segunda-feira, maio 14, 2007

A POLÍCIA DO PENSAMENTO ESTÁ ATENTA - ATÉ AO NÍVEL DA ESTÉTICA E DA MODA

Bryan Ferry, ex-líder dos Roxy Music, deixou de ser a cara da colecção masculina de roupa do Marks & Spencer (M&S) por elogiar a estética dos nazis, segundo publica hoje o The Independent On Sunday.
O M&S tomou a decisão depois de o cantor, de 61 anos, ter manifestado a sua admiração pela estética do regime de Adolf Hitler, numa entrevista publicada no passado mês de Abril pelo diário alemão Welt am Sonntag.

«Os nazis sabiam apresentar-se», comentou Ferry. «Os filmes de Leni Riefenstahl, os edificios de Albert Speer (primeiro arquitecto de Hitler), os desfiles e as bandeiras. Impressionante. Realmente bonito», disse o artista, que afirmou ter baptizado como o bunker do fuhrer o seu estudio no oeste de Londres.

Ferry já pediu desculpa e precisou que as suas declarações «foram feitas apenas a partir de uma perspectiva de história da arte».


E se o gajo se lembrasse de dizer da estética soviética o mesmo que disse sobre a estética nacional-socialista?
Nem se reparava nele... é que, de facto, houve por aí uma moda de vestuário com símbolos soviéticos, nomeadamente a estrela vermelha com auréola...
Ou seja, mais um episódio da Inquisição Universalista, a actuar a todos os níveis, inclusivamente no que diz respeito ao gosto pessoal, o que permite classificar a presente situação como um totalitarismo sonso - porque, efectivamente, o totalitarismo é a busca do controle total do homem, inclusivamente na sua intimidade e individualidade e é realmente disso que aqui se trata.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

DN DE HOHE

Extrema-direita associada ao tráfico de mulheres



ISABEL LUCAS

Portugal é uma das portas de entrada do tráfico
A denúncia é feita por Antonio Salas, pseudónimo do jornalista espanhol que assinou recentemente Diário de Um Skin (Dom Quixote), e constará de um capítulo a incluir na segunda edição portuguesa do livro. Nessas páginas, dedicadas sobretudo ao movimento skin feminino e ainda em fase de tradução, Salas associa os partidos de extrema-direita ao negócio de tráfico de mulheres, com Portugal a aparecer em lugar de destaque neste circuito. Diz Salas que alguns dos partidos políticos espanhóis de extrema-direita com os quais os skin portugueses têm colaborado, "cujas manifestações contra a imigração têm apoiado, a cujos comícios políticos têm assistido, em cujos concertos de música cantaram as mesmas palavras de ordem racistas e nacionalistas, são os que movem os cordéis desse negócio de sexo, que se alimenta em 95% das mesmas imigrantes negras, sul-americanas ou árabes que tanto abominam".

Antonio Salas (ver perfil ao lado) chegou a esta conclusão na sequência da investigação que fez enquanto infiltrado no movimento skin. Classificando o ano de 2007 como um dos mais agitados para o movimento skin em Portugal, - chama-lhe mesmo "o primeiro ano do Portugal Nacional Socialista" - Salas explica: "Quando terminei a minha investigação sobre o movimento neonazi continuei a voltar a Portugal em muitas ocasiões.[...] Depois dos skinheads mudei de identidade, de aspecto e de objectivo e infiltrei-me, durante mais de um ano, nas mafias internacionais do tráfico de mulheres e raparigas para exploração sexual. Portugal, infelizmente, é uma das portas de entrada na Europa usada pelas mafias que importam carne humana, quanto mais jovem melhor, para satisfazer os apetites sexuais dos homens honrados europeus. Milhares dessas mulheres provêm das antigas colónias africanas e do Brasil, um dos maiores fornecedores de escravas sexuais para a Europa branca, que acabam como prostitutas de bordéis, como aquele que Mário Machado protegia como porteiro em Lisboa."

E é precisamente a Mário Machado, líder do grupo hammerskins e dirigente da Frente Nacional que o espanhol recorre para dar a dimensão do fenómeno neonazi em Portugal. Machado foi recentemente detido na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária para reunir provas de agressões a negros e a elementos de grupos rivais, posse ilegal de armas, difusão de ódio, incitação à violência e discriminação racial . "Em Abril de 2006 Mário Machado declarava que desde a fundação da Frente Nacional, dois anos antes, o movimento skinhead em Portugal teria crescido 400%. Baseando-se nas estatísticas do Fórum Nacional, Machado assegura que 49% dos militantes são menores de 21 anos e que já existem 15 mil eleitores do Partido Nacional Renovador [o mesmo que colocou recentemente um cartaz contra a imigração no Marquês de Pombal] que, contudo, aspira chegar aos 50 mil."

Esta denúncia de Salas surge pouco depois de a União Europeia ter acordado "penalizar a negação do holocausto e o revisionismo", recorda o jornalista que há duas semanas fez uma paragem em Madrid onde conversou com jornalistas. No capítulo inédito, pode ler-se, ainda que essa decisão não irá acobardar "os nazis lusos, que continuarão proclamando que as câmaras de gás não existiram e que os campos de concentração nazi são uma invenção sionista".

Foi enquanto trabalhava no livro El año que trafiqué con mujeres, que António Salas ligou a comunidade skin ao tráfico de mulheres em Espanha. Este é um facto que o autor considera "patético e até cómico", já que as skingirls portuguesas e espanholas, apoiam "campanhas contra as imigrantes ilegais".

O que elas ignoram, alega Salas, é que José Luís Roberto (um veterano espanhol ultra) é, ao mesmo tempo fundador da associação de bordéis ANELA, cujos prostíbulos são abastecidos em cerca de 95% por essas mesmas imigrantes subsarianas, latinas, magrebinas, ciganas, etc, contra as quais tanto protestam as skingirls."

Mulheres 'skin' beneméritas com crianças brancas

Causas. Ajuda a idosos e crianças brancas e a favor dos animais

O cartaz pode causar espanto a quem não conhecer o movimento skingirl. Apela à ajuda em época natalícia e foi recolhido por Antonio Salas durante a sua estada em Portugal: "Enquanto se prepara para festejar em família no conforto do lar, partilhando alegria, amor e fraternidade, sem terem quem os acolha e alimente, quem lhes dê um espaço onde viva minimamente decente e saudável! Ou um canil, esperando dia após dia por um dono que os alimente..." Assinado pelas Feminae Honoratae, ou Mulheres Honradas, visa angariar fundos para ajudar o Canil Municipal de Lisboa e é apenas uma das actividades beneméritas a que se dedica este grupo de skingirls.

"Provavelmente aqueles que não estejam familiarizados com a verdadeira essência do movimento skin sentem-se espantados ao descobrirem que grupos neonazis se dedicam a actividades de beneficência, ainda que essas se limitem, logicamente, a beneficiários de raça branca", escreve o jornalista espanhol no capítulo inédito que complementa um outro já publicado em Diário de Um Skin. Chama-se Skingirls portuguesas: o fascismo com nome de mulher e dá conta de um grupo com uma dimensão filosófica e cultural acima da média, quando o tema são skinheads. Numa entrevista ao Público, em Abril, António Salas dizia que os skins portugueses "são dos mais cultos da Europa. Principalmente as raparigas. Há em Portugal três ou quatro organizações de skingirls ou chelseas. Na sua maioria estudaram na universidade história ou filosofia e têm uma boa formação." Agora, nas páginas a que o DN teve acesso, complementa. "Se alguém dentro do movimento skin português se preocupou em fomentar essa dimensão filosófica e cultural do paganismo ariano, o hitlerismo, ou em definitivo a ideologia neonazi, não foram os homens, mas o pouco conhecido e fascinante movimento skin feminino."

O nível de formação é inversamente proporcional à história do movimento em Portugal, um dos mais recentes em toda a Europa, conforme nota Salas. "A Women for Aryan Unity é uma organização internacional que (...) pretende agrupar as skingirls, chelseas, skinhead girls, e outros colectivos femininos do movimento pela supremacia ariana no mundo. A Portugal chegaram já em pleno século XXI, com presença muito tímida.

E cita uma entrevista de uma das responsáveis, "provavelmente Vanessa", à redacção da Causa Nacional, há cerca de um ano. "Já realizámos algumas actividades, nomeadamente duas angariações de fundos e uma recolha de material escolar para ser distribuído por várias crianças brancas necessitadas que abandonam a escola prematuramente pois não têm recursos para prosseguir os estudos".

14 de maio de 2007 às 13:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Provavelmente aqueles que não estejam familiarizados com a verdadeira essência do movimento skin sentem-se espantados ao descobrirem que grupos neonazis se dedicam a actividades de beneficência"

A mim não me espanta nada que fiquem espantados, com toda a diabolização que é feita.

Esta denúncia de Salas surge pouco depois de a União Europeia ter acordado

Acho engraçados estes "subliminarismos", apesar de não saber se foi ou não intencional do jornalista.

Já tinha lido uma entrevista com esse tipo e achei patético, no entanto se ele diz que andou por lá... de certeza que há de vender muitos livros. Mas o que acho mesmo forçado, é avançar com números de 95% como se fosse uma instituição de estudos estatísticos. Nem acredito que alguém acredite que os skins são responsáveis por 95% do tráfico de mulheres. Nem que alguém que esteja um ano num meio consiga avaliar esse meio de forma tão omnipresente. Além do mais, quando vemos reportagens jornalistas em áreas que temos conhecimentos é que vemos a qualidade que algum jornalismo tem.

Duvido muito seriamente de tudo o que é apresentado nessa noticia baseado claro no meu nariz que já se tem vindo a habituar aos erros do jornalismo português.

14 de maio de 2007 às 15:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

eu não entendo qual é o problema... albert speer foi realmente um grande arquitecto e leni riefenstahl uma grande cineasta... independentemente do regime em que trabalharam. da mesmoa forma como eisenstein tb foi um grande cineasta e trabalhou sob o regime soviético, por exemplo.

14 de maio de 2007 às 15:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O mario machado é hoje um problema maior para o pnr do que os nossos inimigos do sistema.È o cancro do movimento.

14 de maio de 2007 às 15:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://en.wikipedia.org/wiki/Hugo_Boss

Sem esquecer que os uniformes da alemães na 2ª Guerra mundial foram criados pela casa Hugo Boss :)

14 de maio de 2007 às 18:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

No forum nacional já apagaram essa notíçia do marito porteiro.

15 de maio de 2007 às 14:33:00 WEST  

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