«A IDEIA DE UMA IGREJA NACIONAL SERIA TOTALMENTE HERÉTICA»
O cardeal alemão Marx propôs uma suposta autonomia da Conferência Episcopal Alemã no que toca ao matrimónio ou à possibilidade de aceitar a «segunda união não sacramental». Como que a isso respondendo, o igualmente alemão cardeal Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, disse, em entrevista a dois jornalistas franceses, as palavras que a seguir se lêem:
(...)
A Igreja Católica existe como Igreja Universal, na comunhão de todos os bispos em união e sob a égide do papa. Também existe nas igrejas locais, mas a igreja local não é a Igreja de França ou da Alemanha, mas sim a igreja de Paris, de Tolouse... são as dioceses. A ideia de uma Igreja Nacional seria totalmente herética. É impossível a autonomia da fé! Jesus Cristo é o salvador de todos e da unidade de todos os homens.
(...)
Fonte: http://infocatolica.com/?t=noticia&cod=23621
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É a mesma linha de raciocínio que fez a Igreja Ortodoxa Grega condenar o racismo no final do século XIX, declarando que não podem existir igrejas nacionais mas tão somente locais/regionais, ou seja, correspondendo a divisões meramente geográficas, nunca por nunca de significado étnico. O contraste com a noção antiga, tradicional, pagã, pré-cristã, e, note-se, muito popular de «religião nacional», não podia ser maior.
Trata-se de só mais uma confirmação da visceral incompatibilidade entre o Cristianismo e o princípio da integralidade étnica, absolutamente essencial e determinante no Nacionalismo.
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