BRUMÁLIA...
«Baco no trono - Ninfas a oferecer-Lhe vinho e frutas», por Caesar van Everdingen em 1658/1670 |
«A Juventude de Baco», 1884, por William-Adolphe Bouguereau
Dia 24 de Novembro é no calendário latino a celebração da Brumália, cujo nome significará «solstício de Inverno» ou «Frio de Inverno». Como festa da estação fria e da escuridão, era tempo de paz e de inactividade, portanto, de folguedos - convívio e festas. Trata-se pois de uma celebração de carácter nocturno. Os agricultores sacrificavam um porco a Ceres e a Saturno. Os proprietários de vinhas sacrificavam um bode a Baco, porque o bode era um «inimigo» das vinhas. Os magistrados levavam oferendas de vinho, mel, azeite, sementes) aos sacerdotes de Ceres. Nesta época, os Romanos cumprimentavam-se mutuamente com um «Vives annos», significando «Vive muitos anos».
Na era bizantina, este era pois o início de uma temporada de celebrações que durava até à Saturnália (17 de Dezembro), com festas nocturnas e bebida. Tiravam-se nesta altura prognósticos para o resto do Inverno.
Era prática comum que a cada dia desta celebração correspondesse uma letra grega. Assim, o 24 de Novembro era da letra Alfa (a primeira do alfabeto grego) e o 17 de Dezembro da letra Ómega (a última do alfabeto grego). Cada pessoa dava uma festa no dia da letra pela qual começava o seu nome.A celebração foi praticada até ao século VI, quando o imperador cristão Justiniano as proibiu, como parte da sua actuação contra o Paganismo. Todavia, teria continuado em Constantinopla até ao século X, embora nessa altura já estivesse cristianizada, tal como o Natal do actual Ocidente.
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