sexta-feira, maio 10, 2013

GOVERNO PROMETE SACAR AOS PENSIONISTAS PORTUGUESES

Depois da insistência da oposição, primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu, durante o debate quinzenal no Parlamento, que a eventual introdução de um novo factor de convergência de pensões vai afectar as reformas anteriores a 2005.
Pedro Passos Coelho não precisou valores mas afirmou, no entanto, que a contribuição será tanto menor quanto se conseguirem ganhos efectivos em outras áreas do sistema de segurança social.   
O primeiro-ministro alegou que Portugal tem um problema de sustentabilidade no sistema de pensões, precisando de fazer "várias correcções", deixando, ainda assim, a porta aberta para negociações.   
"Estamos disponíveis para conversar sobre essas matérias dentro do compromisso assumido com a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), que é o de iniciar esse debate com medidas concretas", referiu.   
"Se o senhor deputado tem outras ideias para suportar a sustentabilidade da segurança social, estamos disponíveis para as discutir", afirmou Passos Coelho. 

É fartar vilanagem - enquanto o dinheiro flui para os bancos e o fosso sócio-económico agrava-se: porque as classes mais elevadas não estão a perder poder de compra. Os reformados deveriam ser dos últimos grupos a sofrer um rombo desta maneira, ainda para mais a título retroactivo. Possivelmente agora até vai haver um recuozito do governo e a medida aprovada será mais «moderada», ou seja, será cruel mas menos, e o povinho, que, segundo o ministro das Finanças, é «o melhor povinho do mundo», vai aguentando, a protestar contra a má qualidade da vaselina, mas ainda assim aguentando...

E, independentemente da variante tuga, particularmente insultuosa, o problema não «é o Passos Coelho!», ou sequer «a Merkel!» ou qualquer outro dos testas-de-ferro eleitos, ou por outra, dados a eleger aos Povos. Tire-se do poleiro Passos Coelho e outro passoscoelho será lá colocado, valendo o mesmo para Merkel ou para qualquer outro «líder» europeu daqueles com mais hipóteses de ser eleito, ou seja, dos partidos do sistema. Prova flagrante disso é a abissal diferença entre o que o presidente socialista francês François Hollande prometeu, contra a austeridade, e o que está realmente a fazer, em prol da austeridade, depois de ser eleito - um socialista, note-se, ou seja, é do lado «contrário» ao da hoste de Passos Coelho e Merkel, pois claro, é o teatrinho do sistema, dois «oponentes» que só se opõem no que menos conta e que na verdade fazem essencialmente o mesmo quando eleitos.

Porque a elite plutocrática que usa a classe política a seu bel-prazer está de pedra e cal interessada em manter a marcha da globalização, e só um travão à globalização poderia salvar a Europa da crise. Só com severo proteccionismo é que a Europa, semi-fechando-se, pode enfrentar o poderio económico da China. Mas essa elite não quer proteccionismo, porque quer a globalização, porque sacralizou o ideal do comércio livre, sem fronteiras, e porque os maiorais, uns não são europeus, e os que o são, são também visceralmente apátridas, borrifando-se por isso bem borrifados para o bem-estar dos Europeus. Se a coisa corre mal na Europa, eles decidem que «ai, na Europa isto já não se pode...» e pura e simplesmente mudam-se para o Brasil, para uma boa praia privada em Moçambique ou para algum mega condomínio fechado em Hong Kong e acabou.

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"E, independentemente da variante tuga, particularmente insultuosa, o problema não «é o Passos Coelho!», ou sequer «a Merkel!» ou qualquer outro dos testas-de-ferro eleitos, ou por outra, dados a eleger aos Povos. Tire-se do poleiro Passos Coelho e outro passoscoelho será lá colocado, valendo o mesmo para Merkel ou para qualquer outro «líder» europeu daqueles com mais hipóteses de ser eleito, ou seja, dos partidos do sistema. Prova flagrante disso é a abissal diferença entre o que o presidente socialista francês François Hollande prometeu, contra a austeridade, e o que está realmente a fazer, em prol da austeridade, depois de ser eleito - um socialista, note-se, ou seja, é do lado «contrário» ao da hoste de Passos Coelho e Merkel, pois claro, é o teatrinho do sistema, dois «oponentes» que só se opõem no que menos conta e que na verdade fazem essencialmente o mesmo quando eleitos.
Porque a elite plutocrática que usa a classe política a seu bel-prazer está de pedra e cal interessada em manter a marcha da globalização, e só um travão à globalização poderia salvar a Europa da crise. Só com severo proteccionismo é que a Europa, semi-fechando-se, pode enfrentar o poderio económico da China. Mas essa elite não quer proteccionismo, porque quer a globalização, porque sacralizou o ideal do comércio livre, sem fronteiras, e porque os maiorais, uns não são europeus, e os que o são, são também visceralmente apátridas, borrifando-se por isso bem borrifados para o bem-estar dos Europeus. Se a coisa corre mal na Europa, eles decidem que «ai, na Europa isto já não se pode...» e pura e simplesmente mudam-se para o Brasil, para uma boa praia privada em Moçambique ou para algum mega condomínio fechado em Hong Kong e acabou."


bom texto este.

11 de maio de 2013 às 01:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

caturo, admira-me tu criticares esta medida...

Deves ser funcionário público...

Então um individuo que trabalha no estado, vai para a reforma a ganhar 90% do último salário, e todos sabemos que a fraude e corrupção é de tal forma generalizada que a maioria reforma-se subindo alguns degraus nos ultimos anos para sacar a reforma máxima?!

Gente reformada aos 50 anos...55 anos..60 anos...

reformas do estado superiores a 2000€....

na suiça as reformas estão limitadas a 1700€...

O sistema da seg. social está a colapsar devido a esta situação, mas claro até no PNr há pensionistas..

11 de maio de 2013 às 02:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Estás a brincar? Como é que alguém que não seja das classes mais abastadas, ou talvez algum invejoso que trabalha nos privados e odeia os funcionários públicos, como é que, fora esses casos, alguém pode concordar em que se comece a sacar, ainda por cima retroactivamente, a reformados que ganhem mais de seiscentos euros? Isto é perfeitamente escandaloso.

12 de maio de 2013 às 15:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

bom texto este.

e por que achas que o celso tem o melhor blog em lingua tuga nesse meio dos com alto nivel de actualização?

12 de maio de 2013 às 19:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...



Lá estás tu a encarar isto de forma emocional.. mas tens algum problema em discutir as coisas sem ter de estar a lançar "farpas"?

O que eu digo é evidente e negar o que disse é negar a realidade.

Com a população envelhecida e com as reformas de luxo da função pública, se não cortarem isto vai cair mais rápido do que se pensa. O corte de 10% é o ínicio, nos próximos anos haverão cortes de 30-40%.

o PIB já caiu 10% desde 2008. com os encargos do serviço de divida e os contratos ruinosos como vai haver receita para pagar a festa?

Explicar todas as razões demora muito tempo e não é em blogues que se aprendem estas coisas. Vai ler o orçamento de estado que está disponivel, faz contas e tira as tuas conclusões, tu falas falas, mas notasse que não tens conhecimentos tecnicos sobre o assunto, para ti é tudo uma questão emocional, se fosse ministro aumentavas a reforma a todos e era tudo feliz.. que infantilidade.

Tens de perceber que a alternativa que pelos vistos adoptas à lá que se lixe a troika e nada de cumprir com o que está assinado implica incumprimento e cortes bem maiores nas pensões.

Eu tambem acho que devemos seguir outro caminho que implique negociar a nossa saida da UE e euro, mas o que está a ser feito neste momento é a única saida viável. A alternativa da saída tem de ser feita quando o país estiver estabilizado... embora eu não acredite que a classe politica tenha capacidade/vontade para o fazer.

Só mesmo em Portugal é que ve vivem situações de gente a trabalhar uma vida inteira a ganhar de reforma 300€ e outros da função pública a ganhar 10000-20000€. isto não é indecente, isto é Pornográfico. Porque achas que o governo está a ser atacado por tudo e todos, é porque neste aspecto têm razão.

Há que convergir as reformas do público com o privado. Há que cortar nas reformas mais altas., O sistema de reformas da caixa é uma fraude, se perceberes como funciona nunca o defenderias...

olha só o exemplo:

um funcionario público recebe 1500€ de salário, vamos supor que ele faz descontos(o que na practica nao acontece na FP), então ele desconta 11% para a seg. social, assim como no privado. Ora num ano, deixa na caixa 2300€, numa carreira de 25 anos(eles reformam-se muito cedo) acomula um total de 57000€.
Como recebem 90% do último salário, então esse funcionario passaria a receber 1350€ por mes. Ao fim de 42 meses( cerca de 3 anos e meio) esgotaria todos os descontos!!!

mas o problema é que esse funcionario nunca na vida descontou com base em 1500€, no inicio de carreira receberia muito menos e pior ainda, na realidade a FP não faz descontos, apenas a seg. social dos provados tem o regime contributivo efectivo.

Agora, olha só o exemplo do Mário soares há decadas a receber reformas milionárias!! e diz-me se não achas justo o estado ajustar as reformas dos FP. Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama

as pensões e salários consomem 87% do orçamento do estado.

é muito facil estar a falar sempre mal, mas gostava que mostrasses números e não palavras.

tu falas muito de liberdade e democracia, mas bem gostavas de trabalhar as 35h, com emprego/salário garantido, 25 dias de férias, não ser avaliado, adse....e ainda uma boa reforma....

isto tudo quem é que paga?

é justo os do privado que sustentam isto tudo terem de trabalhar 40-45-60(alguns mais horas) sem segurança no trabalho, alías sem trabalho neste momento!!

férias? muitos nunca tiveram férias na vida homem!

Quem realmente produz/contribui para este país está completamente abandonado por este regime podre, seja um soldado da guerra, seja um lavrador ou um pequeno empresário..esses, o que sustentam esta merda toda e que alimentam parasitas é que têm autoridade moral, infelizmente as coisas chegaram até este ponto devido a decadas de vicios e muitos luxos.

e andas tu a falar de liberdade

de certeza que és funcionário público........

e faz as contas.. foi bom mas a festa tinha de ser paga um dia.

13 de maio de 2013 às 00:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.

Para sobre-cúmulo, do ridículo, nem sequer reparas que o teu governo sabe lixar os pequenos, mas cortar naa pensões mais elevadas, como tu próprio reparaste que se fez na Suíça, está quieto ó mau. Aí não achaste que devia haver paralelo.

O maior compromisso do Estado é para com os mais desprotegidos. Esta é seguramente uma das últimas medidas a serem tomadas, depois, mas mesmo depois, de mandarem às urtigas os «compromissos» com as parcerias público-privadas, que continuam a chupar o Estado à força toda.

13 de maio de 2013 às 08:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama»

Pois, mas eu «se calhar» percebo o teu - não és funcionário público e estás-te a cagar para quem seja, aliás, estás é com vontade de ver quem o é a sofrer por anos e anos de «privilégios», isto é, de vida civilizada europeia. Deves achar que seiscentos euros é uma fortuna e que quem os ganha de reforma tem bom cabedal para ser taxado retroactivamente.

13 de maio de 2013 às 09:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«tu falas muito de liberdade e democracia, mas bem gostavas de trabalhar as 35h, com emprego/salário garantido, 25 dias de férias, não ser avaliado, adse....e ainda uma boa reforma...»

Obviamente.


«isto tudo quem é que paga?»

Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se.

13 de maio de 2013 às 09:07:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«férias? muitos nunca tiveram férias na vida homem!»

Isso sei eu e a mim não mo ensinas. Já por diversas vezes não pude ter férias. Mas, ao contrário de ti, tenho uma visão um bocadito mais civilizada e acho que a solução não é cortar tal «privilégio» a toda a maralha que o tem mas sim forçar os bem colocados a «ver» a coisa doutra maneira, seja a bem ou a mal. Os milhões e milhões que se entregaram à banca privada, que ainda por cima continuou a ser privada em vez de ser nacionalizada, só por si já dizem muito.

13 de maio de 2013 às 09:11:00 WEST  
Blogger Titan said...

"Eu tambem acho que devemos seguir outro caminho que implique negociar a nossa saida da UE e euro, mas o que está a ser feito neste momento é a única saida viável."

É a única saída viável mas é para a miserabilidade, isso sim, pois este caminho só nos leva a estarmos cada vez mais pobres.


"A alternativa da saída tem de ser feita quando o país estiver estabilizado..."

O país com este caminho nunca estará estabilizado pois haverá sempre a necessidade de se efectuar cortes que originarão recessão e portanto uma diminuição das receitas que o implicará uma necessidade de se efectuar cortes, e depois mais é recessão, mais diminuição das receitais, e mais necessidade de se efectuar cortes.
Não sei se apercebeste mas isto é um circulo vicioso sem fim, e portanto não é este o caminho para Portugal.

"Só mesmo em Portugal é que ve vivem situações de gente a trabalhar uma vida inteira a ganhar de reforma 300€ e outros da função pública a ganhar 10000-20000€."

Ninguém na função pública ganha esses valores em funções similares às dos trabalhadores privados que ganham 300€. Não inventes.

"um funcionario público recebe 1500€ de salário, vamos supor que ele faz descontos(o que na practica nao acontece na FP)"

Não, na prática os funcionários públicos não conseguem a fugir ao pagamento da segurança social, não inventes.


", então ele desconta 11% para a seg. social, assim como no privado. Ora num ano, deixa na caixa 2300€, numa carreira de 25 anos(eles reformam-se muito cedo)"

Também muita gente do sector privado se reforma muito cedo.


"acomula um total de 57000€.
Como recebem 90% do último salário, então esse funcionario passaria a receber 1350€ por mes. Ao fim de 42 meses( cerca de 3 anos e meio) esgotaria todos os descontos!!!"

Como recebem a malta do privado, como também esgotam todos os descontos em poucos meses a malta do privado. E portanto o que dizes é igual ao litro.

"mas o problema é que esse funcionario nunca na vida descontou com base em 1500€, no inicio de carreira receberia muito menos e pior ainda, na realidade a FP não faz descontos, apenas a seg. social dos provados tem o regime contributivo efectivo."

Não, o que dizes também acontece no sector privado, logo não digas asneiras.


"Agora, olha só o exemplo do Mário soares há decadas a receber reformas milionárias!! e diz-me se não achas justo o estado ajustar as reformas dos FP. Paras mais, as reformas mais baixas estão asseguradas. Não percebo o teu drama"

Pois, mas o Mário Soares tem um regime especial de aposentações ao qual a esmagadora maioria dos funcionários públicos não tem direito, logo não é justo julgar os funcionários públicos pelo caso do Mário Soares.

13 de maio de 2013 às 13:18:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

“Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.”

Os meus donos, meu caro, a única vez que votei na vida foi no PNR em 2009. Aqui não está em causa ideologias, está em causa a realidade dos factos, e tu continuas a vir com conversa de “chacha” sem sustentação nos números. Uma economia que não cresce com uma população envelhecida e ainda um sector produtivo “refém” de uma classe profissional pública bem instalada é uma bomba relógio, quem quer entender que entenda, se não queres entender, vais mais tarde ou mais cedo de encontro à realidade. Tem graça falares de falta de “sofisticação” dos argumentos, é que os teus então são magníficos..Não refutaste nada do que eu disse porque é tudo verdade e como não tens outros argumentos vens com conversa de taberna..


Para sobre-cúmulo, do ridículo, nem sequer reparas que o teu governo sabe lixar os pequenos, mas cortar naa pensões mais elevadas, como tu próprio reparaste que se fez na Suíça, está quieto ó mau. Aí não achaste que devia haver paralelo.”

Lixar os pequenos…mas que ignorância.. Em Portugal só está bem quem é muito rico ou muito pobre, a classe média é explorada e vens com essa conversa…
Em Portugal um individuo que não faça nada na vida tem saúde gratuita, escola(se tiver filhos) gratuita, RSI, abono de familia e outros apoios sociais com habitação social, apoios géneros alimentares e muitos mais.
“O maior compromisso do Estado é para com os mais desprotegidos. Esta é seguramente uma das últimas medidas a serem tomadas, depois, mas mesmo depois, de mandarem às urtigas os «compromissos» com as parcerias público-privadas, que continuam a chupar o Estado à força toda.”
Mais uma, diz aqui aos leitores aonde é que foram prejudicados os pensionistas com as mais baixas pensões… esses além de não terem cortes ainda têm a pensão actualizada, mais uma vez tens de estudar melhor a lição..
“Pois, mas eu «se calhar» percebo o teu - não és funcionário público e estás-te a cagar para quem seja, aliás, estás é com vontade de ver quem o é a sofrer por anos e anos de «privilégios», isto é, de vida civilizada europeia. Deves achar que seiscentos euros é uma fortuna e que quem os ganha de reforma tem bom cabedal para ser taxado retroactivamente.”
Errado, há muitos funcionários públicos que são competentes e são fundamentais para o país, o problema é que neste sistema esses bons ficam “reféns” de uma máquina em que 80% não valem 1 chavo e é injusto para essa minoria de bons funcionários. Eu conheço bem a realidade, desde o regabofe dos docentes das universidades até ao funcionário de uma simples repartição de serviços. Sei bem que os salários/competências não corresponde ao mérito de cada um mais sim às cunhas e trafico de influências. Eu não vivo de Blogues, eu vido no mundo real e sei como funciona a economia(por formação) e sociedade(por experiência).

13 de maio de 2013 às 16:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

“Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se”

Haha, olha Caturo vai aprender economia e não exponhas tanto as fragilidades.. então o sector público produz riqueza??!
O sector público serve de suporte ao sector produtivo, logo não gera riqueza.. As empresas geradoras de riqueza já foram todas privatizadas pelos governos tugas. A cimpor, Edp, PT, Galp, Efacec, Lisnave.. brevemente CTT,etc etc. todas essas empresas já não estão nas mãos do estado. O que ficou foram serviços ineficientes e redundantes. Nessas empresas fazia sentido falar em funcionários que criavam riqueza, agora, explica aqui que riqueza criam as fundações Mário Soares, a casa da república, o parlamento, estou da dizer-te o obvio..
Ou então médicos que atendem os clientes conforme lhes apetece, muitas vezes encaminhando-os para as respectivas clinicas privadas…
Professores que não valem 1 chavo, não cumprem horários e são incompetentes.. de certeza que não passaste por isso, nunca tiveste maus professores na escola..? Somos dos piores do mundo a nivel de docência, normalmente aqui parece mais um clube de sociologos trotskistas do que gente preparada para orientar gente para aprender.
E mais…
Juízes que se protegem como uma corporação, aquilo é uma máfia..toda a gente sabe isso..

“Isso sei eu e a mim não mo ensinas. Já por diversas vezes não pude ter férias. Mas, ao contrário de ti, tenho uma visão um bocadito mais civilizada e acho que a solução não é cortar tal «privilégio» a toda a maralha que o tem mas sim forçar os bem colocados a «ver» a coisa doutra maneira, seja a bem ou a mal. Os milhões e milhões que se entregaram à banca privada, que ainda por cima continuou a ser privada em vez de ser nacionalizada, só por si já dizem muito.”

Não digas asneiras, eu também quero que o País seja muito desenvolvido e que as pessoas vivam bem, no entanto, isso não se atinge por vontade, mas com trabalho e com realismo.
Tu não compreendes o mundo em que vives, estás em negação.

13 de maio de 2013 às 16:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

“Paga o trabalho dessas pessoas durante anos, como sucedeu até agora. E não foi por causa disso que a situação chegou ao que chegou, mas sim devido a negociatas com milhões perdidos pelo Estado para as grandes empresas e bancos. Não foi o povinho, ou o cidadão médio, que andou a viver «acima das suas possibilidades», como sói dizer-se”

«Haha, olha Caturo vai aprender economia e não exponhas tanto as fragilidades..»

Não continues a puxar por uma alegada superioridade do conhecimento da Economia se depois, argumentativamente, isso não só de nada te serve como ainda por cima te enterra.

13 de maio de 2013 às 18:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«então o sector público produz riqueza??!»

Não é sua função produzir riqueza. Mas um país precisa de sector público como base para tudo o resto. E por acaso até há empresas públicas que dão lucro e, mistério dos mistérios, são mesmo essas às quais os privados querem deitar a mão, alegando que «no privado a gestão é melhor». É gente que tem a escolinha (neo-liberal) toda.


13 de maio de 2013 às 18:42:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«As empresas geradoras de riqueza já foram todas privatizadas pelos governos tugas. A cimpor, Edp, PT, Galp, Efacec, Lisnave.. brevemente CTT,etc etc. todas essas empresas já não estão nas mãos do estado. O que ficou foram serviços ineficientes e redundantes. Nessas empresas fazia sentido falar em funcionários que criavam riqueza, »

Pois, mas pelos vistos os neo-liberais cujo pensamento defendes não achavam isso e até diziam que aquilo tinha de ser vendido aos privados porque sim, porque dava jeito. Ora tu admites que essas empresas davam lucro. Logo, admites que os funcionários públicos estavam a fazer bom trabalho, ou pelo menos a sustentar-se.


13 de maio de 2013 às 18:42:00 WEST  
Blogger Caturo said...


Ó rapaz, deixa lá de ser ridículo e olha-te bem ao espelho. Então tu vens para aqui defender os teus donos do PSD e insinuar que eu e/ou outros do PNR temos interesses nisto porque «se calhar somos é funcionários públicos...» (como se ser funcionário público merecesse só por si denúncia, não há dúvida que essa é a escolinha mete-nojo neo-liberal), e depois, quando te devolvo o brinde, eu é que sou emocional e «insultuoso»? Eheheheh... Para cúmulo, vens com pretensos objectivismos, como se tivesses demonstrado alguma lógica no que estás a dizer, só porque o dizes. O teu lugarzinho é na tasca a discutir bola, garantindo, com racional objectividade, que a tua equipa é que mereceu ganhar, porque toda a gente sabe que ali foi penalti não marcado e etc., é um dado adquirido. É mesmo a esse nível que te situas.” Os meus donos, meu caro, a única vez que votei na vida foi no PNR em 2009. Aqui não está em causa ideologias, »

Estás enganado. Aqui estão mesmo, mesmo, em causa as ideologias. Essa de «ai, as ideologias não interessam, o que contam são os factos» é da mesma água que aquela que de há uma década e meia para cá garante que «as ideologias morreram». Quem assim fala é geralmente pessoal de ideologia neo-liberal, economicista, que, não se sentindo à vontade no campo puramente político-ideológico, nem gostando da conversa nesses termos, resolve puxar o debate para o tema da economia, para a partir daí impor a sua visão economicista e neo-liberal da realidade como se de um dado adquirido se tratasse, sem que lhe seja oposta qualquer objecção ideológica.

O truque é velho e não pega.

13 de maio de 2013 às 18:42:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quanto a realidades dos factos e conhecimentos de Economia, enfim, se calhar o Chico Louças, por exemplo, tem uma visão diferente da tua, e olha que ele é economista, mas economista a sério, um dos maiores do país, com boa reputação na Europa. E depois há também uma senhora historiadora (as senhoras costumam ser primeiro, mas pronto) que diz até que essa história da dívida é toda uma grande fraude e os cidadãos nada devem ao Estado, ora repara:

http://gladio.blogspot.pt/2012/11/historiadores-provam-que-os-portugueses.html

A dívida dos portugueses ao Estado «não existe». É o que conclui o livro «Quem Paga o Estado Social em Portugal», coordenado pela historiadora Raquel Varela.
Segundo a historiadora, trata-se de um estudo científico que prova, através de um modelo matemático que os trabalhadores «pagam o suficiente para todos os gastos sociais do Estado». «Na maioria dos anos os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado contas».

Mais:

O sistema está a «roubar» os contribuintes e os trabalhadores: «A dívida não é pública, é um mecanismo de acumulação de capital, ou seja é uma renda fixa para quem detém os títulos da dívida. A dívida produz juros e esses juros significam uma renda fixa para quem compra os títulos, nomeadamente o sector financeiro».


Sendo assim, diz a historiadora, a conclusão geral é que nos últimos 20 anos os trabalhadores pagaram «todos os gastos sociais que o Estado tem com eles e, portanto, não têm qualquer tipo de dívida.Entre muitos exemplos, os historiadores usam o caso da situação da saúde para concluírem que o sector está nas mãos das Parcerias Público Privadas (PPP): mais de metade do que os portugueses pagam para o serviço nacional de saúde é transferido para hospitais de gestão privada.

«Isto num país em que os trabalhadores recebem o equivalente a 50% do PIB, mas da massa total de impostos que entram no Estado, 75% vem do rendimentos dos trabalhadores e não do capital», justificam.
«À medida que aumentam as PPP, diminui a eficiência do serviço prestado. Ou seja, nos hospitais empresa, os serviços são mais caros e o Estado gasta mais do que gasta se fizer o mesmo num hospital público. Mais 0,5% na última década», indica Raquel Varela.
«Outro número que está no livro é o cálculo do roubo e do colapso para a segurança social que significa a transferência do fundo de pensões da banca e da Portugal Telecom falidos e que foram transferidos para a Segurança Social».

«Para nós cai por terra o mito da economia privada e empreendedora, sobretudo no que diz respeito às grandes empresas, porque as pequenas empresas não são nada favorecidas nestas questões e estamos a falar de grandes conglomerados económicos.


Para ler mais ainda, só comprando o livro.

Portanto, deixa-te de historietas à adepto «objectivo» da bola, porque falar com o interlocutor e dizer-lhe, de antemão, que ele não percebe nada do assunto, que é para depois aceitar cegamente, sem exame, o que tens a dizer, não é um bom processo de debate. Nada bom mesmo.

13 de maio de 2013 às 18:43:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Mais uma, diz aqui aos leitores aonde é que foram prejudicados os pensionistas com as mais baixas pensões… »

Já disse. Não é sério da tua parte estar a fingir que eu não o disse. Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.

Queres que diga outra vez, pela terceira vez?

Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.

E mais uma, agora a grosso:
Quem receba seiscentos euros ou mais começa a ser taxado retroactivamente.

Chega ou é preciso mais?

Mais uma vez arvoras uma superioridade de conhecimentos que de modo algum sustentas com argumentos, e pior, ignoras, com fanfarra e aparência de racionalidade, os argumentos do lado contrário.

13 de maio de 2013 às 18:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Acredito que isso dê jeito na conversa sobre bola na tasca, mas quando as coisas estão registadas por escrito, a táctica fica com mau aspecto.

13 de maio de 2013 às 18:52:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Lixar os pequenos…mas que ignorância.. Em Portugal só está bem quem é muito rico ou muito pobre, »

Ai quem é muito pobre está bem... em Portugal quem é muito pobre está bem... pois, ao povinho basta-lhe um garrafão de tintol e não morrer de lepra, não é...

E ainda tens a obscena lata de falar em «conhecimento da sociedade (por experiência)». Parecendo que não, e mesmo não sendo tu pessoa de blogues, segundo dizes, acabaste de encontrar, numa conversa de blogue, a solução para os problemas da minguante classe média: eh pá, deixem-se empobrecer que quem é muito pobre está porreiro cá pelo burgo, come de borla na sopa dos pobres, está autorizado a largar a casa em que vive para ir viver para casa dos avós ou de outros parentes, escusa de comer alarvemente todos os dias, nem precisa tampouco de continuar a ver a tv cabo que isso é só americanices, não é de modo algum forçado a tomar os medicamentos todos que o médico receita mas só aqueles assim mais em conta, aguenta tudo assim um bocadinho e não chora, e de resto a vaselina até é oferecida pelo Estado, e lá vamos cantando e rindo.

É mesmo assim que a elite neo-liberal vê o povinho - «eles lá se aguentam, vivem todos juntos e depois comem uma chouriçada assada todos em convívio e mandam umas bocas, e nenhum deles morre à fome, para quem é bacalhau basta, eles até gostam...»

Pensa lá bem no que andas a dizer e enxerga a ridicularia que tens o topete de defender.

13 de maio de 2013 às 19:02:00 WEST  

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