domingo, janeiro 07, 2018

PRESIDENTE CHECO QUER TRAVAR VINDA DE MILHÕES DE ALÓGENOS AFRICANOS PARA A EUROPA

A União Europeia (UE) poderia enfrentar um influxo maciço de cerca de 10 milhões de refugiados da África nos próximos anos se não mudar sua política migratória, afirmou o presidente checo, Milos Zeman, numa entrevista a um canal de TV local.
Zeman, conhecida por sua forte posição anti-imigração, mais uma vez criticou Bruxelas pelas suas directrizes de imigração numa entrevista ao canal de televisão Barrandov, em Praga, na última Joves: "Se a União Europeia não actuar com coragem para fortalecer as suas fronteiras externas, pelo que conversa constantemente, mas não faz nada, teremos 10 milhões de refugiados [de África] ao longo de vários anos", afirmou Zeman.
Disse ainda que o fluxo de refugiados de países muçulmanos representa uma ameaça para a cultura europeia: "A cultura desses refugiados não é compatível com a cultura europeia, o que os próprios imigrantes entendem", afirmou. Zeman concordou sarcasticamente com a posição da chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, de que o islamismo ocupa um lugar na cultura europeia, dizendo que o Islão definitivamente pertence à guerra com o Império Otomano.
Vozes dissonantes
O presidente checo sempre se opôs a aceitar refugiados na Europa. Disse que a "migração maciça de países africanos e outros países representa uma fuga de cérebros". Em vez de levá-los, Zeman sugeriu que a UE ofereça ajuda financeira aos Estados de onde os refugiados estão chegando.
Os sentimentos anti-imigração aparentemente estão aumentando na República Checa, já que os partidos de Direita e eurocépticos lideraram as eleições parlamentares do país em Outubro do ano passado. Em 2016, Zeman sugeriu deportar todos os imigrantes económicos, dizendo que existe "uma forte conexão entre a onda de migrantes e a onda jihadista".
A República Checa não é a única nação a rejeitar algumas políticas da UE em relação aos migrantes, com a Hungria e a Polónia expressando objecções semelhantes. As cotas encomendadas pela UE que obrigam os Estados membros do bloco a aceitar o número de refugiados por ordem de Bruxelas foram o principal ponto de disputa.
Em Dezembro, em conjunto com a Hungria e a Polónia, Praga recusou-se a contribuir para as quotas de reassentamento obrigatórias durante a pressão da Comissão Europeia, com o trio afirmando desafiadoramente que está pronto para lutar em Bruxelas em tribunal. O primeiro-ministro checo, Andrej Babis, disse que "as quotas são absurdas e apenas incentivam a popularidade de partidos extremistas na Europa".
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2018010710225998-europa-refugiados-milos-zeman/

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A força que Zeman alcançou no seu país comprova que quanto mais os Nacionalistas falam em discurso directo ao povo, mais o povo vota nos Nacionalistas, pelo que a Democracia se confirma como aliada natural do Nacionalismo.