segunda-feira, maio 21, 2018

Martes, 13 de Maio de 2778 AUC

CAÇAS DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA INTERCEPTAM HELICÓPTERO COM TRIPULAÇÃO RUSSA QUE INVADIU ESPAÇO AÉREO PORTUGUÊS

Um helicóptero com tripulação russa descolou de Espanha sem plano de voo e sem contactar as autoridades.
O incidente ocorreu a 05 de Maio e foi confirmado à agência Lusa pela FAP e pela NAV Portugal (entidade responsável pela gestão do tráfego aéreo), a qual adiantou que o Aeroporto de Lisboa "teve as aterragens e as descolagens suspensas", por questões de segurança, durante 15 minutos (entre as 15:16 e as 15:31), devido à proximidade do aparelho, de registo português e com dois tripulantes russos.
"Como é procedimento normal, a NAV Portugal foi informada pela FA [Força Aérea] da operação em curso e tomou as medidas adequadas a este tipo de situações de modo a garantir a todo o tempo a segurança da aviação civil", refere a NAV.
A FAP explicou que o helicóptero descolou da província de Toledo, em Espanha, sem plano de voo e sem estabelecer contacto com os controladores aéreos espanhóis, rumando a Portugal.
Com a aproximação do helicóptero ao Aeroporto de Lisboa, nenhum avião aterrou ou descolou entre as 15:16 e as 15:31, hora a que foi reposta a normalidade das operações.
O aparelho foi "escoltado" pelos caças F-16 até aterrar num heliporto junto ao passeio marítimo de Algés, concelho de Oeiras, para onde se dirigiu a polícia a pedido da Força Aérea.
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP afirmou à Lusa que se deslocou ao local e que procedeu à identificação dos dois tripulantes, "de nacionalidade russa", que seguiam a bordo do helicóptero de "registo português".
O regulador nacional da aviação civil conta que em situações desta natureza poderá instaurar ao operador e piloto um processo de contra-ordenação.
"A moldura penal (valor das coimas) e desenvolvimento (sanções acessórias e medidas cautelares) podem variar em função dos dados factuais a apurar, como sejam a zona do sobrevoo (do ponto de vista da classificação do controlo de tráfego aéreo), a nacionalidade da licença do piloto, a altitude do voo, a zona sobrevoada (se populacional, residencial ou não)", explica a ANAC.
O regulador do sector da aviação sublinha que todos estes dados "são relevantes para a dimensão do processo".
*
Fonte: https://www.dn.pt/portugal/interior/helicoptero-descola-de-espanha-e-e-intercetado-por-f-16-em-espaco-aereo-nacional-9357173.html