quarta-feira, julho 13, 2016

MEMÓRIA DE VITÓRIA DA VERDADEIRA EUROPA SOBRE UMA INVASÃO DE TEOR MUNDIALISTA - BATALHA DE DURBE

Brasão de Armas da cidade de Durbe, no qual se vê uma macieira prateada; a macieira tem na tradição báltica um valor mágico, ligado a juventude, tal como aliás sucede entre os povos célticos e germânicos. 


No dia 13 de Julho de 1260, os Samogetas derrotaram as forças dos Cruzados na Batalha de Durbe - um povo antigo e leal à sua herança bateu deste modo uma «multinacional» do universalismo doutrinário.

A batalha deu-se numa região que pertence hoje à Letónia, mas foi travada pelos Cavaleiros Teutónicos da Prússia, pela Ordem Livónia e por pelotões de Dinamarqueses e Suecos por um lado, e, por outro, pelos Samogetas, actualmente integrados na Lituânia.

Os Samogetas são lituanos mas constituem uma nação à parte do resto da Lituânia; foi na Europa a última a ser cristianizada, devido ao carácter indómito e afincadamente pagão da sua gente. E este foi um dos episódios em que tal índole se manifestou mais vivamente. A Ordem Livónia tinha estado a lutar contra os Samogetas desde que em 1253 o rei lituano Mindaugas ofereceu parte da terra samogeta à dita ordem de cavalaria. Os Samogetas revoltaram-se e, após alcançarem a vitória sobre os cruzados (teutónicos e livónicos) em algumas batalhas menores, infligiram-lhes uma pesada derrota: o desastre dos cavaleiros cristãos foi total e as suas baixas incluíram o próprio líder da Ordem Livónia, Mestre Burchard von Hornhausen.

Crê-se que à frente da horda samogeta, estava Treniota, nobre lituano que, ao contrário do supracitado Mindaugas, seu tio, manteve-se sempre leal aos Deuses da sua herança ancestral; e, após esta estrondosa vitória, convenceu Mindaugas a renunciar ao Cristianismo e a retornar à fé dos seus antepassados pagãos, quebrando assim o domínio que a Ordem Teutónica tinha nestas terras.

MedeinaDeusa Balta da Floresta
De imediato eclodiram várias revoltas em toda a região, incluindo a Grande Insurreição Prussiana (de 1260 a 1274), ou seja, a rebelião armada dos Prussianos, pagãos, contra os seus conquistadores cristãos cruzados (Ordem Teutónica). 
A 25 de Janeiro esta ordem de cavalaria tinha conseguido uma bula papal do papa Alexandre IV abençoando a cruzada. Preparava-se para reforçar a fortaleza sitiada de Georgenburg, sob ataque dos Samogícios, mas preferiu enfrentá-los na Courlândia, onde esta resistência autóctone reinava. O recontro deu-se na costa meridional do Lago Durbe.
À batalha seguiram-se insurreições pagãs e mais uma vez os gentios bateram os cavaleiros teutónicos, em Lielvarde, a 3 de Fevereiro de 1261.
Várias partes do Báltico reconquistaram a independência. Só depois de trinta anos é que a Ordem Livónica recuperou o controlo sobre esta zona.
Treniota organizou várias expedições militares contra a Livónia, granjeando assim o apoio dos Lituanos. A dada altura, Mindaugas começou a questionar a sua aliança com Treniota e este matou-o, tornando-se assim rei da Lituânia e fazendo assim com que a Lituânia retornasse ao Paganismo por algum tempo. A Lituânia tinha alcançado o título de Estado católico quando o rei Mindaugas se converteu ao Cristianismo de Roma, mas a apostasia do mesmo Mindaugas e a acção do seu sobrinho Treniota restauraram a Paganidade nesta nação, que só viria a terminar oficialmente mais dum século depois, com a sua cristianização oficial em 1387. Todavia, a população rural manteve-se durante muito mais tempo fiel às suas antigas crenças e práticas...


Cruz de Fogo de Perkunas, Deus Balta do Trovão e da Guerra

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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Durbe


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Mais tarde as hordas da multinacional religiosa que era a Cristandade acabaram por impor o seu credo em todo o Báltico. Mas este episódio mostrou que não eram invencíveis, permitiu aos autóctones ganharem tempo e deixarem mais testemunhos da sua herança religiosa ancestral, que hoje dá corpo a uma das restaurações religiosas identitárias mais sólidas da Europa.