MILÍCIAS CURDO-SÍRIAS AFIRMAM TER TRAVADO A OFENSIVA TURCA EM AFRIN
Um grupo das Forças Armadas sírias entrou em Afrin apesar dos ataques da artilharia turca, afirmou à Sputnik o porta-voz das Unidades de Protecção Popular (YPG), Reizan Hedu.
No dia 20 de Fevereiro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que as milícias sírias abandonaram Afrin devido a ataques da artilharia turca.
"Mantemos contacto com o exército sírio, com o governo, com as autoridades de Afrin e com as YPG. As forças, enviadas [a Afrin], estão a operar por ordem do governo sírio […] Hoje, Erdogan mostrou ser um guarda de trânsito ruim ao afirmar que tinha parado a locomoção das forças sírias que estavam a avançar em direcção a Afrin. Estas afirmações não correspondem à verdade, as forças [da Síria] já estão em Afrin", assinalou Hedu.
O interlocutor da agência frisou que no posto de controle das forças curdas em Afrin, vários jornalistas foram atacados por fogo de artilharia durante transmissão do avanço das forças nacionais sírias em direcção à cidade.
"O presidente, o governo e a mídia turca declararam […] que somos xiitas. Nós, na Síria, temos orgulho da nossa diversidade confessional e nacional. Há 32 dias estamos a repelir a agressão turca que, militarmente falando, não tem êxitos. Eles até que conseguiram avançar um pouco, mas em geral, essa operação militar não é bem-sucedida", acrescentou Hedu.
Anteriormente, vários médias comunicaram que os curdos sírios concordaram com Damasco sobre a entrada das tropas governamentais sírias em Afrin. Ancara desmentiu estas informações, qualificando-as como notícias falsas. Enquanto isso, Erdogan declarou que as tropas turcas estariam prontas para cercar a cidade "nos próximos dias".
Em 20 de Janeiro, a Turquia iniciou em Afrin a operação militar Ramo de Oliveira, tendo como objectivo eliminar forças das YPG, alegadamente relacionadas com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que Ancara considera como grupo terrorista. Damasco condenou firmemente a operação militar turca, qualificando-a como violação da soberania do país.
Por sua vez, Damasco condenou fortemente as acções da Turquia em Afrin, afirmando que o território é parte inseparável da Síria.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2018022110578645-afrin-turquia-siria-tropas-entrada/
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