terça-feira, dezembro 18, 2012

TRABALHADORES DA TAP EM MARCHA LENTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA COMPANHIA

Os trabalhadores da TAP, que nesta terça-feira se reuniram em plenário e realizaram uma marcha em Lisboa contra a privatização da empresa, convocaram uma vigília para quarta-feira com destino ao Conselho de Ministros. 
Algumas centenas de trabalhadores da transportadora aérea portuguesa desfilaram esta terça-feira entre a sede da TAP, perto do aeroporto de Lisboa, e o terminal das partidas, no final de um plenário onde estiveram cerca de 800 trabalhadores, número avançado pela Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa.
O porta-voz da CT, Vítor Baeta, anunciou uma vigília para quarta-feira, com saída das instalações da TAP e com destino à presidência de Conselho de Ministros, uma iniciativa para a qual a CT não pediu o aval das autoridades, reconheceu o próprio.
De acordo com o responsável, o receio dos trabalhadores é "o fim da TAP tal como ela é hoje": "Estamos a falar de cerca de 15 mil pessoas que vivem quase em exclusivo do trabalho da TAP, estamos a falar de um país que tem dificuldades a nível de segurança social e de uma empresa que põe nos cofres da segurança social cerca de 100 milhões de euros por ano. Estamos a falar de um Governo preocupadíssimo com a greve dos portos e estamos a falar de um Governo que quer privatizar a maior exportadora nacional", afirmou Vítor Baeta aos jornalistas.
O representante dos trabalhadores da TAP manifestou também preocupações com eventuais despedimentos decorrentes da venda da empresa, recordando a situação da espanhola Ibéria: "Vejam bem o que se passou aqui ao lado. Quando foi a junção [da Ibéria] com a British Airways foram logo 4.000 trabalhadores para a rua e também havia um caderno de encargos", referiu.
Em entrevista à Lusa, o empresário German Efromovich, único candidato à privatização da TAP, afirmou que a proposta final do grupo para a compra da TAP é "muito agressiva" e "melhor" do que a oferta da fase inicial, remetendo para o Governo a divulgação dos valores que estão em cima da mesa.
O dono da operadora aérea Avianca defendeu que não há razão para os trabalhadores da TAP estarem preocupados com a privatização, realçando que o crescimento da companhia aérea, pela mão do grupo Synergy, vai potenciar a criação de postos de trabalho.
Em relação a estas afirmações, Vítor Baeta afirmou que "o candidato pode dizer o que quiser", porque "aquele caderno de encargos foi feito à medida do senhor que se chegou à frente" e "está feito à maneira de se poder fazer tudo e mais um par de botas".
O processo de venda da companhia deve ir a Conselho de Ministros na próxima quinta-feira, tendo apenas um concorrente - o grupo Synergy - que entregou a proposta final para a compra de 95% do capital da TAP a 7 de Dezembro.

É mais uma facada que o governo tuga dá a Portugal, entregando a privados uma companhia de bandeira, que, além de símbolo prestigioso do País - está entre as melhores do mundo em termos de segurança, por exemplo - até tem dado lucro, aliás, por isso mesmo é que vai ser privatizada, porque a cambada dos privados não quer o que não dá lucro no público, o que mostra que na verdade não acredita por aí além na total superioridade da gestão privada sobre a gestão pública... Bem podem alegar que a gestão pública não dá lucro nenhum, e de facto não dá - não dá lucro nenhum aos tubarões da finança privada, não admira que estes queiram acabar com ela...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

le ai esta noticia camarda , População estrangeira cresceu cerca de 70% em Portugal , http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2952279&success=1 .

18 de dezembro de 2012 às 22:09:00 WET  

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