A POPULAÇÃO TURCA - MUI TOLERANTE OU «TALVEZ» NEM POR ISSO
A Turquia é geralmente considerada nos mérdia ocidentais como um país religiosamente tolerante.
A sua própria população também diz de si mesma que é tolerante.
Acresce que, a respeito da concepção de Deus, a maioria dos Turcos identifica-O mais com um pai do que com uma mãe, mas por outro lado mais como um amigo do que como um juiz ou um sultão.
Agora, é preciso ver se o que os Turcos entendem por «tolerante» será considerado como tolerante no Ocidente... porque o que para um muçulmano é «tolerância», para um ocidental é opressão à mafioso «brando». E os turcos dizem que a sua tolerância lhes vem precisamente do Islão.
De notar, antes de mais, que a impressão de tolerância que a Turquia costuma causar a olhos ocidentais deriva sobretudo do facto de durante a maior parte do século XX, o país foi dominado por um regime militantemente laico, por vezes quase anti-islâmico, na sequência das reformas modernizantes instituídas pelo severo Kemal Attaturk. Sucede entretanto que desde 1999 tem havido um aumento do número de turcos a identificar-se como religioso. Neste momento, oitenta e três por cento dos habitantes da Ásia Menor identifica-se como religioso, dezasseis por cento destes dizendo-se extremamente religiosos.
Ora segundo recente sondagem realizada por dois proeminentes cientistas políticos da universidade turca de Sabanci, sessenta por cento dos Turcos afirma que só há uma religião verdadeira, enquanto apenas trinta e quatro por cento considera que a maior parte das religiões sustenta verdades básicas. Apenas treze por cento vê os cristãos de maneira positiva, e esta percentagem desce para dez quando aplicada aos Judeus. Não houve mais de sete por cento a dizer que vê os não crentes de maneira positiva. Quarenta e nove por cento dos turcos não aceitaria candidatos políticos doutra religião, enquanto quarenta e quatro por cento aceitaria. E cinquenta e nove por cento acha que as pessoas de diferente religião não deviam sequer ter autorização para organizar encontros públicos para expor as suas ideias.
E claro, obedecem mais à Religião do que ao Estado. Sessenta e sete por cento dos que responderam declararam que não respeitariam uma lei que contradissesse leis religiosas.
E é este o Povo que a politicagem correcta ocidental quer por força enfiar pela Europa adentro, ponto de vista usualmente justificado com pretextos de fundamento assim a puxar para o cobarde - «a Europa precisa do poder militar e da mediação turca face ao mundo islâmico», como se não fosse a Europa que tem na verdade armas nucleares - por vezes cobarde e descaradamente imigracionista: «já temos cá muitos muçulmanos na Europa, e se a Turquia não entrar, eles podem-se sentir discriminados, podem pensar que os governos não gostam deles e depois revoltam-se...», sim, já ouvi este argumento, da boca de uma analista política. É todo um argumentário de tibieza feito a intimidar «subtilmente» os Europeus para que abram de vez as portas ao cavalo de Tróia estacionado na Ásia Menor desde a queda de Constantinopla, qual plataforma do Islão apontada ao coração da Europa.
A sua própria população também diz de si mesma que é tolerante.
Acresce que, a respeito da concepção de Deus, a maioria dos Turcos identifica-O mais com um pai do que com uma mãe, mas por outro lado mais como um amigo do que como um juiz ou um sultão.
Agora, é preciso ver se o que os Turcos entendem por «tolerante» será considerado como tolerante no Ocidente... porque o que para um muçulmano é «tolerância», para um ocidental é opressão à mafioso «brando». E os turcos dizem que a sua tolerância lhes vem precisamente do Islão.
De notar, antes de mais, que a impressão de tolerância que a Turquia costuma causar a olhos ocidentais deriva sobretudo do facto de durante a maior parte do século XX, o país foi dominado por um regime militantemente laico, por vezes quase anti-islâmico, na sequência das reformas modernizantes instituídas pelo severo Kemal Attaturk. Sucede entretanto que desde 1999 tem havido um aumento do número de turcos a identificar-se como religioso. Neste momento, oitenta e três por cento dos habitantes da Ásia Menor identifica-se como religioso, dezasseis por cento destes dizendo-se extremamente religiosos.
Ora segundo recente sondagem realizada por dois proeminentes cientistas políticos da universidade turca de Sabanci, sessenta por cento dos Turcos afirma que só há uma religião verdadeira, enquanto apenas trinta e quatro por cento considera que a maior parte das religiões sustenta verdades básicas. Apenas treze por cento vê os cristãos de maneira positiva, e esta percentagem desce para dez quando aplicada aos Judeus. Não houve mais de sete por cento a dizer que vê os não crentes de maneira positiva. Quarenta e nove por cento dos turcos não aceitaria candidatos políticos doutra religião, enquanto quarenta e quatro por cento aceitaria. E cinquenta e nove por cento acha que as pessoas de diferente religião não deviam sequer ter autorização para organizar encontros públicos para expor as suas ideias.
E claro, obedecem mais à Religião do que ao Estado. Sessenta e sete por cento dos que responderam declararam que não respeitariam uma lei que contradissesse leis religiosas.
E é este o Povo que a politicagem correcta ocidental quer por força enfiar pela Europa adentro, ponto de vista usualmente justificado com pretextos de fundamento assim a puxar para o cobarde - «a Europa precisa do poder militar e da mediação turca face ao mundo islâmico», como se não fosse a Europa que tem na verdade armas nucleares - por vezes cobarde e descaradamente imigracionista: «já temos cá muitos muçulmanos na Europa, e se a Turquia não entrar, eles podem-se sentir discriminados, podem pensar que os governos não gostam deles e depois revoltam-se...», sim, já ouvi este argumento, da boca de uma analista política. É todo um argumentário de tibieza feito a intimidar «subtilmente» os Europeus para que abram de vez as portas ao cavalo de Tróia estacionado na Ásia Menor desde a queda de Constantinopla, qual plataforma do Islão apontada ao coração da Europa.
1 Comments:
Culturalmente,a Turquia,apesar do trabalho de modernização levado a cabo pelo Atatürk,não se coaduna com a Europa;basta conhecer mínimamente o funcionamento das estruturas jurídicas,ainda para mais com o crescimento dos fundamentalismos religiosos.
Oficialmente,é um estado laico,e a religião não tem tido peso por aí além na vida desse país,mas como há países próximos(leia-se Irão)nos quais o Islamismo é o pilar da sociedade,com todo o cortejo de intolerâncias e extremismos,não me parece boa ideia aceitar este país na UE.Não,de todo;penso que é incompatível com a noçao de Democracia e liberdades fundamentais,tal como praticadas na Europa.
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