sábado, abril 29, 2017

CANDIDATA NACIONALISTA NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS FRANCESAS JÁ NÃO TEM SAÍDO DO EURO COMO PRIORIDADE

Faltam oito dias para a segunda volta das eleições presidenciais francesas.Marine Le Pen, a candidata da Frente Nacional (Extrema-Direita), e Emmanuel Macron, candidato do Movimento En Marche! (centrista liberal), foram os apurados. O voto tem lugar no dia sete de Maio.
Marine Le Pen (21,3% na primeira volta) anunciou, este sábado, que se for eleita presidente, nomeará Nicolas Dupont-Aignan para o posto de primeiro-ministro.
Dupont-Aignan, do partido Debout la France (soberanistas eurocépticos), conseguiu 4,7% dos votos na primeira volta das presidenciais. 
Le Pen definiu o candidato soberanista como “um patriota sincero e exigente” e disse estar “orgulhosa” da aliança que tinham estabelecido.
Dupont-Aignan falou, por seu lado, num dia histórico, mas recordou que não tinha passado a formar parte da Frente Nacional.

Le Pen – Dupont-Aignan: Uma Alliança patriótica e republicana
O acordo entre a candidata da Frente Nacional e o líder do partido Debout la France implica uma importante mudança de posição da parte de Marine Le Pen no plano económico:
A retirada do euro deixa de ser uma prioridade absoluta
A candidata da Extrema-Direita matinha que se tratava de uma condição fundamental para a melhoria da situação económica.

Macron: O que interessa é o programa de Marine Le Pen
Emmanuel Macron criticou a escolha da candidata da Frente Nacional.
O candidato do movimento En Marche! falou, este sábado, aos jornalistas, durante uma visita a uma quinta, na região Auvergne-Rhône-Alpes (sudeste).
Segundo Macron, a adversária escolheu Nicolas Dupont-Aignan para tentar superar o que definiu como problemas de “credibilidade e de financiamento” das duas candidaturas.
“É nada mais nada menos do que isso e não é grave que assim seja”, continou Macron.
O candidato de tendência liberal-centrista disse aos presentes que o programa de Marine Le Pen era o que interessava e não quem escolhia para o posto de primeiro-ministro, um programa que definiu como “de finanças mágicas”. 
“Implica estabelecer a reforma aos 60 anos, aumentar o número de funcionários, aumentar tudo e baixar os impostos!”.
Macron recordou também que as ajudas à exportação dos produtos agrícolas franceses precisam das ajudas europeias, pelo que todo projeto que implique o fecho das fronteiras é “mau para o mundo rural”.
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Fonte: http://pt.euronews.com/2017/04/29/presidenciais-francesas-le-pen-escolhe-primeiro-ministro-macron-critica

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É um bocado estranho que a candidata nacionalista comece já a criar alianças com um partido que não a Frente Nacional, mas é bom sinal que se reforce a secundarização da ideia de abandonar a União Europeia (UE) - efectivamente, a insistência em deixar a UE foi talvez a parte fraca do programa nacionalista, na medida em que criava uma ideia de instabilidade futura que não agrada à maioria do povo. Note-se, entretanto, que quem escreveu esta peça de jornalismo ou carece de informação rigorosa ou não está a primar pela honestidade - Marine Le Pen já tinha dito, antes da primeira volta das eleições, que queria renovar a UE, como aqui se leu: http://gladio.blogspot.pt/2017/04/comicio-de-marine-le-pen-na-corsega.html