terça-feira, outubro 28, 2014

LÍDER DOS CURDOS EM COBANI DEFENDE OS DIREITOS DAS MULHERES E CRITICA O APOIO INDIRECTO TURCO AO ESTADO ISLÂMICO

Os soldados curdos que estão a defender a cidade de Kobani contra os ataques do Estado Islâmico estão a lutar pelos direitos das mulheres em todo o mundo, afirma uma das líderes militares da resistência. 
Meysa Abdo, que utiliza o nome de guerra Narin Afrin(nalgumas fontes aparece Nalin), fez chegar um artigo de opinião ao "New York Times" que surge no "site" do famoso jornal americano esta terça-feira. 
"Estamos a defender uma sociedade democrática e secular de curdos, árabes, muçulmanos e cristãos, todos os quais enfrentam um massacre iminente", escreve. 
Referindo-se aos militares curdos, que estão cercados em parte da cidade de Kobani desde o dia 15 de Setembro, Abdo fala da presença de mulheres nas fileiras: "Nós que estamos na linha da frente sabemos bem como o Estado Islâmico trata as mulheres. Esperamos que as mulheres do mundo nos ajudem, porque lutamos pelos direitos das mulheres em todo o lado. Não estamos a contar que venham combater ao nosso lado (embora nos encheria de orgulho que o fizessem). Mas pedimos, sim, às mulheres que promovam a nossa luta, chamando atenção para a nossa situação nos seus próprios países, pressionando os seus governos a ajudar-nos."
No resto do seu artigo a líder curda garante que os curdos jamais irão desistir de defender a sua cidade, que está localizada na fronteira entre a Síria e a Turquia e recorda que os peshmerga, como são conhecidos os soldados que comanda, são dos únicos que conseguiram montar alguma resistência ao Estado Islâmico: "Sempre que os enfrentamos em igualdade de circunstâncias eles são derrotados. Se tivéssemos mais armas e pudéssemos ser reforçados por combatentes de outras partes da Síria, estaríamos em posição para infligir um golpe mortal contra o Estado Islâmico, um golpe que, acreditamos, poderia levar à sua dissolução em toda a região". 
O principal obstáculo, conclui Meysa Abdo, é o Estado turco, que merece as mais fortes críticas. “Mesmo quando combatentes curdos de outras partes do norte da Síria tentam reforçar-nos com alguns dos seus veículos blindados e mísseis anti-tanques, a Turquia não o permitiu. A Turquia, que é membro da OTAN, devia ser um aliado neste conflito. Poderia ter-nos ajudado facilmente, permitindo a comunicação entre diferentes áreas curdas na Síria, para podermos mover combatentes e material de um lado para outro, através do território turco. Em vez disso, o Presidente da Turquia comparou várias vezes os nossos soldados, que defendem uma sociedade diversa e democrática, com o Estado Islâmico”. 
A cidade de Kobani encontra-se actualmente cercada de três lados por militantes do Estado Islâmico e, nas costas, tem a fronteira turca. Os turcos permitiram a passagem de centenas de milhares de refugiados civis, mas há relatos de combatentes curdos feridos que morreram junto à passagem, sem autorização para serem socorridos em hospitais curdos, e todas as tentativas de reforçar as posições curdas pela fronteira têm sido negadas. 
Só há dias, e após forte pressão internacional, a Turquia aceitou deixar passar 200 soldados curdos vindos do Iraque, que estão actualmente a caminho de Kobani. 
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Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=166852

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Coisas de jovens

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/rixa-entre-jovens-no-cacem-provoca-um-morto-e-um-ferido-grave-1674464

29 de outubro de 2014 às 01:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=4207080

29 de outubro de 2014 às 01:27:00 WET  

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