UM DEUS EUROPEU DO MARTELO RETORNA PARA INSPIRAR AS MASSAS - ATRAVÉS DA BANDA DESENHADA E DEPOIS DO CINEMA...
Agosto de 1962 - surge na banda desenhada a figura de Thor, Deus do Trovão na herança religiosa nórdica, em versão de super-herói da editora ianque Marvel. Quem fez esta adaptação da mitologia para o imaginário de entretenimento contemporâneo foram dois judeus, Stan Lee e Jack Kirby, dando assim um contributo valente para a divulgação no seio da cultura pop do imaginário e da estética «nórdica», numa espécie de neo-romantismo das massas (ainda mais das massas que o Romantismo do século XVIII). Na área dos quadradinhos veio a ser um dos maiores do género, no cinema começou bem e agora apalermaram-no um bocado, mas ainda brilha; no todo, está escapatório e recomenda-se. É como o Rock e o Metal, aparece nos anos sessenta para putos e hoje quem mais o recorda é pessoal para cima dos quarentas. Contribui, voluntariamente ou não, para veicular maciçamente um gosto pela estética e pela valorização de uma herança europeia... não está mau de todo...
3 Comments:
Porque é que a Marvel não procurou um actor sueco ou norueguês para representar o Thor?
Puseram um australiano loiro e já foi uma sorte... enquanto não escolherem um negro da Serra Leoa, como fizeram para o Heimdall, cujo epíteto, na mitologia, é precisamente «Deus Branco» (Hvite Asen).
Pois, a aí já não interessou respeitar a personagem. Só quando as personagens são judias ou negras é que interessa.
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