«PREOCUPA-TE MAS É COM O TEU PAÍS EM PRIMEIRO LUGAR, OS TEUS INTERESSES PARTICULARES POUCO OU NADA CONTAM»
Nunca deixo de achar piada ao modo quase reverente com que toda a gente refere o famoso lema de Kennedy, «Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti - pergunta o que tu podes fazer pelo teu país» ( 'ask not what your country can do for you – ask what you can do for your country').
E é um belo lema, sem dúvida. E perfeitamente «extremo-direitista». É quase «fascismo» puro. Uma máxima autenticamente nacionalista, ou que pelo menos serve especialmente bem o Nacionalismo. Consta que por acaso Kennedy a «sacou» de um antigo professor seu, que a dizia da mesma maneira (http://www.dailymail.co.uk/news/article-2056020/JFK-stole-ask-country-speech-old-headmaster.html), mas isso nenhum valor tira à frase.
O que não deixa de ser engraçado, retorno, é que todos os que a oiço citar o façam com tanta simpatia, sempre sem o mais pequeno laivo de crítica. Fosse um Hitler, um Mussolini ou um Salazar a proferirem-na, já tal declaração constituiria prova provada de que o «Nazismo/Fascismo» esmagava o indivíduo em prol do colectivo e incitava ao sacrifício ovino de si mesmo e etc..* Mas como em vez disso a coisa foi dita por uma figura especialmente cara à Esquerda ocidental, talvez o maior mito da Esquerda moderada do século XX, e como o modelo que tinha pinta de defender ou vir a defender era anti-racista e «inclusivo», já ninguém se indigna com tal apelo ao sacrifício do indivíduo em nome da colectividade de que faz parte...
* Aliás, o que Salazar, por exemplo, mais dizia, a esse respeito, era até menos declaradamente anti-individualista: «Nada contra a Nação, tudo pela Nação».
* Aliás, o que Salazar, por exemplo, mais dizia, a esse respeito, era até menos declaradamente anti-individualista: «Nada contra a Nação, tudo pela Nação».
10 Comments:
Na tua mente deves achar que fizeste um post profundo, mas vale tanto como a facilidade que se tem em encontrar pornografia e mete-la num blogue.
Vamos lá ver. Hitler, Mussolini e Salazar retiraram os poderes individuais, liberdade de expressão, e de religião. E impuseram a sua ideologia totalitaria (e autoritária no caso do Salazar) na sociedade. "Nada contra a Nação" pode ter várias interpretações, mas sabemos o papel da PIDE, pelo que se percebe neste contexto qual é a interpretação.
No caso do Kennedy, meu imbecil, percebe-se o contexto - não é um apelo contra os direitos individuais e liberdade de expressão, mas sim um apelo contra o egoismo e o materialismo, e um convite para que as pessoas se voluntarizem para o bem comum. Isto não tem nada de fascismo, porque ele está a apelar directamente aos individuos, não a querer aumentar o papel do Estado na vida dos indivíduos.
«Na tua mente deves achar que fizeste um post profundo,»
E não está nada mau. Tanto não está que ficaste perturbado, borrego - sentiste-te picado e ainda bem. Saiu melhor que a encomenda, na verdade.
«vale tanto como a facilidade que se tem em encontrar pornografia e mete-la num blogue»
Trabalho ao qual tens estado especialmente atento e bitaiteiro.
«Vamos lá ver.»
Vamos então, vamos lá ver...
«Hitler, Mussolini e Salazar retiraram os poderes individuais, liberdade de expressão, e de religião.»
Começas mal, aleijadinho. Mas qual de religião qual quê, tanto na Itália fascista como na Alemanha NS havia liberdade de religião, e em Portugal também, excepto para as seitas e/ou cultos considerados perigosos para o Estado. Quanto ao resto, já vamos ver, ora atenta:
«No caso do Kennedy, meu imbecil, percebe-se o contexto»
Foi exactamente o que eu disse, meu filhadaputa burro, é que está mesmo nítido na última frase do texto (nota de rodapé à parte). E foi mesmo por isso que ficaste esperneante. E que tu digas que não há problema porque a teu ver «era por uma boa causa» só denuncia a tua posição, exactamente, mas exactamente como eu disse no texto: não é a questão dos direitos do indivíduo contra os «patriotismos opressores das identidades» que vos move, o que vos move realmente é usar os individualismos contra os Estados e as unidades étnicas. Aí é que a merda como tu acha bem agitar a bandeira das «liberdades» e do «indivíduo!» Noutras ocasiões, metem a viola no saco, o que de resto é mais que óbvio no modo como sem qualquer espécie de vergonha nas trombas legislam contra a liberdade de expressão «racista».
Quem realmente sabe pensar em termos ideológicos, animal, não se preocupa apenas com o «contexto» ou com o «para o que é que é», mas sim com as ideias em si e com aquilo onde conduzem. É aliás isso que a tua escumalha faz de cada vez que alguém fala em orgulhos nacionais, mesmo sem pregar ódio algum ou agredir seja quem for: «ai, o do bigodinho também começou assim...» e outras imbecilidades do género. Nessa altura já se preocupam com o «onde vai dar!...», mesmo que no contexto, como disseste, burgesso, não haja nem totalitarismo, nem supressão de direitos, nem qualquer violência.
Ora o que o Kennedy disse facilmente se pode tornar num lema que fomente o esmagamento da individualidade ou até da exigência de direitos do indivíduo contra o Estado.
E dizeres que isso «não tem nada a ver com Fascismo» porque, guinchas tu, «está a apelar directamente aos indivíduos», essa então é o corolário da tua acéfala parvoíce, de quem está realmente em apuros para inventar diferenças. Nesse caso, tanso de merda, quando o Mussolini diz «Me ne frego!» ou «Não me importa!» (referindo-se às dores sofridas em combate), um dos principais lemas do Fascismo italiano, nesse caso também não está a ser fascista, porque aquilo é só mesmo um indivíduo a falar.
Aprende, gebo, pensa antes de escreveres.
Começas mal, aleijadinho. Mas qual de religião qual quê, tanto na Itália fascista como na Alemanha NS havia liberdade de religião, e em Portugal também, excepto para as seitas e/ou cultos considerados perigosos para o Estado. Quanto ao resto, já vamos ver, ora atenta:
pois, deve ser por isso que a alemanha teve o primeiro nu no cinema, que na alemanha coexistiam luteranos, catolicos, ateus, pagãos e cia no mesmo nsdap..hehe
"«Hitler, Mussolini e Salazar retiraram os poderes individuais, liberdade de expressão, e de religião.»
Começas mal, aleijadinho. Mas qual de religião qual quê, tanto na Itália fascista como na Alemanha NS havia liberdade de religião,"
ah muito bem, sim senhor. então sempre admites que o NS não foi totalitário.
totalitário significa controlar a totalidade da natureza humana.
se havia liberdade de religião, entre outras coisas, então não havia totalitarismo.
totalitarismo era na URSS ateísta militante à força!
"No caso do Kennedy, meu imbecil, percebe-se o contexto - não é um apelo contra os direitos individuais e liberdade de expressão, mas sim um apelo contra o egoismo e o materialismo"
isto dito por democratas, arautos do materialismo puro e duro.
ainda por cima um "social-democrata" de esquerda moderada. é para rir, concerteza.
apelo ao colectivismo sim, agora contra o materialismo é para rir...
"Isto não tem nada de fascismo, porque ele está a apelar directamente aos individuos, não a querer aumentar o papel do Estado na vida dos indivíduos."
parvoíce. em primeiro lugar não é só, nem sobretudo o fascismo que "aumenta o papel do estado" na vida dos indíviduos.
e em segundo lugar, o Kennedy está a querer aumentar o papel do estado na vida dos indíviduos, sim, que neste caso ele quer dizer Estado quando fala em país.
ao dizer que um indíviduo se deve preocupar em primeiro lugar com o país (logo estado), ele quer que o Estado se torne no centro da existência do indíviduo.
é mais ou menos estadolatria, entende como quiseres.
pode não meter agentes do estado a sufocar a vida do cidadão, mas a democracia tem meios mais subtis de fazer isso e de vigiar o indíviduo sem necessidade de PIDES e afins...
agora que quer aumentar o papel do estado na vida individual, quer!
«ah muito bem, sim senhor. então sempre admites que o NS não foi totalitário.»
Estavas a falar quase bem e borraste a pintura. Mas qual admito que não foi totalitário qual quê, não digas asneiras. Com a tua desesperada pressa em encontrar contradições em discursos que não consegues rebater estás sempre a ler imbecilmente o que outros escrevem. Não há aí nenhuma admissão da minha parte de que o NS não seja totalitário. Sucede simplesmente que em matéria de religião não o era de todo. No que toca às liberdades políticas a conversa era outra, mas mesmo aí há que ter em conta as matizes.
«pois, deve ser por isso que a alemanha teve o primeiro nu no cinema,»
O quê??? Putas kosher vendidas pós-rotas alien vadias e etc. na sagrada Alemanha NS Nord Super-Nord Alp e pouco-Med e mesmo asim só pré-rotas??????
Ai que os Alemães «também» gostavam de putas, ai ai... ehjehehheh...
Talvez ele se tenha mesmo inspirado no nacional-socialismo quando criou essa frase, ao que parece ele admirava Hitler:
http://patriotupdate.com/2013/05/how-jfk-secretly-admired-hitler/
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