sexta-feira, fevereiro 24, 2017

PAPA VOLTA A CRITICAR O «POPULISMO» E O «EGOÍSMO» DAS NAÇÕES DIANTE DA IMINVASÃO

O Papa Francisco pediu, esta terça-feira, uma mudança radical nas atitudes em relação aos imigrantes, afirmando que deviam ser acolhidos com dignidade e denunciando a “retórica populista” que está a alimentar o medo e o egoísmo nos países ricos.
Francisco, um defensor dos imigrantes desde que iniciou funções em 2013, não visou nenhum país em específico nas suas críticas. No entanto, as suas palavras ganham relevância nos EUA, onde os tribunais bloquearam uma ordem executiva do Presidente Donald Trump, que suspendia as chegadas de pessoas de sete países de maioria muçulmana. E também na Europa, que enfrenta a chegada em massa de mais de 1,3 milhões de migrantes e refugiados desde o início de 2015.
O líder máximo da Igreja Católica defendeu que os imigrantes não devem ser rejeitados como "rivais indignos". Pelo contrário, devem receber “umas boas-vindas responsáveis e dignas”, particularmente aqueles que fogem da guerra, disse o pontífice num longo discurso aos participantes de uma conferência sobre migração, em Roma.
“Perante este tipo de rejeição, enraizada em última instância no egocentrismo e amplificada pela retórica populista, é necessário mudar de atitude, para ultrapassar a indiferença e contrariar o medo através de uma abordagem generosa de acolhimento aos que batem às nossas portas”, disse.
Os partidos populistas anti-imigrantes estão a ganhar terreno em vários países europeus, incluindo Itália, França e Holanda, onde o político anti-islâmico Geert Wilders lançou, no sábado, uma campanha para as eleições do próximo mês com a promessa de reprimir a “escória marroquina”.
“Para aqueles que fogem de conflitos e perseguições terríveis, que muitas vezes são presos em organizações criminosas sem escrúpulos, precisamos de abrir canais humanitários acessíveis e seguros", disse o Papa.
Os países têm o “imperativo moral” de ajudar os exilados, as pessoas que procuram asilo, os trabalhadores migrantes, as vítimas de tráfico humano e até os migrantes em “situação irregular”, acrescentou, numa referência a imigrantes sem documentos. Várias cidades norte-americanas apresentaram acções judiciais que desafiam a ordem executiva de Trump, estabelecendo-se como santuários para imigrantes ilegais. O Governo federal, por ordem de Trump, ameaça cortar os fundos públicos para estas cidades como medida punitiva.
O Papa Francisco citou ainda a Declaração de Independência norte-americana, dizendo que todos os migrantes têm “direitos inalienáveis”.
"A defesa dos seus direitos inalienáveis, a garantia as suas liberdades fundamentais e o respeito da sua dignidade são deveres que ninguém pode ignorar”, disse. 
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Fonte: https://www.publico.pt/2017/02/21/mundo/noticia/papa-acusa-a-retorica-populista-de-alimentar-o-medo-dos-imigrantes-1762801

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Mais uma vez e mais uma e sempre mais outra, o papa completamente alinhado com a agenda imigracionista, ou não fosse o próprio Cristianismo a raiz do universalismo militante que abre actuais brechas eventualmente mortais na Europa. O papa que continua a bater na tecla da alegada obrigatoriedade moral de receber os imigrantes todos é o mesmo que diz que a invasão árabe da Europa é uma coisa boa, que vai fomentar «novas sínteses culturais» (leia-se: salganhada populacional, descaracterização étnica da Europa) e que condena por isso a atitude de querer defender a sua identidade. 
Contra este veneno, só o Nacionalismo se ergue.

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