sexta-feira, novembro 09, 2018

TRADIÇÕES QUE SE PERDEM...

Sobre o que diz o autor deste artigo https://www.dn.pt/edicao-do-dia/04-nov-2018/interior/a-alt-right-a-portuguesa-10126898.html?fbclid=IwAR2xaBhRy6n2KBdDyTMtLO5FbckZ7_1u1vkEqI_nJV5nDz2BoxCNqj-3YHk, interessa comentar que quem é cidadão nacional pode criticar toda e qualquer crueldade contra animais, onde quer que esta aconteça, sem limites de estatuto ou de forma de vida... Há crueldade contra animais no meio rural também como também a há no meio urbano, sendo disso exemplo as abjectas lutas de cães (que não sei se ainda se fazem, mas faziam-se aqui há tempos). Qualquer cidadão pode criticar qualquer desses actos. Qualquer morador de Lisboa, Porto ou Faro pode denunciar e condenar um desses eventos que ocorra na cidade de Almada, por exemplo. Ora, se qualquer cidadão urbano pode criticar o que se passa no meio urbano, pode igualmente criticar o que se passa no meio rural, porque o País é o mesmo, o Povo é exactamente o mesmo, ao contrário do que este autor e quejandos gostam de insinuar, para a partir daí darem a entender que criticar a tourada é agredir a população rural... truque barato e sem pinga de honestidade. Definir todo o povo rural como «aquela-gente-do-interior-que-gosta-de-touradas» seria o mesmo que definir todos os urbanos como «o-pessoal-que-vive-em-prédios-altos-e-borrifa-se-para-os-combates-de-cães-realizados-nas-ruas». Uma ministra que não condenasse uma crueldade cometida no espaço rural só porque o espaço rural é, alegadamente, «isso lá deles (desse povo alegadamente alienígena que é o povo rural...)» estaria a cair na esparrela moral de quem em prol de uma tradição cruel e cobarde não tem pudor em fomentar a divisão do país.
Quanto ao resto do artigo, é mais histerismo esquerdista, de quem não admite que os valores proibidos comecem a ter «direito de cidadania» e a serem discutidos em praça pública. A tropa deste fulano tem muito mau perder e não admite o facto de que já não tem o auto-instituído cargo de dona da verdade moral...

5 Comments:

Blogger Helena Vilaarinho said...

À excepção do capitulo Civilizados vs. bárbaros, o resto é o que me faz se calhar encostar-me mais á esquerda do que à direita porque concordo com muito do que aqui está escrito.

Gosto particularmente desta frase: "Passei boa parte da minha vida a ouvir pessoas de esquerda a chamar fascistas a toda a gente que não comungasse com eles. Agora, vivemos uma época em que basta alguém não partilhar das ideias de uma certa direita para ser apelidado de comunista ou ser apontado como um idiota útil da esquerda."

Ontem naquele pseudo debate na pagina do EI por causa dos cartazes que eles colaram nas escolas sobre a ideologia do género, todas as pessoas que questionaram a sua acção ou motivo foram corridas a esquerdoides, anti família e anti cultura, anarcas, e esquerdiopatas. Que deve vir de psicopatas. Não sei. Eu sou psicopata assumida, mas não me assumo como 100% de esquerda.
Os novos nacionalistas não querem ser colados à extrema direita, nem ao fascismo, nem ao nazismo, mas são os primeiros a colar toda a gente ao comunismo.

Tu também és um bocadinho assim... mais polido claro, mas um bocadinho assim..

10 de novembro de 2018 às 12:08:00 WET  
Blogger Caturo said...

Em que sentido? Alguma vez chamei comunista ou esquerdista a quem defendesse perspectivas contrárias às minhas só por serem contrárias às minhas?

12 de novembro de 2018 às 01:28:00 WET  
Blogger Helena Vilaarinho said...

Todos os dias Caturo :o

12 de novembro de 2018 às 11:49:00 WET  
Blogger Caturo said...

Se é todos os dias, podes facilmente dar um exemplo... dás?...

13 de novembro de 2018 às 01:44:00 WET  
Blogger Helena Vilaarinho said...

Assim de repente não consigo exemplificar, mas já te vi a fazer isso muitas vezes

14 de novembro de 2018 às 12:27:00 WET  

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