PRESIDENTE ROMENO APELA À PROLIFERAÇÃO DA ESTIRPE NACIONAL CONTRA A SUBSTITUIÇÃO ÉTNICA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://portuguese.ruvr.ru/2013_06_30/presidente-da-romenia-acusado-de-racismo-9504/

O presidente romeno, Traian Basescu, destaca-se pelo seu entendimento original dos limites do que é permitido para uma personalidade pública. As suas declarações imprudentes provocaram em muitas ocasiões escândalos e acusações de racismo e misoginia, mas não se pode negar que certa parte do eleitorado romeno gosta de semelhantes manifestações.

Falando num congresso de mulheres empreendedoras, o presidente de Roménia expressou o descontentamento com a mudança da composição étnica do país, lamentando que "as mulheres ciganas dão à luz cinco crianças, enquanto as romenas não o fazem". Traian Basescu exortou as mulheres a prestar menos atenção à sua carreira profissional e a ter mais filhos. "Afinal, trata-se de um acto de patriotismo!" exclamou o presidente da tribuna do congresso.

Ele acrescentou que, caso as tendências demográficas actuais se mantenham, em 2030 a população da Roménia reduzir-se-á a 15 milhões de pessoas. O presidente indicou que a conservação da situação existente levará "a uma alteração radical da composição populacional devido ao facto de existir em nosso país uma minoria étnica cigana muito prolífica."

A reacção de organizações de direitos humanos não demorou a chegar. As organizações não-governamentais que actuam na área dos direitos humanos dirigiram ao presidente uma carta aberta exigindo que ele apresentasse desculpas públicas. Os defensores dos direitos das mulheres e das minorias acusam Traian Basescu de discriminação das mulheres e dos ciganos, bem como de declarações misóginas e xenófobas. Uma vintena de activistas dos movimentos feministas efectuaram em frente ao palácio presidencial uma manifestação não autorizada sob a palavra de ordem: "Criança é uma opção, não é obrigação".

Várias organizações exigiram que o Conselho de Estado para Combate à Discriminação procedesse à análise das declarações do presidente do ponto de vista jurídico-legal. Apesar de o Conselho ter poderes bastante amplos, o presidente romeno não corre nenhum risco, visto que a constituição do país lhe faculta uma imunidade absoluta, exceptuando por completo inclusive uma possibilidade teórica de o obrigar a pedir desculpas ou pagar multa pela retórica considerada xenófoba.

É de salientar que Traian Basescu já esteve várias vezes no epicentro de escândalos semelhantes que, no entanto, não influíram em sua popularidade, nem originaram sérios protestos. Pelos vistos, a sociedade romena está mais preocupada com a situação económica do país do que com o facto de o presidente ser ou não politicamente correcto.

Acima disso, a verdade é que o povo comum não se ofende nada com afirmações de carácter racial a favor da estirpe nacional - nem na Roménia, nem na Rússia, na Grécia, na Suécia ou em Portugal. Toda a «escandaleira» acima referida não passa de peixeirada organizada por malta das elites político-ideológico-me(r)diáticas, que é nesses meios que grassa a maleita do anti-racismo militante.

Basescu mostra desde já que é um dos líderes europeus mais lúcidos - e, de resto, tem muita sorte por ser de leste, porque na Europa Ocidental já estava bem lixado se dissesse metade do que disse.