TAXEIROS IRLANDESES NÃO QUEREM NEGROS NO SINDICATO

Em Cork, no verde Eire, um sindicato de taxeiros nega acusações de racismo que lhe são dirigidas pelo facto de não admitir o ingresso de taxistas negros nas suas fileiras. Admite, sem embargo, que alguns dos seus membros atiraram ovos aos automóveis de taxeiros africanos após estes se terem recusado a respeitar uma greve de taxis, na passada semana.
Derry Coughlan, o líder do sindicato - CTDA, ou Associação dos Taxeiros de Cork - apoia esse «castigo» e recusa-se a pedir desculpa pela sua política de recusar membros africanos: «estas pessoas chegaram há demasiado pouco tempo. Vamos esperar que se estabeleçam primeiro» antes de o seu estatuto de potenciais membros possa ser considerado.
Um taxeiro negro que já vive na Irlanda há oito anos queixa-se de que em 2007 foi-lhe recusada a entrada no sindicato, com o argumento de que este era só para Irlandeses.
Coughlan insiste que não se trata de racismo. O que acontece é que, diz, «há demasiadas queixas públicas contra o seu serviço. Não somos racistas porque temos membros da Índia, do Chile, da Polónia, do Paquistão, da Albânia, do Bangladesh, da Inglaterra, da Escócia e da Tunísia. Estamos a ter demasiadas queixas do público de que eles (os negros) não conhecem as estradas e não são justos na estrutura métrica. Parecem pensar que podem tirar quanto quiserem às pessoas, estes condutores negros.»

Taxeiros da Tunísia, Paquistão, Chile...?... Numa região tão diminuta como Cork?... Mau sinal para o futuro da Ilha Esmeralda...

De qualquer modo, aqui fica o testemunho de gente com uma coragem ingénua perante o aparelho da Nova Inquisição, gente que se recusa a que a politicagem correcta os convença de que têm a obrigação «moral» de abrir os braços a tudo e a todos, gente que sabe manter fora quem é alienígena e que não aceita que alienígenas possam pôr em causa as lutas laborais dos indígenas.