sexta-feira, abril 12, 2024

CERES E SILVANO ADORADOS EM BRAGA NO MÊS DE ABRIL, SEGUNDO A «MONARQUIA LUSITANA» DO SÉCULO XVII

Ceres, por Christine de Pizan, c. 1410-1414
Silvano em baixo-relevo romano presente no Museu Capitolino em Roma

«(...) dizem que celebrando-se na cidade de Braga da província da Galiza, uma grande festa em honra do ídolo de Silvano, que os gentios tinham por Deus dos Campos e Bosques, Lhe costumavam oferecer sacrifícios, juntamente com os de Ceres, que eles veneravam como advogada das sementeiras. E no mês de Abril quando cresciam os pães e floresciam os campos, vinham certos dias deputados para estas solenidades, nos quais a gente se saía ao campo coroada de flores, gastava certos dias com suas noites em festas, oferecendo ao ídolo de Silvano ramalhetes e capelas de flores, queijadas, natas e leite, em que coziam um cabrito, e quando se iam despedindo os dias da festa, matavam um porco preto em honra de Ceres, com grande festa e alaridos do povo, como se viessem em forma de montaria, e deste modo davam a solenidade por acabada, crendo que por aquele ano estariam as novidades prósperas e bem guardadas, pois tinham contentes os Deuses, que cuidavam ser protectores delas.(...)»

- In «Monarquia Lusitana», volume II, Livro Quinto, 34, Frei Bernardo de Brito, obra iniciada em 1609; refere nesta passagem uma cena ocorrida nos primeiros tempos da Cristandade na Península Ibérica, entre os séculos I e IV.
Vem mesmo a calhar neste dia, 12 de Abril, quando na Roma antiga se iniciavam os Ludi Cereri ou Jogos de Ceres... esta notícia narrada numa peça de cultura portuguesa de há uns séculos, baseada em fonte que desconheço, fortalece a noção de latinização desta grei do extremo ocidente europeu, estirpe de língua latina, o que, segundo os Lusíadas, faz Vénus ser afeiçoada aos Portugueses...

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O que dizes disto, ó Caturo?

https://youtu.be/DAV8vraJk3Y?si=uqbtZnyf22jksgtH

13 de abril de 2024 às 00:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.redicecreations.com/specialreports/2006/04apr/catholicislam.html

15 de abril de 2024 às 02:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«https://youtu.be/DAV8vraJk3Y?si=uqbtZnyf22jksgtH»

Sintomaticamente, é mui raro ver negras a dizer que não precisam dos homens negros... até podem entrar no coro feminista contra o patriarcado e etc. e tal, mas, em casos concretos, nunca ou raramente se levantam contra os «patriarcas» negros... quer porque a lealdade racial fala mais alto quer porque os colectivos ditos feministas embarcam quase sempre no «interseccionalismo», o que significa que, na prática, subordinam, implícita ou até explicitamente, a sua luta feminista ao ideário anti-racista, que a «religião» das elites é o anti-racismo, pelo que a sanha anti-racista raramente cede um só milímetro aos interesses feministas ou alegadamente feministas, bem pelo contrário...

18 de abril de 2024 às 01:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ou seja, o feminismo é inimigo do nacionalismo.

18 de abril de 2024 às 03:54:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, de modo algum. Não há rigorosamente nada na lógica feminista em si que seja contrário ao Nacionalismo. Quem determina a oposição entre estes dois conceitos são os rebanhos de ambos os lados:
- os homens conservadores que não admitem nenhuma contestação ao poder que julgam ser seu (usualmente, são também favoráveis ao imperialismo e ao domínio sobre os Povos mais fracos, embora odeiem a simples sugestão de que estariam a viver melhor se o seu país fosse dominado por outro - pudera, pimenta no olho dos outros é refresco e os mais fracos que se lixem, depois queixam-se de serem diabolizados);
- a Esquerda «anti-poder» cuja «religião» é o anti-racismo militante e que, numa lógica de união de todas as minorias contra o mau-opressor, cria o interseccionalismo, pondo ou querendo pôr o Feminismo ao serviço do seu anti-racismo, o que, ironicamente, é contrário à própria segurança e igualdade de género, uma vez que a presença maciça do terceiro-mundo em solo europeu só pode ter como consequência a destruição em diferentes graus dos direitos e até da segurança das mulheres.

O Feminismo que, de maneira completamente gratuita e forçada, se assuma como contrário ao Nacionalismo na Europa, é por isto mesmo ridiculamente suicidário, por motivo óbvio.

18 de abril de 2024 às 06:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ou então os homens que acham que é anormal as mulheres desprezarem os homens. É que desta maneira não se tem famílias felizes e estáveis.

E como todo o nacionalista sabe, a família é a base duma sociedade.

18 de abril de 2024 às 12:35:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A Família é um dos graus da Estirpe, tal como Nação e Raça; refiro-me à Família como unidade de laços de sangue, bem entendido. Sucede que famílias há muitas e, actualmente, já não se afirma a necessidade do casamento para que se efectue procriação e existam laços de sangue. A partir daqui, a defesa da Família tradicional deixa de ser crucial para que haja Nacionalismo, porque pode a Nação ser prolongada sem que haja matrimónios.

Quanto a mulheres que desprezem os homens, pois toda a vida houve homens que desprezaram abertamente as mulheres e nunca vi nenhuma força política preocupada com isso, excepto, em tempos relativamente mais recentes, algumas da Esquerda mais progressista. Sempre foram bem conhecidas as famílias em que os maridos descarregavam tradicional carga de porrada nas respectivas esposas, já para não falar dos casos em que as ditas eram mortas pelos ditos, o que não era nada favorável nem à felicidade nem à estabilidade das famílias. Já a pancadaria, bem, não ajudaria muito à felicidade mas ajudava à estabilidade, sim, só que foi uma estabilidade que tinha os dias contados, que as mulheres europeias não podiam aceitar isso toda a vida.

19 de abril de 2024 às 23:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Estás a confundir maltratar mulheres com não querer saber delas para nada. E existiram forças políticas que impuseram leis na sociedade para castigar esses maltratos, e de vez em quando lá aparece uma campanha contra a violência doméstica. Além dos inúmeros programas televisivos que
que combatem a dita violência expondo casos reais.

20 de abril de 2024 às 05:03:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não estou a confundir não, porque os homens que não querem saber das mulheres para nada, das duas uma, ou são homossexuais, pequena minoria de indivíduos do sexo masculino, ou então são os agora chamados «incels» que «não querem saber delas para nada» porque não as podem ter e/ou porque elas não lhes obedecem.
Quanto às forças políticas que impuseram leis para castigar maus tratos, e que fazem com que o tema da violência doméstica se discuta, são quase sempre de Esquerda. O conservadorismo até nisso prejudica a verdadeira unidade da Nação europeia.

25 de abril de 2024 às 04:37:00 WEST  

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