quarta-feira, março 31, 2021

«RESPEITINHO» NUM PAÍS LIBERAL - TRADUÇÃO DE «DIVINA COMÉDIA» OMITE O NOME DE MAOMÉ NO INFERNO

Dante e Virgílio encontram Maomé no oitavo círculo do Inferno, cena do canto XXVIII da obra «Divina Comédia», de Dante Alighieri, em Génova, século XIV, imagem guardada na Bodleian Library MS. Holkham misc., 48p.42. 

Na Holanda, está a ser publicada uma nova tradução do tesouro literário «A Divina Comédia», escrita pelo poeta e escritor italiano medieval Dante Alighieri. Uma tradutora belga editou a famosa obra para ser "mais amigável e acessível", significando, entre outras coisas, que na primeira parte do livro, chamada Inferno, ela retrabalhou uma das principais passagens sobre Maomé e até omitiu o nome do Profeta islâmico.
Dante escreveu Inferno entre 1304 e 1307. Em entrevista à Radio 1, que descreveu a nova tradução holandesa como muito bonita, a tradutora Lies Lavrijsen justificou a omissão do nome de Mohammed dizendo que ela queria que a obra-prima estivesse disponível para o maior público possível, especialmente para a mais jovem geração.
“Sabíamos que se deixássemos essa passagem como está, prejudicaríamos desnecessariamente grande parte dos leitores”, disse ela defendendo a escolha.
Além disso, segundo ela, a decisão foi tomada "durante o período tenso em que morreu o professor Samuel Paty na França". O professor foi decapitado em Outubro do ano passado, perto de Paris, por um jovem muçulmano chetcheno.
No entanto, a passagem censurada do Inferno é uma parte crucial da obra quando o próprio Dante entra no inferno e encontra muitas figuras históricas que lá foram lançadas "por causa dos seus pecados mais ou menos graves".
Maomé aparece no Canto XVIII e está a ser punido por divulgar a "sua religião, que semeou contendas na Terra".
De acordo com o tradutor, o profeta muçulmano é descrito de uma forma particularmente desdenhosa.
Em Inglês, o versículo diz: "Veja como Maomé está retorcido e quebrado! Diante de mim caminha Ali, seu rosto fendido do queixo ao topo, abatido pela dor."
De acordo com o diário Flamengo De Standaard, alguns tradutores holandeses estranham as edições, enquanto outros citam a censura directa. Simplesmente não entendem como podem essas passagens ser excluídas.
*
Fonte: https://rmx.news/article/article/mohammed-removed-from-new-dutch-translation-of-dante-s-inferno

* * *

Portanto, em nome de uma religião estrangeira e historicamente hostil à Europa, censura-se uma obra literária da história europeia. Isto já é prática de charia em solo europeu. Note-se que não está sequer a ser imposta por muçulmanos, pelo que estes têm as «mãos limpas» de mais esta ofensa à liberdade e à cultura europeia - neste caso, já há gentinha da elite muitíssimo bem domesticada para exibir, sem pudor, aquilo a que cá se aplicava, há umas décadas, a designação de «respeitinho». O «respeitinho» que a elitezinha de esquerda abrilista se orgulhava de desprezar como marca da subserviência num país beato... e não se pense que isto é um exclusivo português, porque por todo o Ocidente entrou na moda a bela e dignificante «irreverência» - mas «irreverência» para com a religião tradicional dos papás, claro, o credo já fácil de criticar das velhinhas da igreja e dos Diáconos Remédios, tão «a jeito» para ridicularizar. Com a malta islâmica a música é bem outra, quer devido ao grau de violência, e aderência popular islâmica, de que são capazes, quer, sobretudo, devido ao etno-masoquismo, à endofobia, que é parte do credo anti-racista que é, ao fim ao cabo, a «religião» da elite reinante no actual Ocidente.