sábado, dezembro 01, 2012

SALÁCIA, DIANA, NÁBIA


Dia I de Dezembro é no calendário romano consagrado a SALÁCIA, Deusa das Águas Salgadas, e ao culto de NEPTUNO, do Qual SALÁCIA é na mitologia romana considerada como esposa, em reflexo latino do par divino helénico ANFITRITE-POSEIDON.
A etimologia de SALÁCIA aponta para uma relação com o acto de saltar, pular, aludindo ao movimento das águas do mar, bem como dos rios.

Neste site, há uma lenda popular interessante narrada pelo Dr. Rocha Martins em 1935 (texto a itálico):
Na verdade, ao que parece, Alcácer do Sal foi fundada pelos lusitanos no ano Vlll de César, isto é trinta anos antes de Cristo, atribuindo-a a uma lenda que reza o seguinte: Bugud, califa africano, invadiu a Lusitânia, pondo as povoações a ferro e fogo. Havia na região de Alcácer, um tempo dedicado à deusa Salácia (um dos nomes da deusa Diana), que foi profanado pelos africanos. Quando estes se faziam ao mar, porém, um grande temporal destruiu as embarcações, perecendo no naufrágio a maioria dos invasores, e perdendo-se as riquezas roubadas. Os lusitanos viram no acontecimento um milagre da Deusa, e fundaram uma vila a que deram o nome de Salácia. Há também uma corrente de opinião para quem o nome de Salácia se referia, não à Deusa, mas à abundância de sal existente na região."

Antes de ler este texto, aqui a itálico, não tinha conhecimento de que SALÁCIA pudesse de algum modo estar relacionada com DIANA, Deusa Lunar do Bosque, que, tanto quanto sei, nunca teve nada a ver com o mar. No entanto, a menção do Seu nome nesta lenda pode testemunhar a relevância do culto a Diana na Lusitânia, ou, talvez, a uma Divindade lusitana que Lhe fosse de algum modo equivalente. Esta Divindade indígena pré-romana pode bem ser NÁBIA, no dizer do arqueólogo Cardim Ribeiro, neste seu artigo http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/30/23/04cardimribeiro.pdf, do qual retiro o seguinte trecho, a itálico, referente a NÁBIA:
«Porventura estaríamos perante uma deusa triforme — e trifuncional — correspondente ao protótipo indo-europeu que poderemos designar como de tipo Ártemis, ou seja, simultaneamente celeste (sendo a Lua), vinculada à aretê (sendo uma virgem guerreira) e fecunda (a deusa também é ninfa). Esta divindade, quando consagrada em todas as vertentes da sua complexa personalidade, recebia uma oferenda composta por três diferentes animais, cada qual correspondente a um diferente nível funcional. É isto que podemos ver, por exemplo, na invocação saguntina a Diana Maxuma, a quem se oferece vaccam, ovem albam, porcam (CIL II2, 14, 292).5 O início da ara de Marecos traduz uma situação basicamente idêntica, constituindo aliás, na nossa opinião, um dos mais sólidos argumentos para se aceitar a hipótese expendida por Melena 1984, 244-245, quanto à inclusão de Nabia no referido arquétipo de deusa trifuncional, em paralelo com Diana e com Ártemis. Em Marecos a deusa é sucessivamente invocada como: O(ptimae) V(irgini) Co(nservatrici)6 et Nim(phae)7 Danigom, Nabiae Coronae, que recebe vacca(m) bovem; e Nabiae sem quaisquer epítetos, à qual se sacrificou agnu(m)
Tem especial interesse, digo eu, esta possibilidade de equivalência entre Nábia e Diana, uma vez que explicaria a profusão de referências folclóricas, populares, numa palavra, tradicionais, a esta última Divindade romana, isto a vários níveis sócio-culturais:
- as Janas, espíritos femininos segundo o folclore nacional, serão eventualmente derivadas, etimologicamente, de Diana;
- na «Crónica Geral de Espanha», considera-se que o nome «Lusitânia» radica em «Diana» (por causa dos jogos dedicados a Diana por Hércules, segundo o mito romano-hispânico);
- o mito de Salácia em Alcácer do Sal, considerada como outro nome de Diana;
- a atribuição do templo de Évora a Diana (não é ainda sabido a que Divindade seria consagrada o referido edifício).
 
O Povo que adorava Salácia não morreu, livrou-se do domínio islâmico e, a pouco e pouco, vai também deixando para trás as teias da Cristandade moribunda - por ironia, um irmão expulsou o outro e, entretanto, enfraqueceu-se, e isto já se sabe, quando dois lutam o terceiro sai a ganhar...
Enquanto isso, a pouco e pouco acendem-se os altares dos antigos Deuses europeus, de uma ponta à outra do velho continente.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Charles Darwin sobre a mestiçagem:

«These latter facts remind us of the statements, so frequently made by travellers in all parts of the world, on the degraded state and savage disposition of crossed races of man. That many excellent and kind-hearted mulattos have existed no one will dispute; and a more mild and gentle set of men could hardly be found than the inhabitants of the island of Chilce, who consist of Indians commingled with Spaniards in various proportions. On the other hand, many years ago, long before I had thought of the present subject, I was struck with the fact that, in South America, men of complicated descent between Negroes, Indians, and Spaniards, seldom had, whatever the cause might be, a good expression.1 Livingstone,- and a more unimpeachable authority cannot be quoted,- after speaking of a half-caste man on the Zambesi, described by the Portuguese as a rare monster of inhumanity, remarks, “It is unaccountable why half-castes, such as he, are so much more cruel than the Portuguese, but such is undoubtedly the case.” An inhabitant remarked to Livingstone, “God made white men, and God made black men, but the Devil made half-castes.”2 When two races, both low in the scale, are crossed the progeny seems to be eminently bad. Thus the noble-hearted Humboldt, who felt no prejudice against the inferior races, speaks in strong terms of the bad and savage disposition of Zambos, or half-castes between Indians and Negroes; and this conclusion has been arrived at by various observers.3 From these facts we may perhaps infer that the degraded state of so many half-castes is in part due to reversion to a primitive and savage condition, induced by the act of crossing, even if mainly due to the unfavourable moral conditions under which they are generally reared. »

1 de dezembro de 2012 às 20:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Fantasias pueris de povos primitivos e ignorantes. Acreditar nisso é a mesma coisa que crer em Papai Noel.

2 de dezembro de 2012 às 09:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Em França cada vez está pior, aquilo ou rebenta por lá ou por Inglaterra, a Grécia também está assim.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=U_RbM97FJTw

2 de dezembro de 2012 às 20:17:00 WET  
Blogger Caturo said...

O mundo da Ciência oficial é darwinista, mas curiosamente dessa parte nunca se fala...

3 de dezembro de 2012 às 00:37:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Fantasias pueris de povos primitivos e ignorantes. Acreditar nisso é a mesma coisa que crer em Papai Noel.»

Não sejas burro, favelado. Até o Pai Natal vale bem mais do que o teu judeu morto.

3 de dezembro de 2012 às 01:29:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"But when a breed has been crossed only once by some other breed, the offspring occasionally show a tendency to revert in character to the foreign breed for many generations - some say, for a dozen or even a score of generations. After twelve generations, the proportion of blood, to use a common expression, of any one ancestor, is only 1 in 2048; and yet, as we see, it is generally believed that a tendency to reversion is retained by this very small proportion of foreign blood. "




Charles Darwin

3 de dezembro de 2012 às 11:59:00 WET  
Blogger Unknown said...

Não sejas burro, favelado. Até o Pai Natal vale bem mais do que o teu judeu morto.

pois, antes o pai natal e a salacia gotosinha que um defunto alogeno exalando necrose, chorume de lixão e outras moleculas biologicas pouco agradaveis ao olfato

3 de dezembro de 2012 às 14:30:00 WET  
Blogger Unknown said...

3 de Dezembro de 2012 0:37:00 WET

na verdade eles só falam crostices do darwinismo

3 de dezembro de 2012 às 14:37:00 WET  
Blogger Unknown said...

1 de Dezembro de 2012 20:56:00 WET

quanta baboseira - ovbio que gens degenerados não aparecem do nada em negroidizados e obvio que vieram do elemento menos evoluido do cruzamento, ou seja, o negroide..

3 de dezembro de 2012 às 14:53:00 WET  
Blogger Unknown said...

me admira darwin ser tão esperto para certas coisas e tão estupido para outras

3 de dezembro de 2012 às 14:54:00 WET  

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