SI VIS PACEM PARA BELLUM
Minerva dá o Seu escudo a Perseu, quadro de René-Antoine Houasse (1697)
Num mundo ainda suficientemente selvagem para que haja efectivamente uma corrida armamentista, num mundo onde um vasto e crescente quadrante da humanidade, o muçulmano, se desenvolve militarmente mais do que nunca, tendo já uma potência nuclear assumida como tal, o Paquistão, tendo ainda mais duas potências nucleares em formação (e é se pelo menos uma delas não estiver já formada...), nomeadamente o Irão e mais recentemente a Arábia Saudita, num mundo em que um país não demasiadamente democrático, a Rússia, parece militarmente mais forte que nunca, num mundo com tais roncadores de grosso torna-se óbvio que também a Europa e o Ocidente em geral pode e deve munir-se do mais poderoso armamento a que conseguir deitar a mão. Não se trata apenas de salvaguardar a soberania europeia mas também, por irónico que pareça, a paz no mundo – nunca o planeta esteve tão seguro, ou tão pouco inseguro, como no tempo da guerra fria, em que tanto os soviéticos como os ianques sabiam que o início de um conflito militar entre ambas as partes causaria a destruição mútua assegurada, sem que um dos lados pudesse garantir qualquer supremacia ou sequer sobrevivência.
Num mundo ainda suficientemente selvagem para que a linguagem da força fale mais alto, é ingenuidade eventualmente suicida não procurar alcançar a maior das fortitudes militares.
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