GOVERNO PROMETE SACAR AOS PENSIONISTAS PORTUGUESES
Depois da insistência da oposição, primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu, durante o debate quinzenal no Parlamento, que a eventual introdução de um novo factor de convergência de pensões vai afectar as reformas anteriores a 2005.
Pedro Passos Coelho não precisou valores mas afirmou, no entanto, que a contribuição será tanto menor quanto se conseguirem ganhos efectivos em outras áreas do sistema de segurança social.
O primeiro-ministro alegou que Portugal tem um problema de sustentabilidade no sistema de pensões, precisando de fazer "várias correcções", deixando, ainda assim, a porta aberta para negociações.
"Estamos disponíveis para conversar sobre essas matérias dentro do compromisso assumido com a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que é o de iniciar esse debate com medidas concretas", referiu.
"Se o senhor deputado tem outras ideias para suportar a sustentabilidade da segurança social, estamos disponíveis para as discutir", afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro alegou que Portugal tem um problema de sustentabilidade no sistema de pensões, precisando de fazer "várias correcções", deixando, ainda assim, a porta aberta para negociações.
"Estamos disponíveis para conversar sobre essas matérias dentro do compromisso assumido com a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que é o de iniciar esse debate com medidas concretas", referiu.
"Se o senhor deputado tem outras ideias para suportar a sustentabilidade da segurança social, estamos disponíveis para as discutir", afirmou Passos Coelho.
É fartar vilanagem - enquanto o dinheiro flui para os bancos e o fosso sócio-económico agrava-se: porque as classes mais elevadas não estão a perder poder de compra. Os reformados deveriam ser dos últimos grupos a sofrer um rombo desta maneira, ainda para mais a título retroactivo. Possivelmente agora até vai haver um recuozito do governo e a medida aprovada será mais «moderada», ou seja, será cruel mas menos, e o povinho, que, segundo o ministro das Finanças, é «o melhor povinho do mundo», vai aguentando, a protestar contra a má qualidade da vaselina, mas ainda assim aguentando...
E, independentemente da variante tuga, particularmente insultuosa, o problema não «é o Passos Coelho!», ou sequer «a Merkel!» ou qualquer outro dos testas-de-ferro eleitos, ou por outra, dados a eleger aos Povos. Tire-se do poleiro Passos Coelho e outro passoscoelho será lá colocado, valendo o mesmo para Merkel ou para qualquer outro «líder» europeu daqueles com mais hipóteses de ser eleito, ou seja, dos partidos do sistema. Prova flagrante disso é a abissal diferença entre o que o presidente socialista francês François Hollande prometeu, contra a austeridade, e o que está realmente a fazer, em prol da austeridade, depois de ser eleito - um socialista, note-se, ou seja, é do lado «contrário» ao da hoste de Passos Coelho e Merkel, pois claro, é o teatrinho do sistema, dois «oponentes» que só se opõem no que menos conta e que na verdade fazem essencialmente o mesmo quando eleitos.
E, independentemente da variante tuga, particularmente insultuosa, o problema não «é o Passos Coelho!», ou sequer «a Merkel!» ou qualquer outro dos testas-de-ferro eleitos, ou por outra, dados a eleger aos Povos. Tire-se do poleiro Passos Coelho e outro passoscoelho será lá colocado, valendo o mesmo para Merkel ou para qualquer outro «líder» europeu daqueles com mais hipóteses de ser eleito, ou seja, dos partidos do sistema. Prova flagrante disso é a abissal diferença entre o que o presidente socialista francês François Hollande prometeu, contra a austeridade, e o que está realmente a fazer, em prol da austeridade, depois de ser eleito - um socialista, note-se, ou seja, é do lado «contrário» ao da hoste de Passos Coelho e Merkel, pois claro, é o teatrinho do sistema, dois «oponentes» que só se opõem no que menos conta e que na verdade fazem essencialmente o mesmo quando eleitos.
Porque a elite plutocrática que usa a classe política a seu bel-prazer está de pedra e cal interessada em manter a marcha da globalização, e só um travão à globalização poderia salvar a Europa da crise. Só com severo proteccionismo é que a Europa, semi-fechando-se, pode enfrentar o poderio económico da China. Mas essa elite não quer proteccionismo, porque quer a globalização, porque sacralizou o ideal do comércio livre, sem fronteiras, e porque os maiorais, uns não são europeus, e os que o são, são também visceralmente apátridas, borrifando-se por isso bem borrifados para o bem-estar dos Europeus. Se a coisa corre mal na Europa, eles decidem que «ai, na Europa isto já não se pode...» e pura e simplesmente mudam-se para o Brasil, para uma boa praia privada em Moçambique ou para algum mega condomínio fechado em Hong Kong e acabou.
20 Comments:
"E, independentemente da variante tuga, particularmente insultuosa, o problema não «é o Passos Coelho!», ou sequer «a Merkel!» ou qualquer outro dos testas-de-ferro eleitos, ou por outra, dados a eleger aos Povos. Tire-se do poleiro Passos Coelho e outro passoscoelho será lá colocado, valendo o mesmo para Merkel ou para qualquer outro «líder» europeu daqueles com mais hipóteses de ser eleito, ou seja, dos partidos do sistema. Prova flagrante disso é a abissal diferença entre o que o presidente socialista francês François Hollande prometeu, contra a austeridade, e o que está realmente a fazer, em prol da austeridade, depois de ser eleito - um socialista, note-se, ou seja, é do lado «contrário» ao da hoste de Passos Coelho e Merkel, pois claro, é o teatrinho do sistema, dois «oponentes» que só se opõem no que menos conta e que na verdade fazem essencialmente o mesmo quando eleitos.
Porque a elite plutocrática que usa a classe política a seu bel-prazer está de pedra e cal interessada em manter a marcha da globalização, e só um travão à globalização poderia salvar a Europa da crise. Só com severo proteccionismo é que a Europa, semi-fechando-se, pode enfrentar o poderio económico da China. Mas essa elite não quer proteccionismo, porque quer a globalização, porque sacralizou o ideal do comércio livre, sem fronteiras, e porque os maiorais, uns não são europeus, e os que o são, são também visceralmente apátridas, borrifando-se por isso bem borrifados para o bem-estar dos Europeus. Se a coisa corre mal na Europa, eles decidem que «ai, na Europa isto já não se pode...» e pura e simplesmente mudam-se para o Brasil, para uma boa praia privada em Moçambique ou para algum mega condomínio fechado em Hong Kong e acabou."
bom texto este.
caturo, admira-me tu criticares esta medida...
Deves ser funcionário público...
Então um individuo que trabalha no estado, vai para a reforma a ganhar 90% do último salário, e todos sabemos que a fraude e corrupção é de tal forma generalizada que a maioria reforma-se subindo alguns degraus nos ultimos anos para sacar a reforma máxima?!
Gente reformada aos 50 anos...55 anos..60 anos...
reformas do estado superiores a 2000€....
na suiça as reformas estão limitadas a 1700€...
O sistema da seg. social está a colapsar devido a esta situação, mas claro até no PNr há pensionistas..
Estás a brincar? Como é que alguém que não seja das classes mais abastadas, ou talvez algum invejoso que trabalha nos privados e odeia os funcionários públicos, como é que, fora esses casos, alguém pode concordar em que se comece a sacar, ainda por cima retroactivamente, a reformados que ganhem mais de seiscentos euros? Isto é perfeitamente escandaloso.
bom texto este.
e por que achas que o celso tem o melhor blog em lingua tuga nesse meio dos com alto nivel de actualização?
Lá estás tu a encarar isto de forma emocional.. mas tens algum problema em discutir as coisas sem ter de estar a lançar "farpas"?
O que eu digo é evidente e negar o que disse é negar a realidade.
Com a população envelhecida e com as reformas de luxo da função pública, se não cortarem isto vai cair mais rápido do que se pensa. O corte de 10% é o ínicio, nos próximos anos haverão cortes de 30-40%.
o PIB já caiu 10% desde 2008. com os encargos do serviço de divida e os contratos ruinosos como vai haver receita para pagar a festa?
Explicar todas as razões demora muito tempo e não é em blogues que se aprendem estas coisas. Vai ler o orçamento de estado que está disponivel, faz contas e tira as tuas conclusões, tu falas falas, mas notasse que não tens conhecimentos tecnicos sobre o assunto, para ti é tudo uma questão emocional, se fosse ministro aumentavas a reforma a todos e era tudo feliz.. que infantilidade.
Tens de perceber que a alternativa que pelos vistos adoptas à lá que se lixe a troika e nada de cumprir com o que está assinado implica incumprimento e cortes bem maiores nas pensões.
Eu tambem acho que devemos seguir outro caminho que implique negociar a nossa saida da UE e euro, mas o que está a ser feito neste momento é a única saida viável. A alternativa da saída tem de ser feita quando o país estiver estabilizado... embora eu não acredite que a classe politica tenha capacidade/vontade para o fazer.
Só mesmo em Portugal é que ve vivem situações de gente a trabalhar uma vida inteira a ganhar de reforma 300€ e outros da função pública a ganhar 10000-20000€. isto não é indecente, isto é Pornográfico. Porque achas que o governo está a ser atacado por tudo e todos, é porque neste aspecto têm razão.
Há que convergir as reformas do público com o privado. Há que cortar nas reformas mais altas., O sistema de reformas da caixa é uma fraude, se perceberes como funciona nunca o defenderias...
olha só o exemplo:
um funcionario público recebe 1500€ de salário, vamos supor que ele faz descontos(o que na practica nao acontece na FP), então ele desconta 11% para a seg. social, assim como no privado. Ora num ano, deixa na caixa 2300€, numa carreira de 25 anos(eles reformam-se muito cedo) acomula um total de 57000€.
Como recebem 90% do último salário, então esse funcionario passaria a receber 1350€ por mes. Ao fim de 42 meses( cerca de 3 anos e meio) esgotaria todos os descontos!!!
mas o problema é que esse funcionario nunca na vida descontou com base em 1500€, no inicio de carreira receberia muito menos e pior ainda, na realidade a FP não faz descontos, apenas a seg. social dos provados tem o regime contributivo efectivo.
Agora, olha só o exemplo do Mário soares há decadas a receber reformas milionárias!! e diz-me se não achas justo o estado ajustar as reformas dos FP. Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama
as pensões e salários consomem 87% do orçamento do estado.
é muito facil estar a falar sempre mal, mas gostava que mostrasses números e não palavras.
tu falas muito de liberdade e democracia, mas bem gostavas de trabalhar as 35h, com emprego/salário garantido, 25 dias de férias, não ser avaliado, adse....e ainda uma boa reforma....
isto tudo quem é que paga?
é justo os do privado que sustentam isto tudo terem de trabalhar 40-45-60(alguns mais horas) sem segurança no trabalho, alías sem trabalho neste momento!!
férias? muitos nunca tiveram férias na vida homem!
Quem realmente produz/contribui para este país está completamente abandonado por este regime podre, seja um soldado da guerra, seja um lavrador ou um pequeno empresário..esses, o que sustentam esta merda toda e que alimentam parasitas é que têm autoridade moral, infelizmente as coisas chegaram até este ponto devido a decadas de vicios e muitos luxos.
e andas tu a falar de liberdade
de certeza que és funcionário público........
e faz as contas.. foi bom mas a festa tinha de ser paga um dia.
Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.
Para sobre-cúmulo, do ridículo, nem sequer reparas que o teu governo sabe lixar os pequenos, mas cortar naa pensões mais elevadas, como tu próprio reparaste que se fez na Suíça, está quieto ó mau. Aí não achaste que devia haver paralelo.
O maior compromisso do Estado é para com os mais desprotegidos. Esta é seguramente uma das últimas medidas a serem tomadas, depois, mas mesmo depois, de mandarem às urtigas os «compromissos» com as parcerias público-privadas, que continuam a chupar o Estado à força toda.
«Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama»
Pois, mas eu «se calhar» percebo o teu - não és funcionário público e estás-te a cagar para quem seja, aliás, estás é com vontade de ver quem o é a sofrer por anos e anos de «privilégios», isto é, de vida civilizada europeia. Deves achar que seiscentos euros é uma fortuna e que quem os ganha de reforma tem bom cabedal para ser taxado retroactivamente.
«tu falas muito de liberdade e democracia, mas bem gostavas de trabalhar as 35h, com emprego/salário garantido, 25 dias de férias, não ser avaliado, adse....e ainda uma boa reforma...»
Obviamente.
«isto tudo quem é que paga?»
Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se.
«férias? muitos nunca tiveram férias na vida homem!»
Isso sei eu e a mim não mo ensinas. Já por diversas vezes não pude ter férias. Mas, ao contrário de ti, tenho uma visão um bocadito mais civilizada e acho que a solução não é cortar tal «privilégio» a toda a maralha que o tem mas sim forçar os bem colocados a «ver» a coisa doutra maneira, seja a bem ou a mal. Os milhões e milhões que se entregaram à banca privada, que ainda por cima continuou a ser privada em vez de ser nacionalizada, só por si já dizem muito.
"Eu tambem acho que devemos seguir outro caminho que implique negociar a nossa saida da UE e euro, mas o que está a ser feito neste momento é a única saida viável."
É a única saída viável mas é para a miserabilidade, isso sim, pois este caminho só nos leva a estarmos cada vez mais pobres.
"A alternativa da saída tem de ser feita quando o país estiver estabilizado..."
O país com este caminho nunca estará estabilizado pois haverá sempre a necessidade de se efectuar cortes que originarão recessão e portanto uma diminuição das receitas que o implicará uma necessidade de se efectuar cortes, e depois mais é recessão, mais diminuição das receitais, e mais necessidade de se efectuar cortes.
Não sei se apercebeste mas isto é um circulo vicioso sem fim, e portanto não é este o caminho para Portugal.
"Só mesmo em Portugal é que ve vivem situações de gente a trabalhar uma vida inteira a ganhar de reforma 300€ e outros da função pública a ganhar 10000-20000€."
Ninguém na função pública ganha esses valores em funções similares às dos trabalhadores privados que ganham 300€. Não inventes.
"um funcionario público recebe 1500€ de salário, vamos supor que ele faz descontos(o que na practica nao acontece na FP)"
Não, na prática os funcionários públicos não conseguem a fugir ao pagamento da segurança social, não inventes.
", então ele desconta 11% para a seg. social, assim como no privado. Ora num ano, deixa na caixa 2300€, numa carreira de 25 anos(eles reformam-se muito cedo)"
Também muita gente do sector privado se reforma muito cedo.
"acomula um total de 57000€.
Como recebem 90% do último salário, então esse funcionario passaria a receber 1350€ por mes. Ao fim de 42 meses( cerca de 3 anos e meio) esgotaria todos os descontos!!!"
Como recebem a malta do privado, como também esgotam todos os descontos em poucos meses a malta do privado. E portanto o que dizes é igual ao litro.
"mas o problema é que esse funcionario nunca na vida descontou com base em 1500€, no inicio de carreira receberia muito menos e pior ainda, na realidade a FP não faz descontos, apenas a seg. social dos provados tem o regime contributivo efectivo."
Não, o que dizes também acontece no sector privado, logo não digas asneiras.
"Agora, olha só o exemplo do Mário soares há decadas a receber reformas milionárias!! e diz-me se não achas justo o estado ajustar as reformas dos FP. Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama"
Pois, mas o Mário Soares tem um regime especial de aposentações ao qual a esmagadora maioria dos funcionários públicos não tem direito, logo não é justo julgar os funcionários públicos pelo caso do Mário Soares.
“Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.”
Os meus donos, meu caro, a única vez que votei na vida foi no PNR em 2009. Aqui não está em causa ideologias, está em causa a realidade dos factos, e tu continuas a vir com conversa de “chacha” sem sustentação nos números. Uma economia que não cresce com uma população envelhecida e ainda um sector produtivo “refém” de uma classe profissional pública bem instalada é uma bomba relógio, quem quer entender que entenda, se não queres entender, vais mais tarde ou mais cedo de encontro à realidade. Tem graça falares de falta de “sofisticação” dos argumentos, é que os teus então são magníficos..Não refutaste nada do que eu disse porque é tudo verdade e como não tens outros argumentos vens com conversa de taberna..
“
Para sobre-cúmulo, do ridículo, nem sequer reparas que o teu governo sabe lixar os pequenos, mas cortar naa pensões mais elevadas, como tu próprio reparaste que se fez na Suíça, está quieto ó mau. Aí não achaste que devia haver paralelo.”
Lixar os pequenos…mas que ignorância.. Em Portugal só está bem quem é muito rico ou muito pobre, a classe média é explorada e vens com essa conversa…
Em Portugal um individuo que não faça nada na vida tem saúde gratuita, escola(se tiver filhos) gratuita, RSI, abono de familia e outros apoios sociais com habitação social, apoios géneros alimentares e muitos mais.
“O maior compromisso do Estado é para com os mais desprotegidos. Esta é seguramente uma das últimas medidas a serem tomadas, depois, mas mesmo depois, de mandarem às urtigas os «compromissos» com as parcerias público-privadas, que continuam a chupar o Estado à força toda.”
Mais uma, diz aqui aos leitores aonde é que foram prejudicados os pensionistas com as mais baixas pensões… esses além de não terem cortes ainda têm a pensão actualizada, mais uma vez tens de estudar melhor a lição..
“Pois, mas eu «se calhar» percebo o teu - não és funcionário público e estás-te a cagar para quem seja, aliás, estás é com vontade de ver quem o é a sofrer por anos e anos de «privilégios», isto é, de vida civilizada europeia. Deves achar que seiscentos euros é uma fortuna e que quem os ganha de reforma tem bom cabedal para ser taxado retroactivamente.”
Errado, há muitos funcionários públicos que são competentes e são fundamentais para o país, o problema é que neste sistema esses bons ficam “reféns” de uma máquina em que 80% não valem 1 chavo e é injusto para essa minoria de bons funcionários. Eu conheço bem a realidade, desde o regabofe dos docentes das universidades até ao funcionário de uma simples repartição de serviços. Sei bem que os salários/competências não corresponde ao mérito de cada um mais sim às cunhas e trafico de influências. Eu não vivo de Blogues, eu vido no mundo real e sei como funciona a economia(por formação) e sociedade(por experiência).
“Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se”
Haha, olha Caturo vai aprender economia e não exponhas tanto as fragilidades.. então o sector público produz riqueza??!
O sector público serve de suporte ao sector produtivo, logo não gera riqueza.. As empresas geradoras de riqueza já foram todas privatizadas pelos governos tugas. A cimpor, Edp, PT, Galp, Efacec, Lisnave.. brevemente CTT,etc etc. todas essas empresas já não estão nas mãos do estado. O que ficou foram serviços ineficientes e redundantes. Nessas empresas fazia sentido falar em funcionários que criavam riqueza, agora, explica aqui que riqueza criam as fundações Mário Soares, a casa da república, o parlamento, estou da dizer-te o obvio..
Ou então médicos que atendem os clientes conforme lhes apetece, muitas vezes encaminhando-os para as respectivas clinicas privadas…
Professores que não valem 1 chavo, não cumprem horários e são incompetentes.. de certeza que não passaste por isso, nunca tiveste maus professores na escola..? Somos dos piores do mundo a nivel de docência, normalmente aqui parece mais um clube de sociologos trotskistas do que gente preparada para orientar gente para aprender.
E mais…
Juízes que se protegem como uma corporação, aquilo é uma máfia..toda a gente sabe isso..
“Isso sei eu e a mim não mo ensinas. Já por diversas vezes não pude ter férias. Mas, ao contrário de ti, tenho uma visão um bocadito mais civilizada e acho que a solução não é cortar tal «privilégio» a toda a maralha que o tem mas sim forçar os bem colocados a «ver» a coisa doutra maneira, seja a bem ou a mal. Os milhões e milhões que se entregaram à banca privada, que ainda por cima continuou a ser privada em vez de ser nacionalizada, só por si já dizem muito.”
Não digas asneiras, eu também quero que o País seja muito desenvolvido e que as pessoas vivam bem, no entanto, isso não se atinge por vontade, mas com trabalho e com realismo.
Tu não compreendes o mundo em que vives, estás em negação.
“Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se”
«Haha, olha Caturo vai aprender economia e não exponhas tanto as fragilidades..»
Não continues a puxar por uma alegada superioridade do conhecimento da Economia se depois, argumentativamente, isso não só de nada te serve como ainda por cima te enterra.
«então o sector público produz riqueza??!»
Não é sua função produzir riqueza. Mas um país precisa de sector público como base para tudo o resto. E por acaso até há empresas públicas que dão lucro e, mistério dos mistérios, são mesmo essas às quais os privados querem deitar a mão, alegando que «no privado a gestão é melhor». É gente que tem a escolinha (neo-liberal) toda.
«As empresas geradoras de riqueza já foram todas privatizadas pelos governos tugas. A cimpor, Edp, PT, Galp, Efacec, Lisnave.. brevemente CTT,etc etc. todas essas empresas já não estão nas mãos do estado. O que ficou foram serviços ineficientes e redundantes. Nessas empresas fazia sentido falar em funcionários que criavam riqueza, »
Pois, mas pelos vistos os neo-liberais cujo pensamento defendes não achavam isso e até diziam que aquilo tinha de ser vendido aos privados porque sim, porque dava jeito. Ora tu admites que essas empresas davam lucro. Logo, admites que os funcionários públicos estavam a fazer bom trabalho, ou pelo menos a sustentar-se.
Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.” Os meus donos, meu caro, a única vez que votei na vida foi no PNR em 2009. Aqui não está em causa ideologias, »
Estás enganado. Aqui estão mesmo, mesmo, em causa as ideologias. Essa de «ai, as ideologias não interessam, o que contam são os factos» é da mesma água que aquela que de há uma década e meia para cá garante que «as ideologias morreram». Quem assim fala é geralmente pessoal de ideologia neo-liberal, economicista, que, não se sentindo à vontade no campo puramente político-ideológico, nem gostando da conversa nesses termos, resolve puxar o debate para o tema da economia, para a partir daí impor a sua visão economicista e neo-liberal da realidade como se de um dado adquirido se tratasse, sem que lhe seja oposta qualquer objecção ideológica.
O truque é velho e não pega.
Quanto a realidades dos factos e conhecimentos de Economia, enfim, se calhar o Chico Louças, por exemplo, tem uma visão diferente da tua, e olha que ele é economista, mas economista a sério, um dos maiores do país, com boa reputação na Europa. E depois há também uma senhora historiadora (as senhoras costumam ser primeiro, mas pronto) que diz até que essa história da dívida é toda uma grande fraude e os cidadãos nada devem ao Estado, ora repara:
http://gladio.blogspot.pt/2012/11/historiadores-provam-que-os-portugueses.html
A dívida dos portugueses ao Estado «não existe». É o que conclui o livro «Quem Paga o Estado Social em Portugal», coordenado pela historiadora Raquel Varela.
Segundo a historiadora, trata-se de um estudo científico que prova, através de um modelo matemático que os trabalhadores «pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado». «Na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado contas».
Mais:
O sistema está a «roubar» os contribuintes e os trabalhadores: «A dívida não é pública, é um mecanismo de acumulação de capital, ou seja é uma renda fixa para quem detém os títulos da dívida. A dívida produz juros e esses juros significam uma renda fixa para quem compra os títulos, nomeadamente o sector financeiro».
Sendo assim, diz a historiadora, a conclusão geral é que nos últimos 20 anos os trabalhadores pagaram «todos os gastos sociais que o Estado tem com eles e, portanto, não têm qualquer tipo de dívida.Entre muitos exemplos, os historiadores usam o caso da situação da saúde para concluírem que o sector está nas mãos das Parcerias Público Privadas (PPP): mais de metade do que os portugueses pagam para o serviço nacional de saúde é transferido para hospitais de gestão privada.
«Isto num país em que os trabalhadores recebem o equivalente a 50% do PIB, mas da massa total de impostos que entram no Estado, 75% vem do rendimentos dos trabalhadores e não do capital», justificam.
«À medida que aumentam as PPP, diminui a eficiência do serviço prestado. Ou seja, nos hospitais empresa, os serviços são mais caros e o Estado gasta mais do que gasta se fizer o mesmo num hospital público. Mais 0,5% na última década», indica Raquel Varela.
«Outro número que está no livro é o cálculo do roubo e do colapso para a segurança social que significa a transferência do fundo de pensões da banca e da Portugal Telecom falidos e que foram transferidos para a Segurança Social».
«Para nós cai por terra o mito da economia privada e empreendedora, sobretudo no que diz respeito às grandes empresas, porque as pequenas empresas não são nada favorecidas nestas questões e estamos a falar de grandes conglomerados económicos.
Para ler mais ainda, só comprando o livro.
Portanto, deixa-te de historietas à adepto «objectivo» da bola, porque falar com o interlocutor e dizer-lhe, de antemão, que ele não percebe nada do assunto, que é para depois aceitar cegamente, sem exame, o que tens a dizer, não é um bom processo de debate. Nada bom mesmo.
«Mais uma, diz aqui aos leitores aonde é que foram prejudicados os pensionistas com as mais baixas pensões… »
Já disse. Não é sério da tua parte estar a fingir que eu não o disse. Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.
Queres que diga outra vez, pela terceira vez?
Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.
E mais uma, agora a grosso:
Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.
Chega ou é preciso mais?
Mais uma vez arvoras uma superioridade de conhecimentos que de modo algum sustentas com argumentos, e pior, ignoras, com fanfarra e aparência de racionalidade, os argumentos do lado contrário.
Acredito que isso dê jeito na conversa sobre bola na tasca, mas quando as coisas estão registadas por escrito, a táctica fica com mau aspecto.
«Lixar os pequenos…mas que ignorância.. Em Portugal só está bem quem é muito rico ou muito pobre, »
Ai quem é muito pobre está bem... em Portugal quem é muito pobre está bem... pois, ao povinho basta-lhe um garrafão de tintol e não morrer de lepra, não é...
E ainda tens a obscena lata de falar em «conhecimento da sociedade (por experiência)». Parecendo que não, e mesmo não sendo tu pessoa de blogues, segundo dizes, acabaste de encontrar, numa conversa de blogue, a solução para os problemas da minguante classe média: eh pá, deixem-se empobrecer que quem é muito pobre está porreiro cá pelo burgo, come de borla na sopa dos pobres, está autorizado a largar a casa em que vive para ir viver para casa dos avós ou de outros parentes, escusa de comer alarvemente todos os dias, nem precisa tampouco de continuar a ver a tv cabo que isso é só americanices, não é de modo algum forçado a tomar os medicamentos todos que o médico receita mas só aqueles assim mais em conta, aguenta tudo assim um bocadinho e não chora, e de resto a vaselina até é oferecida pelo Estado, e lá vamos cantando e rindo.
É mesmo assim que a elite neo-liberal vê o povinho - «eles lá se aguentam, vivem todos juntos e depois comem uma chouriçada assada todos em convívio e mandam umas bocas, e nenhum deles morre à fome, para quem é bacalhau basta, eles até gostam...»
Pensa lá bem no que andas a dizer e enxerga a ridicularia que tens o topete de defender.
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