SOBRE O RECRUDESCIMENTO DO APOIO DOS MULÁS À CAMPANHA MUÇULMANA DE TERROR CONTRA ISRAEL DESDE HÁ MESES
Este artigo não foi escrito hoje ou na semana passada, ou sequer no início da campanha iniciada a 7 de Outubro, mas sim em Julho...
Os mulás do Irão procuram criar uma situação em que os Judeus não mais se sintam seguros no seu próprio país e assim sejam forçados a deixar Israel. Para atingir tal objectivo, os mulás incumbiram os seus representantes terroristas palestinos, Hamas e Jihad Islâmica Palestina (PIJ), a intensificarem a campanha terrorista contra Israel e contra os Judeus.
Os mulás também conseguiram recrutar para a sua Jihad (guerra santa), no intuito de eliminar os integrantes israelitas da facção dos palestinos ora no poder, a Fatah, chefiada por Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Ali Khamenei, líder supremo do Irão, declarou reiteradamente a sua intenção de apoiar qualquer grupo terrorista palestino que queira a destruição de Israel e a matança de judeus. A 14 de Junho, Khamenei escreveu o seguinte: "a Jihad Islâmica e outros movimentos de resistência palestina encontraram a chave mestra para combater o regime sionista. A crescente autoridade dos grupos de resistência na #WestBank é o elemento chave para colocar o inimigo sionista de joelhos, e o curso actual deve ser mantido."
Nos últimos 28 meses, o Hamas, a PIJ e outros grupos terroristas aumentaram os ataques contra Israel e contra judeus para agradar aos seus patrocinadores em Teerão e persuadi-los a fornecerem mais dinheiro e armamento.
Os líderes do Irão, do Hamas e da PIJ têm o mesmo objectivo: eliminar Israel e assassinar o maior número possível de judeus. Para eles tanto faz se o judeu vive em Israel ou na Cisjordânia. Na visão deles, todos os judeus são colonos, qualquer que seja o lugar onde vivam. Para eles, não há diferença entre Telavive e um assentamento judaico na Cisjordânia. Eles vêem Israel como um grande assentamento que deve ser varrido da face da terra.
O secretário-geral da PIJ, Ziyad al-Nakhalah, visitou recentemente Teerão e reuniu-se com líderes iranianos; revelou que o principal objectivo que está por trás do aumento dos ataques terroristas contra israelitas era fazer com que os Judeus se sentissem inseguros a ponto de deixarem o seu país. Uma delegação do Hamas chefiada por Ismail Haniyeh também visitou Teerão para discutir formas de intensificar a campanha de terror contra Israel.
Nakhalah destacou que os Judeus vieram para Israel para que pudessem viver em segurança e estabilidade. "Caso não encontrem estabilidade e paz, voltarão para o lugar de onde vieram", assinalou ele em entrevista concedida ao jornal iraniano Al-Vefagh: "Noutros países, os Judeus vivem em paz e prosperidade. O único lugar onde eles estão a ser mortos é na Palestina. Portanto, ao continuarmos a nossa luta, eles mudarão de ideia e perceberão que cometeram um erro histórico ao vir para este lugar. Eles perceberão que não há chance de vida para eles aqui e que, portanto, devem deixar o país."
Esta afirmação do líder do PIJ é importante porque mostra que os ataques terroristas palestinos contra Israel não estão a ser realizados por causa de postos de controle, assentamentos ou condições económicas adversas. A bem da verdade, o objectivo dos ataques é forçar os Judeus a deixarem o seu país e substituir Israel por um Estado islâmico controlado pelo Irão e seus representantes, em especial o Hamas e a PIJ.
Aqueles que acreditam que a campanha palestina de terrorismo é uma resistência legítima contra a "ocupação" na Cisjordânia estão redondamente enganados. Se isso fosse verdade, porque estariam então o Hamas e a PIJ a realizar ataques contra judeus em Telavive, Jerusalém e outras cidades israelitas? Assassinar um judeu num restaurante no centro de Telavive não é um acto de "resistência" contra uma "ocupação". Conforme enfatizou Nakhalah, líder da PIJ, o objectivo é fazer com que os Judeus se sintam inseguros e deixem Israel. Tanto ele quanto os seus patronos iranianos querem expulsar os Judeus não só da Cisjordânia, mas de todo o Estado de Israel. Ele é grato aos mulás do Irão por ajudarem os Palestinos a atingirem este objectivo.
Graças ao Irão, salientou Nakhalah, os grupos terroristas palestinos agora são capazes de fabricar as suas próprias armas.
"O Povo Palestino adquiriu muita experiência e expertise da Revolução Islâmica (iraniana) nos últimos 40 anos", ressaltou Nakhalah: "Hoje, os Palestinos fabricam as suas próprias armas, incluindo mísseis, morteiros e artefactos explosivos. Uma parte importante desta experiência foi adquirida pelo Povo Palestino dos nossos irmãos da República Islâmica e tem um enorme impacto. Os mísseis estão a ser usados para atingir as cidades ocupadas, em particular Telavive."
Nakhalah revelou que o seu grupo estava a trabalhar para intensificar os ataques terroristas contra Israel na Cisjordânia sob instruções de Khamenei que, segundo ele afirmou, é imperativo "fortalecer a resistência".
Quando o Hamas e o PIJ usam o termo "resistência", estão-se a referir a inúmeras formas de terrorismo, incluindo o lançamento de foguetes contra Israel, bem como ataques a tiro, esfaqueamentos e atropelamentos.
Também, seguindo as instruções dos mulás do Irão, a PIJ está a trabalhar para formar "batalhões de combate" em todas as cidades palestinas na Cisjordânia para realizar ataques terroristas contra Israel e contra judeus. Estes grupos, que são responsáveis por uma série de ataques terroristas nos últimos anos, compõem o Batalhão Jenin, Cova dos Leões, Batalhão de Nablus e Batalhão Balata, além dos milicianos filiados ao Fatah de Mahmoud Abbas. Estes grupos terroristas, segundo Nakhalah, são armados e financiados pelo Irão através da PIJ.
O mais preocupante das declarações de Nakhalah é a revelação de que a PIJ também está a armar membros da facção Fatah de Abbas. A Autoridade Nacional Palestina e suas forças de segurança são dominadas por partidários da Fatah que recebem os seus salários do governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de Abbas na Cisjordânia.
Se isto for verdade, as declarações de Nakhalah significam que o Irão e a PIJ se infiltraram na ANP, que há muito tempo recebe ajuda financeira dos Estados Unidos, União Europeia e outros países ocidentais. Agora que os membros do Fatah estão a ser financiados e armados pelo Irão e PIJ, é apenas uma questão de tempo até que toda a Autoridade Nacional Palestina seja transformada em organização terrorista.
"Fomos beneficiados com a abertura das bases da Fatah", salientou o líder da PIJ: "Entre as bases da Fatah, há segmentos que se opõem a um acordo entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina. Nós decidimos abrir-nos a esses segmentos, armá-los e ajudá-los".
A facção Fatah de Abbas já está a realizar ataques terroristas contra israelitas. Vários grupos terroristas da Fatah têm se gabado desses ataques, de acordo com a Palestinian Media Watch.
Mohammed al-Masri, Director do Centro Palestino de Estudos Estratégicos, reconheceu que a Fatah e as forças de segurança da Autoridade Nacional Palestina estão a capitanear a recente onda de terror contra os Israelitas. Ele afirmou que "63%-65%" dos "mártires" nos "confrontos diários" com Israel são da Fatah de Abbas - isto significa que cerca de dois terços dos terroristas mortos na Cisjordânia são da Fatah. Masri acrescentou que a maioria desses 63%-65% são oficiais das forças de segurança da ANP.
As mesmas estatísticas foram transmitidas pela Fatah na sua própria estação de TV Awdah: "mais de dois terços dos mártires na Cisjordânia durante o último ano e meio pertencem à facção Fatah e à Autoridade Nacional Palestina... Mais de 355 dos prisioneiros do nosso Povo Palestino são das forças de segurança palestinas."
A crescente cooperação entre a Fatah e o grupo terrorista PIJ, apoiado pelo Irão, deveria preocupar não só Israel e Mahmoud Abbas, mas todos os países ocidentais que continuam a ver a Autoridade Nacional Palestina como parceira para qualquer acordo de paz com Israel. Também deve servir de alerta à Administração Biden, que continua a procurar meios de passar a mão na cabeça dos mulás do Irão para chegar a um novo acordo nuclear com eles. Esta política de contemporização, incluindo a suspensão das sanções económicas contra o Irão e recompensando-o com biliões de dólares em dinheiro, provavelmente fortalecerá ainda mais os mulás e seus representantes e encorajá-los-á não apenas a prosseguir com a Jihad contra Israel, mas também "exportar a Revolução", conforme exigido pela sua Constituição: Na formação e aparelhamento das forças de defesa do país deve-se ter em conta a fé e a ideologia como critérios básicos. De modo que, o Exército da República Islâmica do Irão e a Guarda Revolucionária do Irão (IRGC) serão organizados em conformidade com este objectivo e serão responsáveis não só pela guarda e preservação das fronteiras do país, como também pelo cumprimento da missão ideológica da jihad segundo os ditames de Deus, ou seja: estender a soberania da lei de Deus por todo o mundo (o que está de acordo com o versículo do Alcorão: "prepare contra eles qualquer força que puder amealhar, fileiras de cavalos, incutindo medo no inimigo de Deus e no seu inimigo e outros além deles" [8:60]).
É bem provável que mais de US$100 biliões farão com que o Irão se junte à China intensificando a presença militar deles na América Latina, promovendo assim o objectivo de longo prazo de desalojar os Estados Unidos como maior superpotência mundial.
Caso a Administração Biden espere subornar os mulás para que não façam uso de armas nucleares, pelo menos durante a Administração Biden (depois disso presumivelmente tudo bem), ao mesmo tempo em que permite que os mulás tenham quantas armas nucleares quiserem, será tal plano realmente benéfico em termos de segurança para os Estados Unidos?
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Bassam Tawil, árabe muçulmano, radicado no Médio Oriente.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/19851/plano-ira-expulsar-judeus
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