segunda-feira, fevereiro 10, 2014

PNR CONDENA PRIVATIZAÇÕES QUE TORNAM O PAÍS MAIS DEPENDENTE

O Governo avançou com a concessão da Silopor a uma entidade privada por um período de 20 anos.
Trata-se da principal empresa portuária portuguesa de descarga e armazenagem de granéis sólidos alimentares, operando em terminais na Trafaria, em Lisboa e em Vale de Figueira (Santarém).
Com uma capacidade global de 340.000 toneladas, as suas instalações podem receber e armazenar, no decurso do ano, todas as importações portuguesas de cereais e farinhas, as quais atingem, em média, 4 milhões de toneladas, transportadas em pequenos navios costeiros provenientes da Europa ou em navios transatlânticos de médio e grande porte, provenientes dos continentes americano e asiático.
Independentemente de, neste caso concreto, esta concessão a 20 anos poder vir a revelar-se (ou não) um bom negócio para o Estado, não podemos deixar de lamentar a mentalidade reinante entre os políticos do sistema de privatizar empresas que estejam a dar lucro ou sejam economicamente viáveis, para depois ficar só como aquelas que dão prejuízo e, claro está, pedir sacrifícios aos portugueses para as sustentar.
Como nacionalistas, não podemos deixar também de lamentar o facto de a rentabilidade desta empresa ser obtida através da desertificação dos nossos campos e do recurso à compra de cereais provenientes do estrangeiro, quando a falta de emprego em Portugal, as alterações climáticas em alguns dos mercados a que recorremos e o aumento dos custos dos transportes deveriam levar-nos a aumentar a produção nacional e recorrer menos ao estrangeiro em tudo aquilo que for possível, e por muito que a União Europeia tente orientar os países que a compõem para uma maior dependência externa no plano alimentar. Mais do que uma empresa orientada para o armazenamento de produtos importados, a Silopor poderia e deveria também ser encarada como uma empresa estratégica num cenário de relançamento da produção nacional.
Pela venda de activos ou pela estagnação do tecido empresarial, Portugal, a cada dia que passa, fica mais dependente e menos independente. Se hoje não passamos de um país ocupado económica e financeiramente - e em gradual ocupação também culturalmente -, temos que apontar o dedo aos políticos do sistema e às suas politicas de lesa-Pátria. Mas há algo que pode ser feito para tornar o nosso futuro mais livre e mais risonho: dando força ao Partido Nacional Renovador, o povo português pode começar a inverter esta situação.
Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/sistema-de-desmantelamento-nacional-obsessao-pelas-privatizacoes/