a identidade de Raça, Nação e Família incluía uma dimensão religiosa, pois que todas as religiões antigas eram étnicas, ou seja, cada Povo tinha a sua própria religião, pelo que não havia Povo sem religião.
A Identidade é portanto a manifestação do Ser ao nível humano, constituindo por isso uma ponte para a transcendência, isto é, caminho para a Divindade

2 Comments:

Blogger emenda um anti despotismo woke said...

pra mim identidade é a essencia do ser se vc deixa de ser europeu vc deixa de ser a sua essencia morre é extinto

16 de janeiro de 2025 às 11:57:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, se um Povo europeu deixa de ser europeu, então está morto, a ser substituído por uma mistura.

16 de janeiro de 2025 às 12:02:00 WET  

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